Eleições: a votação do CDS/PP
O CDS/PP foi a surpresa deste acto eleitoral na Madeira, não pelo facto de ter subido cerca de 3 mil votos (o PSD subiu mais de 2 mil votos) ou ter mantido o deputado que tinha – eleito à custa do PS – mas por ter superado os socialistas no Funchal e, mais do que isso, por ter ultrapassado os 19 mil votos que deixam no ar a dúvida sobre qual o desfecho para as regionais de Outubro. O CDS/PP, por norma, consegue os melhores resultados eleitorais nas eleições nacionais e dos piores nas regionais, o que não deixa de ser curioso. Mas temos que reconhecer que José Manuel Rodrigues, jornalista, sabe da “poda” em termos de gestão da comunicação e de procura e gestão do mediatismo, conseguindo em muitos momentos uma presença nos meios de comunicação social que superou as dos restantes deputados regionais todos juntos. Por outro lado, estamos a falar do vice-presidente nacional do CDS, de um dos vices de Paulo Portas, além de que foi o porta-voz dos centristas para o sector da educação. Creio que as pessoas terão votado mais ele (JMR) doa que no CDS/PP propriamente dito. Esta é pelo menos a minha opinião. Mas elaborei um quadro que espero ajude a perceber o que se passa eleitoralmente entre o PS e o CDS numa “guerra surda” que efectivamente existiu nos bastidores e que os centristas alimentaram a possibilidade de a ganharem, até que surgiram os resultados do PS em Machico.
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