terça-feira, dezembro 01, 2009

Governo exclui garantia ao conglomerado "Dubai World"...

Continuam "negras" as coisas no Dubai. Segundo o DN de Lisboa, "o governo de Dubai não garantirá a dívida do conglomerado público Dubaï World fortemente endividado, afirmou o director do departamento financeiro do emirado, Abdel Rahman Al Saleh. "É verdade que o governo é o proprietário" de Dubai World, declarou o responsável nuna entrevista divulgada pela televisão do Dubai. "Mas como a firma tem várias actividades expostas a todo o tipo de risco, a decisão foi tomada desde a criação da companhia que não seria garantida pelo governo", acrescentou. O emirado do Dubai anunciara a intenção de pedir aos credores do seu conglomerado Dubai World, que controla nomeadamente Nakheel, um adiamento de seis meses até Maio de 2010, do pagamento de uma dívida chegada à maturidade. A moratória incide sobre o pagamento, previsto a 14 de Dezembro, de 3,5 mil milhões de dólares (2,33 mil milhões de euros) de obrigações islâmicas por Nakheel. O anúncio fez cair os mercados asiáticos, europeus e americanos, com os investidores a recear a insolvabilidade do Dubai para a sua dívida pública de 80 mil milhões de dólares (53,35 mil milhões de euros). As bolsas do Dubai e de Abu Dabi conheceram uma segunda-feira negra, fechando com quedas de 7, 3 e 8,3 por cento respectivamente, sinal da perda de confiança dos investidores no primeiro dia de negociação após o anúncio das dificuldades financeiras do Dubai World, um emblema da economia do Dubai". A um outro nível escreve escreve o jonalista Miguel Prado do Jornal de Negócios que "a euforia imobiliária que nos últimos anos tomou o mercado do Dubai deixou 40% da oferta de escritórios por ocupar, de acordo com dados da consultora Knight Frank, que indica que o Dubai tem actualmente 929 mil metros quadrados de escritórios disponíveis. A taxa de disponibilidade de 40% é muito superior à de 6% que se verifica no mercado vizinho de Abu Dhabi, segundo os dados da Knight Frank, citados pela Bloomberg. Em Lisboa, por exemplo, a percentagem de área de escritórios desocupada face ao ‘stock’ total é actualmente de 7,7%. Na semana passada a estatal Dubai World anunciou que estava em negociações com os credores para prolongar os prazos dos empréstimos, perante um cenário negro com elevadas taxas de desocupação dos escritórios e rendas em queda. Uma combinação que veio pôr em causa a capacidade de aquela empresa pagar as suas dívidas, voltando a ameaçar a estabilidade dos mercados financeiros internacionais".

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