quarta-feira, março 11, 2015

Politécnicos em dificuldades apostam em mudar regras de acesso ao superior

Os politécnicos estão em “agonia”. A palavra é do investigador do Observatório de Políticas de Educação e Formação Paulo Peixoto, mas a ideia, usando esta ou outra expressão, é repetida por vários especialistas. Este subsistema de ensino superior passa por graves dificuldades e a recente polémica de alteração das regras de acesso – que acaba com a preponderância actual dos exames nacionais – é a última manobra para garantir a sobrevivência. Depois do crescimento generalizado do sistema de ensino superior, sobretudo ao longo dos anos 1990, a quebra da procura dos últimos anos tem sido particularmente penalizadora para os politécnicos. Os dados sobre os diplomados ao longo da última década mostram uma clara divergência entre as realidades dos institutos superiores e das universidades. Se, em 2005, os dois subsistemas públicos formavam praticamente o mesmo número de pessoas – 23.901 e 25.283, respectivamente –, nos anos seguintes, as universidades continuaram a crescer, ao passo que a procura dos politécnicos estabilizou (texto do jornalista do Público, SAMUEL SILVA )