Segundo o Correio da Manhã, “a saída de
António Costa da presidência da Câmara Municipal de Lisboa (CML) para se
dedicar em exclusivo ao partido inverteu a tendência de queda do PS que se vinha
registando desde há seis meses, mas a distância em relação ao PSD ficou mais
curta. Somados, o PSD e o CDS conseguem um empate técnico com os socialistas.
Segundo uma sondagem CM/Aximage, realizada nos 4 a 8 deste mês, o PS recolhe
36,9% das intenções de voto, mais 0,8 pontos percentuais do que no mês passado
(36,1%). Contudo, o PSD cresceu mais do que os socialistas, passando de 28,9%
em março para 30,5% agora em abril (mais 1,6 pontos percentuais). A distância
entre os dois principais partidos é agora 6,4 pontos percentuais favoráveis ao
PS. O CDS manteve-se na casa dos 6% (6,1% em março, contra 6% em abril).
Juntos, os social-democratas e os democratas-cristãos somam 36,5% das intenções
de voto, contra os 36,9 dos socialistas. Ou seja, um empate a seis meses de
eleições. Valores que favorecem a continuidade da coligação governamental e
afastam cada vez mais o PS da maioria absoluta. Na confiança para
primeiro-ministro, António Costa continua à frente de Passos Coelho: 42,7%
contra 35,7%, sendo agora a diferença de 7 pontos percentuais. Em Outubro do
ano passado, quando António Costa foi eleito líder do PS, a sua confiança para
primeiro-ministro era de 56,2% e a de Passos Coelho 31,1%. Ou seja, em sete
meses Costa perdeu 13,5 pontos percentuais, e Passos ganhou 4,6 pontos
percentuais. Na avaliação dos líderes partidários, com notas de 0 a 20,
Jerónimo de Sousa (PCP) continua à frente com 10,8 valores e Passos Coelho em
último com 6 valores. António Costa cedeu o segundo lugar à direcção do BE (9,8
valores), descendo para o terceiro lugar com 8,7 valores. Nesta sondagem,
registo para a queda da CDU, de 10,7 % em março para 9,2 em abril, e do PDR de
Marinho e Pinto, de 4,4% para 3,8%. O BE, liderado por Catarina Martins também
caiu, mas apenas 0,5 pontos percentuais. O Livre, de Rui Tavares, continua em
último com um valor residual: 1,7%.
Ficha técnica
Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com
telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.
Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade,
escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi
extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 602
entrevistas efectivas: 271 a homens e 331 a mulheres; 105 no Interior Centro
Norte, 163 no Litoral Centro Norte, 90 no Sul e Ilhas, 173 em Lisboa e Setúbal
e 71 no Grande Porto; 139 em aldeias, 218 em vilas e 245 em cidades. A
proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem
amostral.
Técnica:Entrevista telefónica
por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 4, 6, 7 e 8 de Abril
de 2015, com uma taxa de resposta de 82,6%.
Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com
602 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma
"margem de erro" - a 95% - de 4,00%).
Responsabilidade do estudo:
Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de
João Queiroz”