sexta-feira, fevereiro 28, 2014

Luigi Valle: “Temos o grande objectivo de crescer também em Nova Iorque”

Li no Económico, num texto da jornalista Dírcia Lopes  que "já com 41 anos de presença no mercado, o grupo Pestana assume-se como a maior cadeia hoteleira portuguesa. Em entrevista ao Diário Económico, o administrador do grupo, Luigi Valle, realça que, apesar do clima de crise no ano passado, foi possível acrescentar mais 10% às receitas de 2012, que ascenderam a 386,3 milhões de euros.
A estratégia de crescimento será através de hotéis de raiz ou da exploração de unidades já existentes?
- Pode ser as duas coisas. O grupo Pestana há 25 anos não tinha essa perspectiva. Agora estamos entre os 25 maiores grupos a nível da Europa e entre os 100 maiores a nível mundial. Hoje certos operadores falam connosco com a perspectiva de ficarmos com a operação das unidades, como aconteceu em Marrocos, Cuba, Bogotá na Colômbia. E mesmo em Portugal em que nos ofereceram activos como o hotel de Lisboa, Vilasol no Algarve e o Colombos em Porto Santo. Não será só a construir novas unidades, mas também podemos tomar em consideração a operação de outras unidades que já existem.
Em Portugal onde serão as novas aberturas?
- Já começámos em Dezembro do ano passado as obras da Pousada do Terreiro do Paço que irá arrancar em 2016. Está definido que vamos abrir no próximo dia 1 de Abril a Pousada da Serra da Estrela, na Covilhã, um investimento da Enatur de 15 milhões de euros. Mas o que vai acontecer a curto prazo, é a apresentação de novas unidades num dos locais onde está definido o crescimento, a América do Sul, a par do grande objectivo de crescer também em Nova Iorque.
Como é que o grupo contornou a crise?
- Antigamente quando perguntavam como estava o grupo era fácil de responder. Hoje, por exemplo, com o aumento do IVA na área da restauração, há dois anos, tivemos de tomar em atenção esse aumento em que perdemos uma percentagem muito alta de milhões de euros que não foi possível repercutir nos preços. Em 2011 e 2012 os resultados em Portugal não foram bons. Em 2013 tivemos um grande crescimento. Já com as participações das novas unidades em operação no ano passado - Casablanca, Miami e Porto Santo, sem ainda contar com Cayo Coco (Cuba) e Barcelona - em termos percentuais tivemos um crescimento de 10% no ‘total revenue'. O crescimento deste ano foi sobretudo com os estrangeiros porque os portugueses tiveram investimentos em férias bastante mais baixos.
Em quanto reforçaram as taxas de ocupação?
- Houve um crescimento médio de ocupação de mais 5%/, sendo que o Pestana Chelsea Bridge (Londres) foi o melhor e que ultrapassou os 90% de ocupação. Mas houve outras unidades como o Pestana na Ilha da Madeira que ultrapassaram os 85%. Em termos de receitas os maiores crescimentos percentuais foram na Europa com mais 14%, África, mais 14% e na Madeira, que cresceu 10%"