quinta-feira, novembro 05, 2009

Turismo açoriano “vive impasse”...

Li no Correio dos Açores, um texto do jornalista João Paz, que refere: "O presidente do Observatório Regional de Turismo, Carlos Santos, afirmou ontem nas Furnas que o destino turístico Açores enfrenta actualmente um desafio determinante para garantir o sucesso do futuro. Explicou que, após um período de descoberta e de crescimento exponencial de dormidas e de camas, surge agora um momento de impasse devido à crise internacional que continua a afectar os principais mercados emissores de turismo, internacional e nacional.Aconselhou que, face às circunstâncias e a uma época baixa ainda bastante prolongada e acentuada, os empresários têm de se adaptar, flexibilizando a gestão, recorrendo a medidas implementadas pelo governo regional para ajudar a vencer a crise e despedindo pessoal, para baixar os custos. Por outro lado, relevou, a estratégia global de desenvolvimento turístico dos Açores tem sido potenciadora de assimetrias inter-ilhas e intra-ilhas. Carlos Santos, que falava no Encontro internacional de Turismo Termal, a decorrer nas Furnas, explicou, em tom crítico, que o crescimento do turismo no arquipélago continua concentrado nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial e, dentro dessas, nas cidades de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta. E, salientou, a oferta de alojamento turístico no arquipélago tem sido indiferenciada, contando sobretudo com hotéis urbanos, sem constituírem elementos de diferenciação. A esta realidade sentida nos Açores Carlos Santos contrapõe com o novo paradigma do turismo internacional que, segundo salienta, exige estratégias dinâmicas, dirigidas aos novos turistas que procuram novos canais de distribuição, novos prazos de reserva, novos destinos e produtos, mas, sobretudo, destinos capazes de oferecer experiências únicas e de qualidade, a preços competitivos. Como sublinha, para vencer o novo mercado global é necessário apostar numa estratégia baseada nos princípios das vantagens comparativas e da sua transformação em vantagens competitivas. Considerou que, nos Açores, é necessário concentrar esforços na estratégia de concentração diversificada de produtos que correspondem às suas aptidões naturais para adiantar que, neste contexto, o turismo de Saúde e Bem-Estar surge como uma opção natural. Pois, trata-se de um produto que corresponde às vantagens comparativas da Região; corresponde a um segmento crescente da procura turística internacional; é um elemento diferenciador e qualificador da oferta turística regional; e integra a estratégia de desenvolvimento turístico sustentável de longo prazo".

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