Há mais
jovens que não estudam nem trabalham nas zonas rurais do que nas cidades ou
zonas mais urbanizadas, o que se deve, à fragilidade da economia destes
territórios e a fenómenos como o abandono escolar. É a conclusão de um relatório
coordenado pelo Iscte – Instituto Universitário de Lisboa, citado pelo Público.
A tendência começou por diminuir ao longo dos últimos anos – a percentagem de
jovens que não estuda nem trabalha baixou de 13,1% para 9,5% no período
avaliado (2009-2019). Porém, a evolução deste indicador não foi sempre contínua
e agora dá sinais de estar a aumentar novamente.
Até 2010, a percentagem foi subindo, como consequência da crise financeira de 2008, tendo atingido o pico em 2013. Nesse ano, 17,1% da população entre os 15 e os 29 anos estava inativa. Depois melhorou ligeiramente. Agora, os dados mostram também que embora exista uma tendência geral para que o número seja superior nas zonas rurais, esta acentuou-se de uma forma geral em Portugal a partir de 2015, de acordo com o estudo coordenado pelo Iscte. Assim, verifica-se uma tendência de crescimento nos últimos cinco anos. Em declarações ao Público, o investigador do Centro de Investigação e Intervenção Social do Instituto Universitário de Lisboa, Francisco Simões, considera que este é ainda um efeito da crise do início da década. A investigação permitiu ainda identificar “fatores de risco” que expõem os jovens a esta situação. O primeiro é a fragilidade das economias das regiões rurais. O segundo são os níveis elevados de abandono escolar precoce, um problema que está agora a ser agravado pela pandemia (Executive Digest)
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