sábado, fevereiro 26, 2011

Mais de 50 mil pessoas protestam nas ruas do Iémen

Li no Publico um texto de Isabel Gorjão Santos que, "milhares de pessoas saíram à rua no Iémen para protestar contra o regime do Presidente Ali Abdallah Saleh. Os jornais locais falam em 50 mil a 80 mil manifestantes, os organizadores dos protestos adiantaram à AFP que há cerca de 100 mil pessoas nas ruas.Nos últimos nove dias os confrontos no Iémen causaram pelo menos 17 mortes. As manifestações, que esta sexta-feira subiram de tom quando se intensificam também os confrontos na Líbia, estão a ser encaradas como um teste ao regime de Abdallah Saleh, no poder há 32 anos. Junto à universidade da capital, Sanaa ouviram-se vários "slogans", mas as principais palavras de ordem são “o povo quer a queda do regime”. O correspondente do jornal britânico "The Guardian" no Iémen fala em pelo menos 50 mil manifestantes na rua, um “número sem precedentes”, junto à universidade de Sanaa. A agência Reuters relatou a presença de milhares de apoiantes e em outros tantos opositores ao regime de Ali Abdullah Saleh. E a imprensa local, citada pelo “The Wall Street Journal” garante que há de 50 mil a 80 mil manifestantes contra o regime nas ruas. A cerca de quatro quilómetros da universidade ouviram-se também vozes leais ao Presidente: “O criador da unidade está nos nossos corações, não vamos abandoná-lo.” Em Taiz, outra cidade do Iémen, os protestos juntam 10 mil pessoas. Saleh diz que não vai ceder à “anarquia e à matança”.Em Aden, no Sul do país, nove pessoas ficaram feridas em resultado dos disparos da polícia. Os manifestantes consideram este dia “a sexta-feira do princípio do fim do regime”, numa alusão ao dia da semana em que caíram também os regimes de Ben Ali, na Tunísia, e de Hosni Mubarak, no Egipto. As famílias de duas pessoas que morreram nos confrontos em Sanaa disseram à AFP que apenas pretendem realizar os funerais após a queda do regime. Houve uma oração colectiva pelos “mártires do Iémen”. Os protestos contaram com a participação de Fouad Dahaba, um representante da oposição no Parlamento que garantiu à Reuters que “a revolução começou e não irá parar enquanto não forem cumpridas as exigências da popilação”. E adiantou: “Não somos menos do que os povos da Tunísia e do Egipto, que já se emanciparam”.

Sem comentários: