quarta-feira, agosto 25, 2010

Jovens adoptados usam Facebook para falar com pais biológicos

Li no Publico, que "no Reino Unido já houve vários casos. Em Portugal, oficialmente, ainda não é conhecido nenhum, mas a questão já é discutida. Nuns casos, foram os pais biológicos que os detectaram através do Facebook, mas a maior parte das vezes foram os próprios jovens, adolescentes ainda menores adoptados, que, sabendo o primeiro e último nome dos pais biológicos, os encontraram. Não será a primeira vez que se ouve esta história, mas a diferença é que já não é preciso sair do quarto, ir a outra cidade ou descobrir uma morada para encontrar alguém: com poucos dados, estamos todos à distância de um clique, mesmo separados por muitos quilómetros. Embora em Portugal, segundo o presidente do Instituto da Segurança Social, Edmundo Martinho, não tenha ainda sido reportado qualquer caso semelhante, no Reino Unido já foram identificados vários. De acordo com um artigo publicado em The Guardian por Eileen Fursland, jornalista e escritora com dois livros sobre o tema (Facing up to Facebook: a Survival Guide for Adoptive Families e Social Networking sites and Adoption), há inúmeras situações de jovens que contactaram os pais biológicos e outras, em menor número, em que foram os pais a procurar os filhos que deram para adopção, através do Facebook.
Verdades incómodas
No artigo, há vários testemunhos destes contactos e os assistentes sociais mostram-se preocupados com as consequências que contactos não planeados podem ter, a nível emocional, não só para o jovem, como para toda a gente envolvida. A descoberta de verdades incómodas, reveladas sem preparação, e a gestão de sentimentos contraditórios são algumas dos efeitos que, sem mediação, podem ser difíceis de controlar. Um assistente social citado no artigo diz que em North Yorkshire já há dezenas de casos de crianças a seguir o rasto dos pais biológicos e que, todas as semanas, recebe telefonemas de pais adoptivos em pânico por se aperceberem que os filhos têm mantido esse contacto. A adolescência, sobretudo entre os 14 e 15 anos, parece ser a idade mais vulnerável a este tipo de aproximações. No Reino Unido, já houve mesmo uma conferência intitulada Facing up to Facebook à qual foram mais de cem assistentes sociais, interessados em perceber como proteger as crianças e adolescentes e como aconselhar as famílias nestes casos. Para Outubro, está a ser planeada uma outra conferência em Manchester". Leia tudo aqui.

Sem comentários: