terça-feira, outubro 29, 2013

Barómetro i/Pitagórica: Portugueses esperam segundo resgate

Li no Jornal I num texto do jornalista Pedro Rainho que "a maioria dos inquiridos não acredita que a saída da troika trará o fim da austeridade. Portugal está a oito meses de fechar o programa de assistência financeira, mas os inquiridos do barómetro i/Pitagórica de Outubro têm dúvidas de que Portugal possa dispensar a troika: quase 71% duvidam muito (ou não acreditam mesmo nada) que os técnicos do Banco Central Europeu, da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional abandonem o país em Junho de 2014. Quando o ministro da Economia já defendeu a negociação de um programa cautelar, mais de 63% dos participantes dizem que o segundo resgate - mais duro - é mesmo inevitável. Os pessimistas estão em clara maioria quando o tema é a viagem sem regresso da troika. 37,8% acreditam pouco que isso venha a acontecer nos prazos estabelecidos. A estes juntam-se os 33,1% que não acreditam nada que tal seja possível. Do outro lado, 24,6% fazem fé no acordo inicial e não riscam da agenda, em Junho do próximo ano, a indicação: "O protectorado da troika acaba hoje." E o que se segue a esse momento: financiamento em boas condições no mercado livre? Programa de salvaguarda, caso os juros sejam incomportáveis? Segundo resgate, com igual ou até maior austeridade? O último cenário ganha adeptos, com 63,7% dos inquiridos a antever a necessidade de mais fundos internacionais em meados de 2014. Mesmo acreditando que a troika conclui o seu trabalho em Lisboa no prazo fixado, a grande maioria dos inquiridos está longe de relacionar essa saída com o fim da austeridade. São 71,4% os participantes que acreditam que os cortes serão menos passageiros que as visitas dos técnicos das instituições internacionais. Na verdade, apenas 13,8% dos inquiridos consideram que o fim da austeridade em Portugal está definitivamente a oito meses de distância.
AUSTERIDADE NÃO É SOLUÇÃO
Dois anos e meio de programa de ajustamento e a caminho da sua conclusão, 67,8% dos portugueses consideram que o país se manterá sem condições para conseguir financiamento a taxas de juro comportáveis, em Junho. Nem metade - 32,2% - acredita nesse regresso aos mercados.O que poderá explicar o falhanço desse regresso, a verificar-se? Sobretudo "um eventual insucesso da política de austeridade", consideram 40,1% dos inquiridos. Mais até que a crise política do Verão (18,9% das respostas), mais que a falta de acordo entre a maioria e o PS - pedido pelo Presidente da República -, a má gestão dos governantes ou os chumbos do Tribunal Constitucional. Nem o crescimento do PIB nos primeiros três meses do ano anima a maioria dos inquiridos. 50,2% entendem que tudo não passa de um fogo-fátuo. Ainda que 32,8% (a maior resposta individual) digam que a recuperação veio para ficar"