De entre os principais portos nacionais, Sines e o conjunto de portos do Funchal e do Caniçal foram os únicos que apresentaram um crescimento médio anual positivo no número de embarcações de comércio entradas, respectivamente, 4,5% e 0,1%, no período de 2005 a 2009. Os portos de Aveiro e de Setúbal foram aqueles que mais retrocederam em termos médios anuais no número de embarcações, com variações de -6,3% e -4,9%, respectivamente, no período em análise. Nos últimos 5 anos, os portos de Lisboa (-2,5%) e de Leixões (-2,1%) mantiveram uma tendência continuada de quebra no número de entradas de embarcações, com excepção do porto de Leixões no ano de 2007.
Em 2009, comparativamente com 2005, com excepção dos portos de Sines e do conjunto dos portos do Funchal e do Caniçal, todos os demais principais portos nacionais registaram uma quebra no número de embarcações, reflexo, sobretudo, da crise económica iniciada em 2008, com as consequentes implicações na redução das trocas internacionais. Todavia, tal situação não significou uma redução generalizada no nível de arqueação bruta. Com excepção dos portos de Ponta Delgada, Aveiro e Setúbal, todos os outros principais portos nacionais apresentaram uma taxa de crescimento médio anual positiva na arqueação bruta total das embarcações de comércio, com registos que variaram dos 1,4% em Lisboa, até os 10,6% no porto de Sines. Tal facto traduz a progressiva substituição das embarcações por outras de maior porte. Os portos de Sines, Leixões e do conjunto Funchal e Caniçal, incrementaram, em todos os anos, o nível de arqueação bruta.
Em 2009, os principais portos nacionais do Continente apresentaram um predomínio do tráfego internacional sobre o nacional, relativamente ao total de toneladas carregadas e descarregadas, em torno dos 80%, o que no caso do porto de Aveiro atingiu os 91,3%. No caso do porto de Ponta Delgada, a expressão do tráfego internacional foi mais modesta (21,8%), sendo que no conjunto Funchal e Caniçal a importância relativa foi de apenas 6,8%. O porto de Aveiro e, em menor amplitude, os portos do Funchal e do Caniçal e o porto de Lisboa, registaram o maior incremento na importância relativa do tráfego nacional, na estrutura de tráfego portuária, tendo quase triplicado o seu peso relativo no porto de Aveiro, em 2009 face a 2005. Por direcção de tráfego, em 2009, do total de mercadorias carregadas, a importância relativa do tráfego nacional dos principais portos de Portugal foi de 46,1%, percentagem comparativamente superior à observada no caso do total de mercadorias descarregadas (31,8%, em termos médios). Destaque-se o caso do porto de Sines onde o tráfego nacional representou 51% no total de mercadorias carregadas, o registo mais elevado dos portos do Continente e apenas 3,6% no total de mercadorias descarregadas, a mais baixa percentagem dos portos do território continental" (fonte: INE)
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