terça-feira, novembro 03, 2009

Açores: Ordem dos Médicos considera uma “trapalhada” o que se passa na saúde pública

Li no Correio dos Açores, num texto de João Paz, que "o responsável pela Ordem dos Médicos dos Açores, Eduardo Pacheco, opõe-se à extinção do cargo de Delegado de Saúde de São Miguel. “Não faz sentido nenhum acabar com a autoridade de saúde de ilha”, afirma. Censura o argumento que o presidente do governo, Carlos César, deu para o seu desaparecimento. Qualifica como “trapalhadas” aquilo que se tem passado ao nível da saúde pública a propósito da Gripe A. Revela que as alterações propostas pelo governo açoriano para a gestão da Saúde Pública denota “uma confusão absoluta”. O presidente do Conselho Regional dos Açores da Ordem dos Médicos, Eduardo Pacheco, considerou ontem “uma trapalhada” o episódio ocorrido entre o presidente do governo dos Açores, Carlos César, e o Delegado de Saúde de São Miguel, Mário Freitas, tendo como pano de fundo a situação actual da Gripe A na ilha. “Ouvimos alguém com responsabilidade máxima governativa a afirmar que vai haver uma legislação para resolver uma questão individual. Dá a ideia que é uma legislação feita à medida deste nível e não propriamente do interesse da Região”, afirmou Eduardo Pacheco. O responsável pela Ordem dos Médicos na Região afirma, a propósito, que a extinção dos cargos de Delegado de Saúde Pública de ilha denota “uma confusão absoluta sobre o que é a política de saúde em termos de saúde pública. Umas vezes defendem o Delegado de Saúde de Ilha. Outras vezes tiram o Delegado de Saúde de Ilha e ninguém sabe porquê já que não se fundamentou nem da primeira decisão, nem agora a segunda”. “O que há”, completou, “é uma confusão absoluta da parte de quem tem responsabilidade governativa na Região, na área da Saúde”. Perante a insistência do jornalista sobre se a Ordem concordaria com a extinção do Cargo de Delegado de Saúde Pública, Eduardo Pacheco afirmou que, numa conferência de Imprensa concedida em Abril, - “antes de todas estas trapalhadas que têm existido nos últimos dias e antes da Gripe A ser um problema activo” – falou-se de alguns problemas da Saúde na Região, à volta do próprio Estatuto Regional de Saúde. Na altura, prosseguiu o médico, “chamámos à atenção que era importante rever o Estatuto Regional de Saúde e haver uma decisão absoluta sobre o que é para aplicar e o que é que não seria aplicado”.

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