sexta-feira, abril 09, 2010

Um dia triste

Acabo de ser informado pelo Sindicato dos Jornalistas de que foi hoje recebida "com enorme consternação a notícia da morte, esta tarde, no Hospital do Funchal, do presidente da Direcção Regional da Madeira do SJ, Nélio Freitas, a cujo exemplo de profissional e activista sindical de dedicação exemplar presta sentida homenagem". Um dia triste para mim, porque não se perde em vão uma pessoa com quem lidamos durante anos, primeiro como companheiro das lides jornalísticas, no PEF e na RDP-Madeira, depois encontrando-nos em lados diferentes. O Nélio Freitas, que manteve sempre as suas ideias e a firmeza das suas convicções, era o Presidente do sindicato dos Jornalistas na Madeira, já que mesmo doente - a última vez que estive com ele, há três meses, mais coisa menos coisa, apesar dos penosos tratamentos a que se sujeitava, transmitia confiança - aceitou o desafio de continuar a trabalhar pela sua classe. Ainda hoje de manhã perguntei por ele a uma jornalista da Lusa. Porque me tinham dito que o seu estado de saúde se tinha agravado e que inclusivamente tinha sido operado de urgência. Um dia triste para mim, julgo que para os jornalistas madeirenses. Morreu um homem de convicções, que sofreu muito, pela doença castradora de mais uma vida. Um jornalista que se manteve sempre de pé, mesmo quando pareciam querer tombá-lo. O Nélio sabe que a sua partida me deixa consternado. À sua mulher e aos dois filhos ainda pequenos, e demais família, a minha solidariedade e os meus pêsames pela perda. Na certeza de que a mesma esperança, a mesma convicção que o Nélio transmitia quando sabia da gravidade da sua doença, e se submetia aos dolorosos tratamentos, seja seguida por eles e pelos seus antigos companheiros e amigos.

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