domingo, novembro 02, 2025

Crédito habitação ‘muda de mãos’ em Portugal: intermediários ganham peso e já representam mais de metade do mercado

Segundo o regulador, em 2025 foram celebrados mais de 125 mil novos contratos de crédito à habitação, num total de 17,9 mil milhões de euros, sendo que mais de metade passaram pela intermediação de crédito. O crédito à habitação em Portugal está a mudar de mãos. Mais de 56% dos contratos e 57% do montante total financiado em 2024 foram realizados através de intermediários de crédito, de acordo com dados do Banco de Portugal. O número, sustentou o site ‘ComparaJá’, confirma a crescente relevância destes profissionais na mediação entre consumidores e instituições bancárias.

Segundo o regulador, em 2025 foram celebrados mais de 125 mil novos contratos de crédito à habitação, num total de 17,9 mil milhões de euros, sendo que mais de metade passaram pela intermediação de crédito. O número de intermediários registados também aumentou, superando os 6.100 profissionais no início de 2025. A utilização de intermediários de crédito deixou de ser excecional para se tornar a norma no mercado. A crescente complexidade das ofertas bancárias, a oscilação das taxas de juro e a busca por soluções personalizadas levam cada vez mais famílias a procurar apoio especializado.

“Por exemplo, com vantagens que existem em trabalhar com intermediários face a ir ao banco e que o feedback dos nossos clientes é que valorizam a poupança de tempo e a clareza nas propostas, bem como a confiança de ter alguém a acompanhar todo o processo,”, afirma Pedro Castro, Head de crédito Operação de Operations ComparaJá. “A confiança neste tipo de apoio é cada vez maior, sobretudo porque o consumidor sente que tem alguém do seu lado na negociação com os bancos.”

Para os consumidores, recorrer a um intermediário significa acesso a propostas mais competitivas, maior acompanhamento técnico e menos burocracia. Já para os bancos, os intermediários tornaram-se parceiros estratégicos de captação de negócio.

No entanto, o crescimento acelerado do setor levanta também desafios. O Banco de Portugal tem vindo a alertar para a necessidade de reforçar a formação e a supervisão destes profissionais, de forma a garantir que a expansão não comprometa a qualidade do serviço nem a transparência do mercado.

Um novo paradigma no financiamento imobiliário

Com o peso dos intermediários a ultrapassar a marca simbólica dos 50%, o mercado português entra numa nova fase de maturação. A intermediação de crédito consolida-se como um pilar essencial no ecossistema do financiamento à habitação, traduzindo-se em maior eficiência e competitividade, mas também na urgência de garantir regras claras e qualidade no aconselhamento (Executive Digest com ComparaJá.pt)

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