quarta-feira, agosto 26, 2009

Açores: contas das marinas geram discordâncias entre governo e empresa pública Portos

Diz o jornalista João Paz do do Correio dos Açores, que "um responsável da administração dos Portos dos Açores afirmara que as marinas são investimentos com “um custo social” e, por isso, são “deficitárias”. Mas o governo açoriano, posto perante estas declarações por três deputados do PSD/Açores, responde que “a generalidade das marinas dos Açores apresenta um equilíbrio de exploração”. O governo dos Açores anunciou que a administração dos portos de São Miguel e Santa Maria “está a estudar novas soluções de melhoria” para a agitação do mar na ‘nova marina’ de Ponta Delgada quando os ventos estão dos quadrantes Sul, Sudoeste e Leste. Acrescenta que a administração portuária “já procedeu a diversas intervenções de melhoria das condições de abrigo” em relação à situação que existia inicialmente. Entre estas melhorias está a construção de uma barreira de protecção a Poente que o PSD/Açores diz que custou 600 mil euros. O governo açoriano, de harmonia com os sociais-democratas, “não acautelou no projecto inicial a protecção da ‘nova marina’ à agitação marítima nem previsto o estacionamento em terra”. Mesmo depois de colocada a barreira de protecção, “os novos utentes da ‘nova marina’ já manifestaram apreensão e descontentamento relativamente às deficientes condições de abrigo, originando agitação marítima inaceitável…” Num requerimento assinado pelos deputados Jorge Macedo, António Marinho e António Pedro Costa, O PSD questiona o governo açoriano sobre se a baixa ocupação da ‘nova marina’ e a “desistência” dos potenciais utentes que estavam inscritos na lista de espera, não se relaciona com a sua falta de condições, nomeadamente quanto “à deficiente protecção à agitação marítima”. A marina, no seu todo, dispõe de 630 lugares de estacionamento de embarcações, 400 dos quais respeitam ao recente acrescento que é tido como ‘marina nova’ e que não possui zona de estacionamento em terra. A marina no seu todo, diz o governo, tem uma ocupação de 57% feita por embarcações locais, mediante licenças de longa duração. Esta lotação, explica o executivo, “é considerado normal, uma vez que a restante oferta disponível se destina à captação de visitantes que, se prevê, “venha a crescer” com a retoma económica e o desenvolvimento da náutica de recreio".

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