sábado, junho 17, 2017

Eleições no Funchal: mais uma sondagem, bluff ou contra-informação?

Constou-me hoje que há uma nova sondagem sobre as eleições no Funchal - não consegui perceber por encomenda de quem - que parece apontar para resultados verdadeiramente preocupantes em termos da realidade política futura na cidade do Funchal.
Quando se diabolizam as maiorias absolutas, há que explicar às pessoas que não há maiorias absolutas diferentes umas das outras. Elas são sempre maiorias absolutas independentemente da instituição a que se referem. Segundo me disseram os resultados parecem apontar para a continuidade com valores que reforçam e muito, a almofada política que neste momento existe. Muito sinceramente acho que os partidos políticos, que se multiplicam em candidaturas que apenas servem para tirar votos uns aos outros, deviam pensar muito a sério se determinadas estratégias feitas em função de objectivos pessoais, corporativistas ou outros, prejudicam ou não aquele que dizem ser - será mesmo? - o objectivo eleitoral deles quando se aplicar o método de Hondt. Como espectador interessado na política - e sou - do que se vai passando, depois de 23 anos envolvido em campanhas eleitorais - confesso que me interrogo sobre a inexistência de uma planificação devidamente pensada e estruturada e do consequente levantamento sobre as reais necessidades e aspirações das pessoas em cada uma das freguesias. Sem isso é caso para dizer se os candidatos a derrubar Cafofo querem chegar ao combate eleitoral com uma mão vazia e outra cheia de coisa nenhuma caindo em lugares comuns e discursos absolutamente vazios e a justificarem a indiferença. Ainda há algum tempo. Reúnam-se, discutam, elaborem uma planificação plausível, vão ao encontro das freguesias, dos sítios, das pessoas e criem condições para o confronto que aí vem e que será bem duro. E, antes de tudo, tentem mobilizar as pessoas, porque não podemos ter eleições autárquicas cuja abstenção foi de 40% em 2005, 45% em 2009 e 47,5% em 2013.

Uma nota final: tudo isto ressalvando a contra-informação que existe a propósito de sondagens e a dificuldade em identificar o "encomendador" quando aparecem no circuito agências de comunicação continentais contratadas para o efeito.

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