Angela Merkel fez hoje a primeira aparição pública, depois de ter sofrido um acidente de esqui, nos Alpes Suíços. A chanceler alemã cancelou vários compromissos oficiais e vai precisar de três semanas para recuperar.
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terça-feira, janeiro 07, 2014
domingo, junho 02, 2013
Merkel chama François Mitterrand a François Hollande
Li no DN de Lisboa que "Angela Merkel reuniu-se com François Hollande em Paris, mas quando chegou a hora da conferência de imprensa conjunta disse: "Os temas sobre os quais trabalhamos foram evocados com François Mitterrand: trata-se de estimular a competitividade,o emprego e o crescimento. O desemprego dos jovens tem uma importância capital no nosso porjeto". E logo em seguida corrigiu: "François Hollande, não François Mitterrand! François Hollande!" A chanceler alemã e o Presidente francês reuniram-se ontem na capital da França para adotar aquilo a que chamam o contributo franco-alemão para o crescimento e o emprego, tendo em vista a próxima cimeira europeia do final de junho, numa altura em que a taxa de desemprego atingiu números recorde em França. Pelo meio, tiveram tempo para visitar o museu do Louvre, uma das maiores atrações turísticas de Paris. François Mitterrand foi o presidente da França entre 1981 e 1995. Nesse período teve como interlocutor do lado da Alemanha o chanceler Helmut Kohl".
segunda-feira, maio 27, 2013
Templin, a cidade onde Merkel deu o primeiro beijo
Escreve
o Dinheiro Vivo: "A ideia pareceu-me peregrina e até rimava: e se, a caminho de Tallinn,
fizer escala em Templin, a pequena cidade de Brandenburg-Uckermark, onde a
hamburguesa Angela Merkel se fez mulher? O meu fascínio mórbido pela
chancelerina fez o resto. E foi assim que, hoje com algum eufórico
arrependimento, passei um dos fins de semana mais aborrecidos da minha vida. Para que conste:
localizada 85 quilómetros a norte de Berlim, literalmente no fim da linha
regional que liga à capital federal (RB 12), Templin é uma localidade de 17 mil
habitantes onde só uma meia dúzia falará inglês. Nem por acaso, uma das nativas
que encaixam nesse perfil é a própria mãe de Angela, Frau Herlind Kasner, de 84
anos, professora de Inglês e Latim.
Eles
andam aí
Quem
mo explica é Farrouk, paquistanês e dono do Venezia, o mais cêntrico
restaurante italiano da terra. “Lembro-me de Angela Merkel trazer aqui os pais
há uns dez anos, mais coisa menos coisa...” A conversa com Farrouk é arrancada
a ferros. Como se em Templin houvesse um pacto de silêncio sobre as matérias
directamente relacionadas com a chefe de governo. Outra possibilidade: Templin
não morre de amores pela sua chanceler. Na praça principal, a Marktplatz, a
escassos metros da Berliner Tor e da muralha medieval, pequenita mas intacta,
eis a sede concelhia do SPD. Da CDU, o partido de Angela, nem um único vestígio.
Mais: é sabido que a sua própria mãe, Herlind, foi ao longo da vida uma
apoiante confessa dos sociais-democratas. Quanto ao pai Horst, falecido em
Setembro de 2011, era um dos mais devotos pastores luteranos do Uckermark. Foi
ele quem, em 1957, convenceu a família a mudar-se para Templin, onde dirigiu o
seminário de Waldhof. A verdade é que também nunca morreu de amores pela CDU.
Aqui em Templin rapidamente ficou conhecido por “o Vermelho”. Idealista quanto
baste, conseguiu harmonizar a Igreja e o comunismo.
Lago,
doce lago
O
meu alojamento, esse, fica mesmo encostado ao famoso lago da localidade. O nome
antecipava-o, de resto: Stadtsee Pension Schade. É idílico quanto baste. Não há
biografia de Angela que não sublinhe a sua ligação umbilical ao plano de água.
Nestas margens dóceis apanhava cogumelos, mirtilos e dedicava-se a observar as
carpas que fintam o lodo e as algas. Foi também por aqui que fumou o primeiro
cigarro, aos 14, e deu o primeiro beijo, aos 16. A vítima é desconhecida. Contudo,
e apesar deste radioso domingo de Primavera, não vislumbro vivalma. Um pequeno
aviso na porta que dá para a recepção reencaminha-me para o restaurante do
lado. Uma família, acredito que clientes, e uma cozinheira, que me dá a chave
do quarto n.o 1. Caramba, que privilégio, ou será por estar deserto? Poiso a
trouxa e regresso ao coração de Templin. Hoje há quermesse na Marktplatz. Ou
melhor, uma dúzia de alcoólatras que se dividem entre uma cerveja em copo de
plástico e um wurst amostardado. Os altifalantes debitam um schlager de
qualidade duvidosa, o genuíno pimba teutónico, mas ninguém abana a anca.
Sintomático: estou aqui há uma boa meia hora e a carabina da barraquinha de
tiros permanece estática. Dá-me ideia que os ursos de pelúcia vão dormir
órfãos. Razão têm, pois, a chanceler e o seu segundo marido, Joachim Sauer,
para manterem aqui a sua dacha. Alvíssima e munida de uma horta onde Angela
planta batatas e framboesas. Calma é calma, e vice--versa, embora haja
surpresas: há três anos entrou-lhes um louco pelo batatal adentro. Duas vezes,
aliás, e sempre o mesmo. Afinal só queria entregar-lhes um bilhetinho em mão.
Resquícios
soviéticos
Claro
que me interrogo como foi possível Angela aguentar-se aqui dos 3 aos 19 anos,
quando rumou a Leipzig para cursar Física. Valha-nos a paisagem, que é
florestada quanto baste. Sobeja espaço. E hoje, 24 anos após a queda do Muro de
Berlim, os blocos soviéticos de Templin são residuais e um nadinha mais
disfarçados. Uma ou outra cor, varandas enfeitadas, alguma vegetação envolvente...
Outro resquício desses velhinhos tempos da RDA é a base aérea de Gross Dölln, a
escassos quilómetros. Obra da engenharia soviética, funcionou entre 1952 e o
fim do regime. Dizem os especialistas, era a mais moderna de toda a Europa.
Caças MiG e Yaks descolavam e aterravam e descolavam o dia inteiro. Nas horas
vagas, os militares divertiam--se a roubar bicicletas. Só a Angela surripiaram
três. Hoje, Gross Dölln tem menos de antro. É uma das pistas de testes favoritas
da indústria automóvel. À falta de curvas, o tédio cresce na Marktplatz. É
apenas entrecortado pela descoberta da tarde: o principal restaurante de
Templin é... um grego. Eureka! Acto contínuo, lá me ponho a caminho do Hellas -
“Grécia” no idioma helénico e para que não restem dúvidas -, onde sou recebido
pelos proprietários, uma família da ilha de Corfu. Fica mesmo atrás do hospital
e do lar da terceira idade.
Austeridade
helénica
No
Hellas, sim, noto algum calor humano. Mas curto ou, pelo menos, bastante aquém
das expectativas. Nada como a austeridade para pôr gente a falar. Disparo com a
perfídia possível: “Com que então um restaurante grego na terra de Angela
Merkel...” Pressinto pânico no esgar do empregado de mesa. “Politika, politika,
politika...”, responde-me Iannis, que se diria o mais velho dos três. Prossigo
na moussaka e no polvo, deliciosos, assim como o excelente retsina da casa. Os
relevos em gesso nas paredes, obra de um artista plástico grego radicado em
Brandenburg, gritarão bem mais alto do que os meus interlocutores: ver Zeus a
espezinhar um dragão com a língua de fora como que me tranquiliza. Sim, é
possível. São dez da noite e o Old Bailey, o pub irlandês de Templin, há sempre
um, também já encerrou. O caminho para a pensão tem um nadinha de
fantasmagórico, faço-o em piloto automático. Receio apenas ser o único hóspede
desta Stadtsee Pension Schade, sita no número 22 do interminável Prenzlauer
Allee. Não gosto, pronto. O cansaço, porém, prega-me uma partida. Apago. Ainda
bem. O frühstuck é servido a partir das 07h00 e a ligação a Berlim não é
directa. Dois comboios e um autocarro, mesmo que estejamos a falar de meros 85
quilómetros. A ferrovia está em obras. Lá me despacho e solicito o check-out.
Sem êxito: não aceitam cartões, nem de débito nem de crédito. Na Alemanha odeiam
pagar as comissõezinhas aos senhores da Visa, Mastercard ou American Express.
Cartões?
Nein Danke!
A
frau de serviço indica-me onde posso levantar dinheiro. Parece que há uma
sparkasse a uns 15 minutos a pé dali que tem um multibanco destes. Parece. Explico
que vou perder o comboio, mas ela encolhe os ombros. Tenho o meu momento de
sorte. Um casal berlinês está de partida - pelos vistos tive companhia durante
a noite - e dá-me uma boleia até à dependência bancária. Agradeço, danke sehr,
dois apertos de mão, eles vão passar o dia às termas, hoje o principal chamariz
desta apodada “Pérola do Uckermark”, e noto uma bandeira turca no tecto do
habitáculo do Volkswagen Lupo. Bem me tinha parecido que aquele calorzinho
tinha algo de anatólio. Iniciar-se-ia assim a saga do plástico. Na primeira
sparkasse dizem-me que não, cartões como os meus só no Volksbank, precisamente
na supracitada Marktplatz. Vinte minutos de caminhada e, com a máxima
diplomacia, pergunto novamente onde poderei extorquir dinheiro vivo duma máquina.
É que aquela ali à porta também mo havia negado. “Aqui na cidade os multibancos
apenas aceitam os cartões alemães. Girocard. Se quiser levantar com os seus há
uma bomba de gasolina a dois quilómetros e meio daqui...”, adianta-me o caixa
do Volksbank de Templin. Credo: dois quilómetros e meio? Numa gasolineira? Não
estou motorizado e fazer cinco quilómetros para levantar 50 euros é inglório.
Regresso à residencial, outros vinte minutos, e preparadíssimo para uma valente
peixeirada. Como se o aborrecimento não bastasse, ou a improbabilidade da
comunicação, ou a reduzida densidade populacional, privavam-me de honrar o
compromisso legal de pagar 42 euros. Uma pernoita com frühstuck. Rogo cobras e
lagartos à Merkel, afinal o apelido do seu primeiro marido, ela era Kasner,
corruptela do eslavo Kazmierczak, o avó Ludwik era polaco de Poznan, e vejo-me
enleado no labirinto da minha desbragada curiosidade. “Mas quem é que me mandou
vir enfiar-me nesta terrinha?”, comento mentalmente. Estou por tudo.
Uma
promessazinha
No
entanto, eis que se dá o anticlímax da viagem. A provecta gerente do Stadtsee
Pension Schade, com o cabelo curto à Angela, a marca da terra e outra herança
do socialismo de rosto teutónico, esboça um desarmante sorriso. Empunha a minha
reserva online, ou a sua cópia, e acrescentará num alemão que me vejo obrigado
a compreender: “Deixe estar. Esta aqui é a sua morada em Eestland, certo? Não
se preocupe que nós enviamos-lhe a factura para casa...”. Só espero que não
venha com juros de mora. A verdade é que já se passaram três semanas e na caixa
de correio de Viljandi não aterrou. Fiz inclusive uma promessa às meninas: se
nada entretanto me chegar e em Setembro a Angela perder as eleições, talvez
passemos por Templin só para eu saldar a dívida. Faço questão. E desta vez levaremos
fato de banho e tudo" (texto do escritor,
jornalista e blogger, João Lopes Marques, que vive em Tallin, na Estónia,
Dinheiro Vivo, com a devida vénia)
sexta-feira, maio 17, 2013
Merkel acusa Barroso e troika de serem os culpados da austeridade
Segundo o Jornal I, num texto da jornalista Margarida Bon de Sousa, "zangam-se as comadres, sabem--se as verdades. Afinal a austeridade sacrossanta que castiga países como Portugal não é culpa de Merkel ou de Schäuble, os maus da fita para mais de metade da Europa. Não. A culpa é de Bruxelas, da Comissão Europeia e do incompetente presidente Durão Barroso. Pela segunda vez em menos de um mês, o verniz voltou a estalar entre a Alemanha e Bruxelas, deste vez em sentido totalmente contrário ao da posição de Berlim quando o presidente da Comissão Europeia disse que já bastava de austeridade. Quarta-feira, num encontro informal em Berlim com jornalistas, Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças alemão, afirmou que os programas de ajustamento da troika são demasiado rígidos e com pouca flexibilidade, criticando Durão Barroso por não ter nomeado um comissário europeu para a Grécia. Já Angela Merkel, que também participou na reunião, defendeu que o pacote de 6 mil milhões de euros para promover o emprego jovem na UE deveria antes ser utilizado para pagar reformas, de forma a serem criadas vagas nos empregos já existentes. As afirmações dos dois dirigentes alemães surgiram no mesmo dia em que foi tornado público que o produto interno bruto (PIB) da zona euro contraiu 0,2% nos primeiros três meses de 2013, o que representa a sexta queda trimestral consecutiva, naquela que é a maior e mais longa recessão desde a criação do euro. Nove destas 17 economias recuaram enquanto o PIB no conjunto dos 27 estados-membros contraiu 0,1%.
Volte-face
Os novos dados dão um apoio renovado a todos aqueles que defendem há muito que mais austeridade só vai criar mais recessão, numa espiral sem fim à vista. A própria Alemanha, a maior economia da zona euro, cresceu 0,1% em relação ao trimestre anterior, mas decresceu 0,3% face ao mesmo período do ano passado. Já a França, a segunda maior economia do conjunto de países que utilizam a moeda única, também caiu 0,4% relativamente a período homólogo de 2012, ao mesmo tempo que registou uma nova contracção de 0,2% relativamente ao último trimestre do ano passado. Foi certamente este quadro que por fim levou Berlim a juntar a sua voz contra a austeridade à de outros países como a Grécia, Espanha e Portugal, demarcando-se da Comissão Europeia, apesar de até agora a senhora Merkel ter sido sistematicamente apontada como a grande incentivadora dos programas impostos pela troika (Comissão, BCE e FMI) a todos os estados-membros que necessitaram de resgates para não entrarem em default (Portugal, Grécia, Irlanda e Chipre). A este volte-face não será alheio o facto de a chanceler alemã, que ainda mantém um alto índice de popularidade, ter pela frente uma terceira reeleição, pelo que a posição agora assumida pode inserir-se na sua próxima batalha eleitoral, depois de várias derrotas consecutivas da CDU em eleições regionais.
Durão criticado
Em Abril, o porta-voz da CDU “convidou” Durão Barroso a precisar o que quis dizer quando afirmou numa conferência de imprensa que os limites à austeridade eram visíveis em alguns aspectos. “Apesar de esta política estar fundamentalmente correcta, penso que alcançou os seus limites em muitos aspectos, porque uma política, para ser bem sucedida, não pode ser apenas bem estruturada. Tem de ter um mínimo de apoio político e social”, disse na altura o presidente da Comissão Europeia. Quarta-feira, e noutro encontro com jornalistas, Durão Barroso, acompanhado do presidente da França, François Hollande, teve um discurso mais politicamente correcto, optando por pôr a tónica das suas declarações na vitória da União Europeia, por, no seu conjunto, ter finalmente atingido o valor mágico de 3% para o défice. Um dado que nem Merkel nem Schäuble valorizaram em Berlim".
Volte-face
Os novos dados dão um apoio renovado a todos aqueles que defendem há muito que mais austeridade só vai criar mais recessão, numa espiral sem fim à vista. A própria Alemanha, a maior economia da zona euro, cresceu 0,1% em relação ao trimestre anterior, mas decresceu 0,3% face ao mesmo período do ano passado. Já a França, a segunda maior economia do conjunto de países que utilizam a moeda única, também caiu 0,4% relativamente a período homólogo de 2012, ao mesmo tempo que registou uma nova contracção de 0,2% relativamente ao último trimestre do ano passado. Foi certamente este quadro que por fim levou Berlim a juntar a sua voz contra a austeridade à de outros países como a Grécia, Espanha e Portugal, demarcando-se da Comissão Europeia, apesar de até agora a senhora Merkel ter sido sistematicamente apontada como a grande incentivadora dos programas impostos pela troika (Comissão, BCE e FMI) a todos os estados-membros que necessitaram de resgates para não entrarem em default (Portugal, Grécia, Irlanda e Chipre). A este volte-face não será alheio o facto de a chanceler alemã, que ainda mantém um alto índice de popularidade, ter pela frente uma terceira reeleição, pelo que a posição agora assumida pode inserir-se na sua próxima batalha eleitoral, depois de várias derrotas consecutivas da CDU em eleições regionais.
Durão criticado
Em Abril, o porta-voz da CDU “convidou” Durão Barroso a precisar o que quis dizer quando afirmou numa conferência de imprensa que os limites à austeridade eram visíveis em alguns aspectos. “Apesar de esta política estar fundamentalmente correcta, penso que alcançou os seus limites em muitos aspectos, porque uma política, para ser bem sucedida, não pode ser apenas bem estruturada. Tem de ter um mínimo de apoio político e social”, disse na altura o presidente da Comissão Europeia. Quarta-feira, e noutro encontro com jornalistas, Durão Barroso, acompanhado do presidente da França, François Hollande, teve um discurso mais politicamente correcto, optando por pôr a tónica das suas declarações na vitória da União Europeia, por, no seu conjunto, ter finalmente atingido o valor mágico de 3% para o défice. Um dado que nem Merkel nem Schäuble valorizaram em Berlim".
terça-feira, maio 14, 2013
Merkel diz que não esconde nada do seu passado na RDA...
Li no Publico que um "novo livro com novas alegações sobre papel da actual chanceler em organismos da antiga Alemanha de Leste.A chanceler alemã, Angela Merkel, voltou a dizer que não teve responsabilidades políticas na antiga República Democrática da Alemanha (RDA). Merkel falou sobre o assunto após uma sessão de A Lenda de Paul e Paula, o filme de culto mais popular da RDA e que será o preferido da chanceler, comentando alegações de um novo livro. “O que é importante para mim é que não escondi nada”, garantiu. No novo livro sobre A Primeira Vida de Angela M., dois jornalistas, Günther Lachmann e Ralf Georg Reuth, dizem que Merkel foi secretária de propaganda na organização de juventude do partido. Merkel já tinha admitido ter feito parte da organização, sobretudo por “razões sociais”. Acrescentam que Merkel foi ainda responsável activa num sindicato (organizações que eram aprovadas pelo regime). A chanceler sempre negou ter tido qualquer responsabilidade propagadística. Desta vez, disse que apenas pode confiar no que diz a sua memória. Confirmou que foi membro quer da Federação Sindical quer de uma sociedade para a amizade RDA-URSS, repetindo que não fez qualquer propaganda, organizando apenas leituras de jovens autores soviéticos, por exemplo. Antes tinha já afirmado: “Não me lembro de agitar de modo nenhum. Era responsável pela cultura.” A chanceler é filha de um pastor protestante que mudou a família de Hamburgo para o estado socialista. Diz-se que herdou do pai e do sistema uma forte ética de trabalho.Quando o muro de Berlim caiu, Merkel tinha 35 anos e trabalhava como cientista num instituto académico em Berlim. Tinha entrado recentemente no crescente movimento pró-democracia".
quarta-feira, abril 17, 2013
Merkel: “Sabemos que vai haver vítimas em muitos países” mas este é o caminho para um crescimento sustentável
Segundo o Jornal de Negócios, ”a chanceler alemã acredita que as políticas que estão a ser implementadas servirão para atingir uma estratégia de crescimento sustentável. Ainda que admita que a consolidação das contas públicas dos países vai fazer “vítimas”. “Sabemos que vai haver vítimas em muitos países”, mas “eu acredito que, no longo prazo, teremos de ter uma estratégia de crescimento sem ter de estar sempre a aumentar a dívida”, afirmou Angela Merkel durante uma conferência de imprensa, em Berlim, citada pela Bloomberg. A responsável referia-se à consolidação das contas públicas dos países que têm por base, a redução do endividamento e o corte dos gastos. Merkel diz-se “surpreendida” que seja defendido “em muitas partes do mundo – mesmo despois da crise financeira de 2008/2009 – que a principal questão é que estamos a crescer outra vez”, independentemente do custo associado. O aumento de dívida, continuou, “é muitas vezes” um argumento para servir o crescimento. Mas “tudo isso é falso”, adiantou, sublinhando que este tipo de política “não é sustentável no longo prazo”.
Merkel diz que é preciso evitar aperto do crédito nos países frágeis
Os bancos “têm de servir a economia, as pessoas” diz a chanceler alemã. Sector ainda não recuperou totalmente a confiança. É preciso avançar na regulação e resolver o problema dos grandes bancos que, pela sua dimensão, confiam que serão resgatados pelos Estados e seus contribuintes em caso de apuros. Falando em Berlim numa conferência organizada pela associação alemã de bancos, Angela Merkel advertiu nesta segunda-feira, 15 de Abril, que o sector ainda “não recuperou totalmente a confiança”.Citada pela agência Bloomberg, a chanceler alemã disse que não quer reabrir o debate sobre os rácios de capital, afirmando que a progressiva implementação das regras de Basileia III tem ido no bom sentido. Contudo, obrigar os bancos a terem reservas mais fortes deve ser uma directiva global, e é preciso avançar com a regulação de áreas que permanecem na “sombra”, como os derivados.Por outro lado, frisou, os bancos “têm de servir a economia, as pessoas” e “evitar aperto de crédito nos países mais frágeis”. A chanceler disse ainda que é preciso resolver o problema que se coloca com os “too big to fail”, referindo-se aos grandes bancos que, pela sua dimensão, confiam que serão resgatados pelos Estados e seus contribuintes em caso de apuros.
domingo, março 17, 2013
Imaginem só! Merkel vai às compras, cuida do jardim e lê o horóscopo...
Li na TVI que "a chanceler alemã partilha alguns dos seus segredos domésticos em entrevista a uma revista alemã. Numa altura em que se aproxima a campanha eleitoral, Angela Merkel aproveita para contar aos alemães um pouco da sua vida pessoal. A chanceler alemã deu uma entrevista à revista alemã «Bild der Frau» na qual revelou que vai às compras, cozinha, cuida do jardim e ouve relatos de futebol na rádio. «Quando estou em casa ao fim-de-semana e tenho tempo livre, ligo sempre a rádio para ouvir as rondas pelos estádios dos principais jogos da Bundesliga», confessa, não revelando, no entanto, qual a equipa pela qual torce.Esta é uma atividade que, no Verão, a chanceler concilia com a jardinagem. Enquanto cuida do jardim da sua casa de campo em Brandemburgo, acompanha os jogos pela rádio.
Merkel não vive no edifício da chancelaria em Berlim. Quando foi eleita pela primeira vez decidiu continuar no apartamento onde vivia com o marido, em frente ao Museu Pérgamo. Em 2005, decidiu procurar uma casa para passar os fins-de-semana e comprou uma pequena vivenda com jardim nos arredores de Berlim. «Na minha horta cultivo batatas e morangos», conta à «Bild der Frau», dando a entender que o que produz quase chegava para o sustento do casal.Os fins-de-semana são passados nesta casa com o marido, o cientista Joachim Sauer, com quem tem «boas conversas» e gosta de assistir a concertos e peças de teatro. A estes eventos o casal vai sem avisar e apenas com dois guarda-costas. Tanto Merkel como o marido são formados em bioquímica. O «El Mundo» revela, citando outras fontes, que o casal tem uma rotina de fim-de-semana. Antes de sair de casa na sexta-feira, Merkel deixa uma lista de compras e é o marido que trata do assunto. Depois ela cozinha para sábado e domingo porque, apesar de gostarem de sair, preferem comer em casa. Quando Joachim tem um dia complicado, é Merkel que vai ao supermercado de Friedrichstrasse ao fim da tarde, no caminho para casa. Na entrevista Merkel revelou ainda que costuma ler o horóscopo diário. «Diverte-me, apesar de não ter grande significado para a minha vida», reconhece. Para quem estiver interessado em ler o horóscopo da chancer, Merkel nasceu a 17 de Julho e o seu signo é caranguejo"
quinta-feira, janeiro 31, 2013
Merkel tem tapete roubado na II Guerra Mundial...
Segundo o DN de Lisboa, "Angela Merkel tem estado esta semana a ser bombardeada com perguntas sobre que futuro vai dar a um tapete roubado na II Guerra Mundial e que, segundo o jornal inglês The Telegraph, que cita o alemão Der Spiegel, está no seu escritório. De acordo com a AFP, foi descoberto que o tapete fazia parte de uma coleção de tesouros saqueados durante a II Guerra pelo vice de Hitler, Hermann Goering. Tal terá sido revelado por jornalistas que escrevem no jornal alemão Der Spiegel sobre objetos nazis que deveriam ter sido devolvidos ao seus proprietários, mas que estão espalhado por casas de hóspedes do governo alemão, vários escritórios e museus. Segundo a comunicaçãio social, angela Merkel está furiosa com os seus assessores relativamente a esta revelação embaraçosa, uma vez que surge poucos meses antes da sua terceira corrida ao poder nas eleições gerais e com a oposição a vigiá-la de perto. De acordo com o Der Spiegel, o tapete persa - que será removido do escritório da chanceler até ao final da semana - é um dos mais de 600 objetos que o governo ainda usa da vasta gama de obras de arte roubadas que, tanto Goering como outros coleccionadores, acumularam durante a II Guerra Mundial. O governo da Alemanha Ocidental, em 1966, declarou concluída a tarefa de reunir todos os objetos roubados. No entanto, tapeçarias da mesma coleção adornam as paredes de uma casa de hóspedes do governo nos arredores de Bona, enquanto uma secretária de nogueira roubada - apreendidos por Hans Posse, que era o administrador nazi de toda a arte roubada durante o Terceiro Reich - se encontra no escritório do presidente alemão, em Berlim. O ministro de Estado para a cultura Michael Naumann já solicitou ao governo a devolução de todos os objetos nazis aos seu legítimos donos ou herdeiros"
terça-feira, janeiro 29, 2013
El día que Angela Merkel ignoró a Raúl Castro
Li no ABC que “la cumbre Celac-UE ha sido testigo de un breve pero curioso momento: la canciller alemana, Angela Merkel, se cruza con el presidente cubano, Raúl Castro, y evita saludarle. Así, según se puede ver en el vídeo colgado en la Red, Merkel pasa de largo cuando él le cede espacio para pasar y se dispone a saludarla. Junto a ellos se encuentra el presidente de Honduras, Porfirio Lobo, quien presencia el instante y no puede evitar reírse. Precisamente Raúl Castro ha asumido la presidencia temporal de la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños: «No se preocupen, que yo sólo voy a estar un año», dijo irónicamente durante la asamblea celebrada en Santiago. Castro recibió de manos del mandatario chileno, Sebastián Piñera, la dirección de este organismo de integración regional formado por 33 países y en cuya génesis y consolidación tuvo un papel destacado el presidente de Venezuela, Hugo Chávez, ausente de este encuentro por enfermedad. «Bienvenido, don Raúl Castro, lo felicito y le entrego el mando (...) estamos seguros de que va a entregar lo mejor de sí mismo», ha declarado Piñera tras leer el acuerdo suscrito al final de la cumbre de la Celac”.
segunda-feira, novembro 12, 2012
Merkel: "A austeridade não é ideia minha, foi negociada"
Segundo o Dinheiro Vivo “a chanceler Angela Merkel afirma não haver motivos para Portugal renegociar com a 'troika' ou pedir novo resgate, elogiando a coragem com que o Governo faz o ajustamento financeiro e com que o país cumpre o acordado. "Neste momento, não há motivos para uma renegociação. Portugal cumpre os compromissos assumidos corajosamente", afirmou a chefe do Governo alemão, numa entrevista à RTP, transmitida hoje, véspera da visita que fará a Portugal na segunda-feira. "Portugal cumpriu muito bem os compromissos assumidos. Por isso, estou convencida de que o resultado será bom, mas a dificuldade está nas reformas, que precisam de tempo para ter efeito", sublinhou. Isto não significa, ressalvou, que seja preciso mais tempo: "Quero dizer que, de uma forma geral, é preciso fazer mudanças dolorosas e não será no dia seguinte que haverá mais empregos e mais investimento. É preciso aguardar mais tempo, as pessoas ainda não veem o resultado, mas esse resultado virá". Por outro lado, disse não partir do princípio de que Portugal precisará de outro resgate: "Agora as medidas estão a ser muito bem implantadas e esperamos que o programa tenha sucesso." Merkel disse saber que enquanto estiver em Lisboa haverá "muitas pessoas que vão mostrar as dificuldades que têm", acrescentando que o direito à manifestação, sem violência, é um "progresso" das sociedades democráticas que não existia na antiga RDA, onde viveu. "Claro que um programa desta ordem gera grande debate. Mas a minha convicção é de que o Governo português está a ser muito corajoso ao tomar as medidas e tenho o maior respeito por aquilo que está a ser realizado no país", afirmou. Sobre as vozes que a culpam pela austeridade, respondeu que "naturalmente" as ouve, mas as estranha, lembrando que a 'troika' negoceia com os países."Não são ideias minhas. São o resultado da convicção de que Portugal tem de fazer reformas, há que combater o défice e reforçar a base económica", afirmou. Apesar disso, e de reconhecer que "é um processo duro", que "exige muitos sacríficos", disse continuar "fiel a esses programas" que, no português, "como um todo, está bem estruturado e terá sucesso", negando tratar-se de "mera austeridade". "Não nos limitamos aos cortes, são importantes as reformas estruturais no direito laboral e outras áreas. As privatizações têm de ser feitas por ainda haver excesso de empresas públicas", afirmou. Confrontada com as posições do FMI sobre a rigidez da austeridade, respondeu que a diretora do Fundo Monetário Internacional "negociou o programa com Portugal e ela também continuará a assumir esse compromisso". Sobre a visita a Portugal, disse ser "uma contribuição" para mostrar que a Alemanha "quer ajudar" e "para ver o que se pode melhorar na cooperação entre empresas para gerar mais empregos, para que baixe o desemprego juvenil e haja força económica em Portugal".Merkel rejeitou ainda a saída do euro de alguns países: "De forma alguma. Devemos fazer tudo para que os investidores de fora da Europa não fiquem assustados. Precisamos de uma zona euro estável", sublinhou, afirmando que a Europa tem de produzir "de forma competitiva, a nível internacional" para criar emprego. "Formamos um forte mercado interno europeu do qual todos beneficiamos. A Alemanha também. Penso que podemos fortalecer a zona euro e é precisamente isso que estamos a fazer", afirmou, descartando um plano de ajuda para os países do Sul. "Com as medidas que disponibilizamos em termos de fundos estruturais e com os apoios dos programas europeus existem excelentes oportunidades para lançar o crescimento", afirmou. "Houve erros que cometemos no passado, todos juntos, como o investimento dos recursos em estradas, em infraestruturas de um modo geral, não tendo apoiado as pequenas empresas, para as tornar mais competitivas. Devemos aprender com o passado. Pela nossa parte, nós, alemães, vamos continuar a apoiar Portugal, Espanha e outros países. Fazemos isso porque também é bom para nós termos uma Europa comum", reforçou, dizendo não haver motivos para preocupação "com o domínio alemão".
Como evoluiu o discurso de Merkel
Segundo o Dinheiro Vivo, “os comentários de Angela Merkel sobre a aplicação do programa de ajustamento em Portugal podem ser divididos entre críticas e elogios. Mas todos eles têm um denominador comum: austeridade. A palavra, que quase se confunde com o nome de Merkel, tem sido imposta ao país desde que, a 6 de abril de 2011, o então primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou o pedido de ajuda à 'troika' composta pelo Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia. Desde então, a chanceler alemã tem reforçado a necessidade de Portugal reduzir a dívida pública e impor medidas de contenção orçamental, tecendo, pelo meio, elogios aos esforços realizados pelo país. No entanto, Merkel também deixou as suas críticas, como quando, a 18 de maio do ano passado, considerou que os trabalhadores portugueses não deveriam poder reformar-se mais cedo do que os alemães, criticando ainda o número de dias de férias em Portugal; ou quando, a 8 de fevereiro deste ano, criticou a Madeira por utilizar os fundos comunitários em pontes, estradas e túneis, ao invés de uma aposta nas PME. À medida que a aplicação do programa foi avançando, Merkel foi igualmente reforçando os elogios a Portugal, tendo considerado, a 7 de novembro deste ano, que já era possível ver "os primeiros sucessos" no país. Mas fê-lo já depois de ter exigido mais cinco anos de austeridade. Angela Merkel realiza esta segunda-feira a sua primeira visita oficial a Lisboa, numa altura em que Portugal atravessa uma onda de manifestações e se prepara para a greve geral de 14 de novembro, convocada pela CGTP.
07/11/12: Merkel considera em Bruxelas que a austeridade "não pode parar a meio". "Muito ainda precisa ser feito para [os mercados] reganharem a confiança na União Europeia como um todo". Merkel considera ainda que os esforços feitos pelos Estados-membros "não são em vão" e que as reformas estão a mostrar os primeiros sucessos" em países como Portugal, Irlanda, Espanha e Grécia.
03/11/12: Merkel defende em Mecklemborgo, Alemanha, "um grande esforço, de mais cinco anos". "Precisamos de austeridade para convencer o mundo de que vale a pena investir na Europa".
18/10/12: Merkel afirma no Parlamento alemão que já é possível "ver progressos nos custos unitários de trabalho" em Portugal, e também na Grécia, na Irlanda e em Espanha.
15/10/12: Fonte diplomática alemã anuncia a visita de Merkel a Portugal a 12 de novembro, para se reunir com Cavaco Silva e Passos Coelho.
17/09/12: Merkel reafirma que Portugal, assim como Espanha, devem manter os esforços na redução das dívidas públicas mas continuarem também com as reformais estruturais, como solução para a crise, mesmo que passem por um período de recessão. Essas reformas estruturais implicam o cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
04/09/12: A chanceler pede na Alemanha solidariedade europeia para com países como Portugal, Grécia ou Espanha.
11/07/12: A conselheira de Merkel, Gerda Haffelstedt, afirma em Lisboa que "Portugal está no bom caminho e a Alemanha quer ajudar". "Consolidação orçamental, aumento da competitividade, tudo isso nos interessa. Queremos apoiar Portugal nesse caminho e gostaríamos de pronunciar o nosso reconhecimento pelo que foi feito nos anos passados".
27/06/12: Merkel elogia Portugal e Irlanda pela forma "impressionante" como têm cumprido os respetivos programas de ajustamento.
20/06/12: Merkel considera "impressionantes" passos dados por Portugal, Espanha e Itália para aumentar a competitividade no mercado mundial e defende que austeridade é tão importante como o crescimento económico.
12/06/12: "Tenho grande respeito pelo que se fez em Portugal e na Irlanda e pelas reformas macro-económicas que o primeiro-ministro espanhol está a fazer, o que é duro, porque estamos na moeda única e eles não têm possibilidades de desvalorizar as suas moedas, e só podem aumentar a competitividade através de medidas políticas".
09/05/12: Merkel felicita Portugal, Grécia e Eslovénia por já terem ratificado o Tratado Orçamental nos parlamentos nacionais.
08/02/2012: "Quem já esteve na Madeira, deve ter ficado convencido que os fundos estruturais europeus foram bem aplicados na construção de muitos túneis e autoestradas, mas isso não conduziu a que haja mais competitividade", afirma em Berlim, considerando que os fundos deveriam ser aplicados no apoio às PME. A parcela dos fundos dedicada a Portugal para o período 2007-2013 é de 25 mil milhões de euros, num total de 350 mil milhões.
26/01/12: Merkel rejeita críticas sobre defesa da redução das dívidas públicas de Portugal, Grécia, Espanha e Itália, defendendo que "ter orçamentos de Estado sólidos e promover o crescimento não são coisas contraditórias, e a prazo precisamos de ambos".
26/10/11: Na aprovação do reforço do fundo de resgate europeu (FEEF) no Parlamento alemão, Merkel elogia Portugal, dizendo que o Governo "está firmemente disposto a impor" programa de ajustamento.
14/10/11: Porta-voz de Merkel diz que Portugal "está no bom caminho" e mostra "grande respeito" pelo esforço de Portugal para a redução do défice.
05/10/11: Merkel dá o exemplo de Portugal como país que recuperou confiança dos mercados com as medidas "genuinamente implementadas", numa altura em que a Moody's cortou o rating de Itália.
26/09/11: "Quem não cumprir [critérios de estabilidade], tem de cumprir", sob pena de ver sanções serem agravadas ou perderem mesmo a soberania. Merkel alerta para os riscos de contágio de Portugal e Irlanda caso a Grécia entre em incumprimento.
01/09/11: Merkel, em encontro que contou com a presença de Passos Coelho em Berlim, elogia a bem sucedida aplicação do programa de ajustamento. "O primeiro-ministro elucidou-me sobre as reformas estruturais profundas que estão a ser feitas em Portugal (...) É um caminho corajoso, sabemos que não é simples e, por isso, disse também da minha parte que sempre que Portugal necessitar de ajuda vamos prestar essa ajuda".
08/07/11: "Estou absolutamente convicta de que a Grécia irá conseguir e de que Portugal irá conseguir [sair da crise da dívida soberana]". Merkel afirma que a Europa está "a tentar demonstrar solidariedade" com programas de assistência a Portugal, Grécia e Irlanda, atitude que considera "importante para o euro como um todo".
09/06/11: Merkel felicita Passos por vitória nas eleições e promete apoio ativo "no caminho das reformas", nos "tempos difíceis" que Portugal atravessa.
18/05/11: "Não podemos ter uma moeda única onde uns têm muitas férias e outros poucas", afirma, numa comparação entre o número de dias de férias de Portugal e Alemanha. Em Portugal e Espanha, o mínimo legal é de 22 dias de férias, enquanto na Alemanha varia entre os 25 e os 30 dias.
10/05/11: Portugal "está num caminho muito razoável" para recuperar da crise da dívida com programa de ajustamento, considerou, acrescentando que "Portugal fez inúmeras reformas e irá fazer mais". Sobre a eficácia do programa, Merkel afirmou que "não dou conselhos sobre a política interna portuguesa, até porque estão em campanha eleitoral, e tem de se ser cuidadoso".
24/03/11: “Portugal apresentou um programa [PEC IV] muito corajoso para os anos 2011, 2012 e 2013. Era [um programa] apropriado. Lamento profundamente que não tenha sido aprovado pelo parlamento.” "Estou grata a Sócrates" [pelo trabalho feito na consolidação das contas públicas], afirma, apelidando o socialista de "correto" e "corajoso", depois de este ter apresentado a demissão como primeiro-ministro. Merkel afirma que as medidas tomadas por Portugal para reduzir o défice foram de "longo alcance"."Neste momento, é muito importante que todos os que falam em nome de Portugal digam claramente se estão unidos em torno do objectivo deste programa". "Importante é que, tão depressa quanto possível, Portugal esclareça aquilo que me parece ser indispensável: que há um consenso nacional quanto à necessidade de cumprir os objectivos com os quais Portugal já se comprometeu". "Se isso não for feito, com certeza haverá consequências bastante negativas".
04/03/11: "Portugal será capaz de resolver sozinho os seus problemas". "É necessária uma maior coordenação económica na Zona Euro".
10/01/11: "Portugal não pediu [ajuda] e nós não pressionaremos para que aceite". "Nunca pressionamos nenhum país para que tome certas medidas. Sabem que a ajuda está disponível, mas estes países são livres de pedir medidas de solidariedade se precisarem".
03/05/10: “Todos os especialistas dizem que Portugal, Espanha e Irlanda estão numa situação muito melhor do que a Grécia”. "Estes países podem também ver que o caminho tomado pela Grécia junto do FMI não é fácil. Como consequência, farão eles próprios tudo para o evitar e já estão em marcha esforços de poupança".
Historiador inglês acusa: Governo alemão está a forçar medidas de austeridade
Segundo o DN de Lisboa, num texto do jornalista Luís Manuel Cabral, “o historiador britânico John Rees, um dos signatários de uma carta aberta a Angela Merkel, que na segunda-feira visita Portugal, considera que a Alemanha está a forçar medidas de austeridade e que os protestos deveriam preocupar a chanceler.Rees explicou à agência Lusa que subscreveu a missiva "porque o governo alemão está no centro das políticas de austeridade e dos cortes que continuam a ser aplicados no sul da Europa", justificou este ativista, fundador do movimento pacifista Stop The War Coalition e da organização Counterfire, a propósito do apoio à carta. Cerca de três mil cidadãos portugueses e estrangeiros subscreveram uma carta aberta a Angela Merkel dizendo que a chanceler alemã e a sua comitiva não são bem-vindos a Portugal e que vêm "observar as ruínas em que a sua política" deixou a economia portuguesa. Na carta é feita uma referência à greve geral marcada para 14 de novembro, que será contra a austeridade e "contra governos que traíram e traem a confiança". Mas, garantem, será também uma manifestação contra Angela Merkel, "contra a austeridade imposta pela 'troika' e por todos aqueles que a pretendem transformar em regime autoritário". Na opinião de Rees, os protestos esperados em Lisboa refletem a noção das pessoas de que "a Alemanha é atualmente o país mais poderoso da Europa" e que está a usar essa condição para forçar as medidas de austeridade sobre os países da periferia. Porém, a greve geral marcada para 14 de novembro em Portugal, Espanha e noutros países europeus mostra que se está "a chegar a um ponto de viragem" no nível da contestação popular, o que, segundo Rees, deveria preocupar Angela Merkel e os outros dirigentes europeus. Autor de vários livros sobre movimentos revolucionários históricos e testemunha ativa no derrube de Hosni Mubarak no Egito, John Rees admite ser possível fazer uma "comparação preocupante" entre a situação atual e a crise dos anos 30. "Naquela altura havia um grande poder da classe trabalhadora, mas também se assistiu a uma ascensão dos movimentos de extrema-direita, como se vê agora com o Alvorada Dourada na Grécia", recordou Rees, advertindo que "se os trabalhadores não resolverem isto por eles mesmos, outras forças mais negras poderão impor-se". Apesar de os sindicatos britânicos não terem convocado greves para o dia 14, estão previstas algumas ações de protesto e apoio aos trabalhadores portugueses, espanhóis e gregos que envolverão expatriados daqueles países. Já no sábado, o grupo PIIGS United in London, que junta portugueses, irlandeses, italianos, gregos e espanhóis residentes em Londres, organiza um debate com o escritor alemão Alexander Gallas, o economista Juljan Krause e o corretor de bolsa Sebastian Döring sobre a visita de Angela Merkel a Lisboa. Na segunda-feira, em conjunto com o Occupy London e outras organizações, protagonizam um protesto junto ao salão Guildhall onde à noite se realizará o tradicional banquete do Lord Mayor da City of London que reunirá os principais financeiros de Londres para escutar um discurso do primeiro-ministro, David Cameron. Na próxima quarta-feira, dia da greve geral ibérica, terá lugar uma manifestação em frente à delegação da União Europeia na capital britânica organizada pela Coalition of Resistance, uma coligação de movimentos opositores à austeridade”.
Merkel não vê razões para Portugal renegociar com a troika
Li no site da RTP que “a chanceler Angela Merkel afirma não haver motivos para Portugal renegociar com a 'troika' ou pedir novo resgate, elogiando a coragem com que o Governo faz o ajustamento financeiro e com que o país cumpre o acordado. "Neste momento, não há motivos para uma renegociação. Portugal cumpre os compromissos assumidos corajosamente", afirmou a chefe do Governo alemão, numa entrevista à RTP, transmitida hoje, véspera da visita que fará a Portugal na segunda-feira. "Portugal cumpriu muito bem os compromissos assumidos. Por isso, estou convencida de que o resultado será bom, mas a dificuldade está nas reformas, que precisam de tempo para ter efeito", sublinhou. Isto não significa, ressalvou, que seja preciso mais tempo: "Quero dizer que, de uma forma geral, é preciso fazer mudanças dolorosas e não será no dia seguinte que haverá mais empregos e mais investimento. É preciso aguardar mais tempo, as pessoas ainda não veem o resultado, mas esse resultado virá". Por outro lado, disse não partir do princípio de que Portugal precisará de outro resgate: "Agora as medidas estão a ser muito bem implantadas e esperamos que o programa tenha sucesso". Merkel disse saber que enquanto estiver em Lisboa haverá "muitas pessoas que vão mostrar as dificuldades que têm", acrescentando que o direito à manifestação, sem violência, é um "progresso" das sociedades democráticas que não existia na antiga RDA, onde viveu. "Claro que um programa desta ordem gera grande debate. Mas a minha convicção é de que o Governo português está a ser muito corajoso ao tomar as medidas e tenho o maior respeito por aquilo que está a ser realizado no país", afirmou. Sobre as vozes que a culpam pela austeridade, respondeu que "naturalmente" as ouve, mas as estranha, lembrando que a 'troika' negoceia com os países. "Não são ideias minhas. São o resultado da convicção de que Portugal tem de fazer reformas, há que combater o défice e reforçar a base económica", afirmou. Apesar disso, e de reconhecer que "é um processo duro", que "exige muitos sacríficos", disse continuar "fiel a esses programas" que, no português, "como um todo, está bem estruturado e terá sucesso", negando tratar-se de "mera austeridade". "Não nos limitamos aos cortes, são importantes as reformas estruturais no direito laboral e outras áreas. As privatizações têm de ser feitas por ainda haver excesso de empresas públicas", afirmou. Confrontada com as posições do FMI sobre a rigidez da austeridade, respondeu que a diretora do Fundo Monetário Internacional "negociou o programa com Portugal e ela também continuará a assumir esse compromisso". Sobre a visita a Portugal, disse ser "uma contribuição" para mostrar que a Alemanha "quer ajudar" e "para ver o que se pode melhorar na cooperação entre empresas para gerar mais empregos, para que baixe o desemprego juvenil e haja força económica em Portugal". Merkel rejeitou ainda a saída do euro de alguns países: "De forma alguma. Devemos fazer tudo para que os investidores de fora da Europa não fiquem assustados. Precisamos de uma zona euro estável", sublinhou, afirmando que a Europa tem de produzir "de forma competitiva, a nível internacional" para criar emprego. "Formamos um forte mercado interno europeu do qual todos beneficiamos. A Alemanha também. Penso que podemos fortalecer a zona euro e é precisamente isso que estamos a fazer", afirmou, descartando um plano de ajuda para os países do Sul. "Com as medidas que disponibilizamos em termos de fundos estruturais e com os apoios dos programas europeus existem excelentes oportunidades para lançar o crescimento", afirmou. "Houve erros que cometemos no passado, todos juntos, como o investimento dos recursos em estradas, em infraestruturas de um modo geral, não tendo apoiado as pequenas empresas, para as tornar mais competitivas. Devemos aprender com o passado. Pela nossa parte, nós, alemães, vamos continuar a apoiar Portugal, Espanha e outros países. Fazemos isso porque também é bom para nós termos uma Europa comum", reforçou, dizendo não haver motivos para preocupação "com o domínio alemão".
Entrevista exclusiva de Angela Merkel à RTP
Em vésperas da visita oficial a Lisboa, a chanceler alemã concedeu à jornalista Isabel Silva Costa uma entrevista em que abordou temas como a ajuda da troika a Portugal. Angela Merkel rejeitou qualquer responsabilidade na austeridade que está a ser imposta aos portugueses, lembrando que não foi ela que assinou o acordo de assistência internacional (veja aqui o vídeo da RTP)
Merkel rejeita responsabilidade pela austeridade portuguesa
Angela Merkel diz que não é responsável pela austeridade em Portugal. Numa entrevista exclusiva à RTP, a chanceler alemã disse que não foi ela que negociou com a troika. Garante contudo que as reformas, apesar de dolorosas, vão ter efeito (veja aqui o vídeo da RTP)
Angela Merkel já falou muito sobre Portugal e nem sempre para dizer bem
Até agora Angela Merkel tem elogiado as políticas seguidas pelo Governo português. Mas já houve momentos em que condenou duramente as decisões tomadas em Lisboa (veja aqui o vídeo da RTP)
Humoristas portugueses "homenageiam" Angela Merkel
A chanceler alemã aterra em Lisboa, amanhã, ao meio dia, e se não tivesse a agenda já tão preenchida nas cinco horas em que cá vai estar, poderia conhecer algumas notas de humor em que é o alvo principal (veja aqui o vídeo da RTP)
quinta-feira, novembro 08, 2012
Vencimento de Merkel como chanceler não é suficiente, diz dirigente da oposição...
Segundo o Dinheiro Vivo, “o dirigente da oposição social-democrata alemã (SPD) Sigmar Gabriel afirmou que a chanceler alemã, Angela Merkel, não ganha o suficiente, apesar do salário da chefe do governo de Berlim ser superior a 17 mil euros mensais. "Não acho normal que um chanceler alemão ganhe menos que um diretor de uma caixa de depósitos de média dimensão", indicou Gabriel, citado na edição de domingo do Frankfurter Allgemeine Zeitung. Em maio, a chanceler e os seus ministros decidiram aumentar o seu salário pela primeira vez em 12 anos. Os vencimentos dos membros do governo alemão têm um aumento de 5,7 por cento em três etapas até agosto de 2013.Angela Merkel, em funções desde 2005, passará a ganhar em 2013 como chanceler 17.016 euros brutos por mês. Como é também deputada, terá um rendimento de 23 mil euros brutos por mês, segundo a imprensa.O candidato a chanceler pelos sociais-democratas em 2013, Peer Steinbrück, admitiu recentemente que deu conferências remuneradas, o que está a suscitar vivas críticas na Alemanha”.
O estilo de Merkel: aveludado, fato de calças, nada de saias, corte masculino
A chanceler alemã varia pouco: prefere calça e casaco, raramente usa saias, vestidos nunca. Na segunda-feira, Merkel aterra em Portugal (veja o vídeo aqui)
Passos: Cortes de 4 mil milhões serão conhecidos até fevereiro e quer Merkel..."bem recebida"!
Segundo o Dinheiro Vivo, “o primeiro-ministro afirmou hoje que ainda não estão definidas as áreas onde o Governo irá cortar os quatro mil milhões de euros, mas explicou que a decisão será tomada até fevereiro do ano que vem. Para esse esforço, Passos volta a apelar à ajuda do PS porque "são cortes permanentes" que não deverão ser repostos quando o Governo mudar. Passos lembrou que "hoje sabemos que necessitamos de fazer um corte na despesa pública de cerca de quatro mil milhões de euros", algo que não estava previsto inicialmente e que para que o projeto tenha sustentabilidade necessita de um debate que una os partidos. Como explicou, o Governo já efectuou um corte na despesa do Estado de 15 mil milhões de euros, que foi conseguido desde 2011. Apesar de tudo, lembra que os gastos do Estado não são sustentáveis e que por isso é preciso "ir mais longe". "E só é possível mexendo na estrutura do Estado", afirmou. Em relação à origem dos cortes, Passos lembra que "nada está decidido à partida, tirando o compromisso de conseguirmos até Fevereiro descriminar medidas que somem" os quatro mil milhões de euros. O esforço de poupança será "organizado entre o próximo e o sétimo exame que, tem lugar em Fevereiro”. O seja é já na segunda-feira que vem que o Estado vai começar a pensar nos cortes.
A visita de Merkel
Se os países da Europa não tivessem ajudado Portugal, o País estaria a braços com dificuldades ainda maiores, disse hoje Passos Coelho a propósito da vinda de Angela Merkel a Portugal. O primeiro-ministro afirmou que não entende "esta ideia de que não queremos a senhora Merkel em Portugal" e lembrou que a Europa precisa de se unir para poder enfrentar a crise e voltar a crescer. Segundo disse, à margem de uma cerimónia da Academia Militar, "espero que a senhora Merkel e outros chefes de Estado sejam sempre bem-vindos a Portugal". "A razão porque Portugal precisa de aumentar medidas implementadas não resulta de nenhuma política da senhora Merkel", afirmou o primeiro-ministro, que acrescentou que "os objetivos que temos na Europa são partilhados". O primeiro-ministro falava da visita de Angela Merkel a Portugal, na próxima segunda-feira, no dia em que foi escrita uma carta aberta contra a vinda da chanceler”.
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