segunda-feira, junho 24, 2013

Marques Mendes: "O PSD anda desaparecido em combate"

Escreve o Expresso que "o ex-líder do PSD diz que o partido "deixou de fazer política" e critica o CDS-PP por "oportunismo", tendo sempre "um pé fora e um pé dentro do Governo". Marques Mendes criticou  o PSD, que considera que "deixou de fazer política, anda desaparecido em combate", ao contrário do parceiro de coligação no Governo, o CDS-PP, que está a demonstrar o "oportunismo"."Não entendo que o facto de Paulo Portas ter falado em descida de impostos seja uma provocação ao PSD. Mas há críticas a esta moção. Não fica bem ao CDS dizer que as coisas más são culpa do PSD, isso não foi muito feliz, não lhe dá credibilidade", disse, no Jornal da Noite da SIC, desde Luanda, em Angola, onde esteve numa conferência."O CDS tem um pé fora e um pé dentro do Governo", acrescentou. "O Governo é um todo e cada um tem a sua quota parte de responsabilidade".
Os protagonistas do Conselho de Ministros
Em relação ao Conselho de Ministros informal que decorreu  em Alcobaça, Marques Mendes destacou "dois grandes protagonistas": Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros, e Poiares Maduro, Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional."Ao que apurei, Paulo Portas apresentou o guião da reforma do Estado, que tem pouco mais do que 50 páginas, com várias linhas de orientação que vão ser discutidas", adiantou."Poiares Maduro é cada vaz mais um ministro influente no Governo", disse o ex-líder do PSD sobre a nova 'voz' do Executivo, que fez o balanço final do Conselho de Ministros e que estará cada vez mais ligado aos jornalistas, através de reuniões diárias."O Governo quer corrigir uma falha que tem, na comunicação. Haverá briefings diários com a imprensa e posso dizer que vão ocorrer às 14h. Mas os problemas que existem não são apenas de cosmética, são de fundo. As mexidas precisam de ser acompanhadas de políticas", criticou, sugerindo a revisão das metas do défice e uma "redução de impostos", isto é, um "choque fiscal" negociado com a União Europeia. "Se eu me deixar engordar, eu não resolvo o problema alargando o fato", exemplificou".