terça-feira, abril 06, 2010

Opinião: o meu aplauso ao Mário Gouveia

Só hoje tive oportunidade de ler a crónica dco jornalista Mário Gouveia, correspodente da TVI no Funchal e forte candidato a ser nomeaado como nº 2 de Gil Rosa, na chefia dos departamentos de informação e programação da RTP/RDP na Madeira. O meu aplauso pela coragem de chamar "aos bis pelos nomes" e de por não hesitar em fugir ao "politicamente correcto". Transcrevo o texto do jornalista publicado no DN do Funchal intitulado "Acções pouco nobres": "À custa da tormenta que se abateu sobre a Madeira, há por aí uns indivíduos que julgam que os Madeirenses passaram a ser uns desgraçadinhos e uns pobrezinhos. Vai daí, toca a oferecer qualquer coisa. Até esferográficas e alguns trocos. E nessas acções, não dispensam a comunicação social. Publicidade e promoção de borla, está claro! Neste rol encaixa-se o presidente do Benfica que, aproveitando a deslocação da equipa encarnada à Madeira, resolveu oferecer lápis e cadernos a crianças que, devido às circunstâncias, estão frágeis e carentes. Dispenso, dispenso estas nobres acções carregadas de segundas intenções. Não se deve brincar à caridade promovendo-se à custa do momento sensível que os Madeirenses atravessam. O mesmo digo do presidente do Sporting. Também à luz dos holofotes, veio entregar uma verba irrisória, cerca de trinta mil euros, segundo o DIÁRIO, para ajudar? às vítimas do temporal. Trinta mil euros??, uma ninharia para o clube como o Sporting. Até parece brincadeira. Não dá para nada! Devemos agradecer os gestos, mas também devemos mandar embrulhar estas prendas e devolver aos senhores Vieira e Bettencourt, para entregar aos pobres dos bairros que proliferam na segunda circular, mesmo nas barbas da Luz e de Alvalade. Mas há também Madeirenses que aproveitando a tragédia, resolveram promover alguns produtos sem saída nas prateleiras. Cinco por cento da venda de um vinho poderá ser muito dinheiro, se esse vinho for conhecido e se tiver muita saída. Parece não ser o caso do néctar que Joe Berardo resolveu promover à custa de uma solidariedade de interesses. Gesto nobre, senhor comendador, seria reconstruir a capela de Nossa Senhora da Conceição e o largo das Babosas. E porque não, construir quatro ou cinco casas para quem ficou sem habitação na freguesia do Monte, bem perto da sua magnífica quinta. Não lhe custava nada! Mas há também quem, pela calada, sem publicidade e sem propaganda, ajudam e de que maneira, quem padeceu e perdeu tudo com o temporal. Estes sim, merecem toda a nossa consideração e o nosso obrigado".

Sem comentários: