quarta-feira, novembro 18, 2009

Isto vai chegar ao tutano dos portugueses!

Segundo a Comissão Europeia, "a crise económica deixou muitos países com défices orçamentais bastante acima do limite de 3%. A Comissão propõe agora prazos para a redução desses excessos. Há um ano apenas, a existência de défices orçamentais duas ou três vezes superiores ao limite imposto pela UE seria impensável na maioria dos países. Actualmente são a norma - uma herança da crise económica que ameaça fazer a Europa regressar aos tempos da recessão. Numa coisa estão todos de acordo: os países da UE têm de pôr as finanças públicas em ordem. A questão é saber quando. Com efeito, muitos hesitam em cortar as despesas nos próximos tempos por receio de prejudicar a incipiente recuperação. O calendário definido pela Comissão dá a treze países dois a cinco anos para regressarem à disciplina orçamental. Segundo as regras europeias, os actuais e os potenciais membros da zona do euro devem manter os défices orçamentais abaixo dos 3% do PIB, embora lhes seja permitida alguma flexibilidade em períodos de crise económica. As regras, que fazem parte do pacto de estabilidade e crescimento da UE, destinam-se a evitar desequilíbrios que podem pôr em causa a zona do euro. Em média, os países da UE registaram défices de 0,8% do PIB em 2007 e de 2,3% em 2008. Prevê-se que esses valores subam para 6,9% este ano e cheguem a 7,5% em 2010. O fosso entre as despesas e as receitas públicas explodiu durante a crise devido ao aumento das despesas por parte dos governos para apoiar o sistema bancário e dar um novo alento à economia. Com a queda acentuada das receitas fiscais, muitos tiveram de contrair empréstimos. Só o saldar esta dívida já é dispendioso, apesar de as taxas de juro estarem baixas. Qualquer subida destas taxas poderia travar a recuperação, adverte o Comissário dos Assuntos Económicos, Joaquín Almunia. A Comissão propõe o prazo de 2013 para nove países: Portugal, Alemanha, França, Espanha, Áustria, Países Baixos, República Checa, Eslováquia e Eslovénia. A Itália e a Bélgica teriam até 2012, a Irlanda até 2014 e o Reino Unido até ao exercício orçamental de 2014-15. As recomendações serão agora submetidas à aprovação do Conselho. Relativamente à França, Espanha, Irlanda e Reino Unido, estas propostas representam um prolongamento do prazo, dado que já tinham sido impostos prazos a esses países na sequência de défices superiores a 3% registados no ano passado. A Comissão instou a Grécia a tomar medidas imediatas, considerando que o país não fez o suficiente para reduzir o défice. Prevê-se que a Grécia venha a registar um défice de cerca de 13% este ano, muito além das previsões anteriores". Leia mais sobre o procedimento relativo aos défices excessivos.

Sem comentários: