quarta-feira, agosto 25, 2010

Moodys prevê que Portugal falhe metas de défice e dívida em 2010 e 2011...

Segundo o Publico, "a agência de notação financeira Moody’s prevê que a economia portuguesa cresça 0,5 por cento este ano e 0,7 em 2011, projectando no entanto que as metas do Governo para o défice orçamental não sejam atingidas nem este ano, nem no próximo. De acordo com o European Sovereign Outlook hoje divulgado, a agência de notação financeira aponta para um crescimento em 2010 inferior ao projectado pelo Governo, de 0,5 por cento contra 0,7 do Executivo. No próximo ano, a estimativa já é mais optimista que a do Governo, com a agência de rating a apontar para um crescimento de 0,7 por cento, prevendo o Executivo, na sua mais recente estimativa, um crescimento de apenas 0,3 por cento. O cenário, no entanto, é mais pessimista no que diz respeito aos números do défice orçamental. A Moody’s espera que, tanto em 2010 como em 2011, os objectivos não sejam alcançados. A agência aponta para um défice de 7,5 por cento já este ano (Governo aponta para 7,3), sendo que para 2011 a expectativa é ainda mais negativa. O Executivo aponta para um défice de 4,6 por cento em 2011, mas a Moddy’s projecta que este atinja os 6,8 por cento. A projecção para o peso da dívida pública em percentagem do Produto Interno Bruto é igualmente desfavorável para o Governo, com a Moody’s a indicar que esta deva atingir os 84,8 por cento em 2010 (83,4 por cento é a estimativa governamental) e 89,2 por cento em 2011 (o Governo estima que atinja os 85,9 por cento e se mantenha em 2012). A agência lembra ainda que o aspecto essencial para o corte em dois níveis do rating de Portugal, anunciado a 13 de Julho, foi o enfraquecimento no médio prazo da capacidade financeira do Estado e a crença de que o crescimento económico será relativamente fraco no médio prazo, a menos que as recentes reformas estruturais dêem frutos no médio prazo. A Moody’s perspectiva ainda que estes dois factores juntos deverão levar a uma subida do nível de dívida pública nos próximos anos, e que estes deverão aproximar-se dos 90 por cento (em percentagem do PIB) e dos 210 por cento (em percentagem do nível de receitas)".

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