domingo, junho 29, 2008

Ferreira Leite resiste a agências de comunicação

Com este título publica o Expresso um texto da sua jornalista Ângela Silva que não deixa de ser curioso: “As agências de comunicação já começaram a rondar a porta da nova direcção do PSD, mas não deverão, para já, ter grande sorte. Manuela Ferreira Leite está a equacionar uma assessoria de comunicação reforçada mas, garantem no partido, “nem lhe passa pela cabeça contratar agências de comunicação”. Esta semana, a primeira reunião da Comissão Política do partido serviu, sobretudo, para começar “a arrumar a casa”, segundo o secretário-geral, Marques Guedes. A todos foi pedido que sejam discretos com os jornalistas, com o argumento de que a eficácia do que vier a ser decidido passa pela inexistência de fugas de informação. Hoje, o Instituto Sá Carneiro - centro de produção programática do partido - reúne-se e uma das decisões que Ferreira Leite terá que tomar no curto prazo é quem escolherá para substituir Mota Amaral (que se demitiu) à frente daquele órgão. Pedro Passos Coelho assumiu estar interessado em empenhar-se na dinamização do Instituto mas a líder do partido ainda não falou com ele. A sua aposta na inclusão das pessoas que entende poderem ser úteis para mobilizar o PSD até às várias eleições do próximo ano não cede a pressas, apesar do Congresso do último fim-de-semana ter deixado alguns sinais sobre a necessidade de fazer pontes, nomeadamente com Pedro Passos Coelho. O ex-líder da JSD conseguiu um excelente resultado nas eleições para o Conselho Nacional do partido - elegeu 16 conselheiros, apenas menos quatro do que Manuela -, e isto apesar de algumas das estruturas que o apoiaram nas directas, a começar pela distrital do Porto, terem optado por apresentar listas próprias àquele órgão do partido, numa tentativa de se emanciparem da lógica de facções deixada pela corrida à liderança do partido. Santana Lopes, que, ao contrário de Pedro Passos Coelho, optou por não arriscar encabeçar nenhuma lista, viu os seus mais próximos apoiantes só conseguirem eleger cinco conselheiros nacionais, o que resultou num claro enfraquecimento da dinâmica que Santana tinha conseguido nas directas de onde saiu com 30% de votos. Resta saber se Manuela Ferreira Leite cumpre o que alguns dos estrategos da sua candidatura chegaram a ventilar para os jornais, ou seja, que Manuela contaria com Santana para as autárquicas. A Passos Coelho, a nova líder fará, tudo indica, um convite para colaborar na mobilização do partido para o ano eleitoral de 2009. Para já, o sinal de inclusão foi dado na escolha de um dos apoiantes de Passos Coelho - Emídio Guerreiro, de Braga -, para secretário-geral-adjunto do partido, ao lado de Matos Rosa, ex-secretário-geral-adjunto de Marques Mendes, e de Luís Rodrigues, outro ex-mendista. Para a direcção parlamentar, Paulo Rangel, o novo líder, também fez uma lista abrangente que junta ex-mendistas como Regina Bastos e Luís Campos Ferreira e ex-apoiantes de Passos Coelho como Agostinho Branquinho. De fora apenas ficaram os santanistas”.

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