terça-feira, junho 26, 2012

Crédito malparado sobe 2,6 milhões por dia

Segundo o jornalista do Correio da Manhã, Pedro H. Gonçalves, "o crédito malparado das famílias aumentou a um ritmo de 2,6 milhões de euros por dia em apenas um mês (de Março a Abril), atingindo um novo valor recorde de 4978 milhões de euros em Abril. Com a crise a pressionar os orçamentos familiares, os depósitos caíram. Em Abril, foram resgatados dos bancos 256 milhões de euros. Segundo os números do Banco de Portugal revelados, as dívidas de cobrança duvidosa na habitação continuam a representar a maior fatia do malparado nas famílias, com 2212 milhões de euros de cobrança duvidosa. Segue-se o crédito ao consumo, cujo malparado atingiu em Abril os 1585 milhões de euros, quando em Dezembro de 2007, antes da crise financeira, estava nos 505 milhões de euros. É um aumento de 213 por cento. Nas empresas, a situação não é melhor, com a construção a liderar, pelos piores motivos. O malparado neste sector já vai nos 3486 milhões de euros, quando no final de 2007 estava nos 439 milhões, ou seja, oito vezes menos. No total, as empresas têm 8961 milhões de euros de cobrança duvidosa, na perspectiva dos bancos. Como resultado das dívidas que se acumulam e das dificuldades de financiamento nos mercados externos, a Banca também tem vindo a fechar a torneira do crédito, com os empréstimos a caírem em todas as frentes. Entre Março e Abril, as instituições financeiras emprestaram menos 611 milhões de euros às empresas, num total acumulado de 111 140 milhões de euros em crédito concedido. É o sétimo mês consecutivo em que cai o crédito da Banca às empresas. Nas famílias, o corte dos empréstimos foi de 466 milhões de euros entre Março e Abril, dos quais mais de metade resultam de menos crédito concedido para compra de casa. Se olharmos para os empréstimos dados às famílias, no espaço de um ano o corte por parte das instituições financeiras é de 3700 milhões de euros".

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