Li no Dinheiro Vivo que "o Metro de Lisboa é o pior, seguida
pela CP e pelo Metro do Porto: no total, as empresas públicas de transportes
têm 12,67 mil milhões de euros em dívida acumulada. Os dois Metros e os
comboios são as situações mais complicadas: só estas três empresas representam
83% da dívida nos transportes. No fundo da tabela, há empresas com a dívida bem
mais controlada: a Transtejo (101 milhões, STCP (370 milhões) e a TAP SA (863
milhões). Os números do final de 2012 não vão melhorar em 2013. A execução
orçamental dos primeiros três meses do ano revela que os juros e encargos
financeiros suportados pelas empresas públicas reclassificadas (como o Metro do
Porto e Refer)aumentaram 86,9% face ao homólogo. O facto mais alarmante provém das empresas de
transportes, onde a despesa nesta rubrica aumentou 855%, passando de 16,3
milhões no primeiro trimestre de 2012 para 155,7 milhões de euros nos primeiros
três meses deste ano. Para este ano, o Governo definiu a necessidade de avançar
com a concessão de algumas destas empresas, traçando a passagem para os
privados da CP Carga e a definição de um novo modelo para Carris, Metro de
Lisboa, Metro do Porto e STCP. Esta urgência também se deve à falta de
financiamento: sem acesso aos mercados externos, estas empresas vivem cada vez
mais de empréstimos de curto prazo, pagos a taxas de juro elevadas. No início deste ano, a situação da Carris
era paradigmática. Apesar de ser das menos endividadas e com os melhores
resultados operacionais, os autocarros de Lisboa continuavam a pagar juros
elevados para se financiar. "A média de spread para operações de curto
prazo é 7%", garantia a Carris em Janeiro".