Impulsionados no seu entusiasmo da treta por causa destas notícias - que valem o que valem - esquecendo que cada deputado pode envolver-se nas redes sociais que entender sem que precise de ir a reboque dos sites institucioanis dos parlamentos de que fazem parte, o mentecapto que todos conhecem, esconde realidades recentes que revelam bem como é que estas "coisas" funcionam quando não há a dignidade, a ética e a rectidão - como é o caso do exemplar em questão - por parte dos utilizadores. Eu recordo os factos para que a memória curta não ajuda a branquear o que não pode ser atirado para debaixo do tapete quando convém ou não:
- Twitter gera confusão no parlamento açoriano - "A Assembleia Legislativa dos Açores vai reavaliar na próxima conferência de lideres o acesso a novos meios de comunicação dentro do plenário, para evitar polémicas entre deputados, como as que aconteceram esta semana por causa da utilização do Twitter. A decisão foi tomada pelo presidente do parlamento açoriano, Francisco Coelho, na sequência de um incidente ocorrido quinta-feira, ao final do dia, envolvendo troca de acusações entre os lideres das bancadas do PS e do PSD por causa de comentários feitos na Internet. Na perspectiva de Francisco Coelho, os "problemas" que as novas tecnologias levantam ao trabalho parlamentar devem ser discutido "democraticamente" na próxima conferência de líderes parlamentares, no sentido de preservar o "civismo" e o relacionamento pessoal entre os deputados. "Temos que arranjar, não digo um manual, mas um conjunto de boas práticas políticas e de relacionamento com os outros, que envolvam os deputados, mas também todos aqueles que circulam nesta casa", afirmou. Pouco antes, Hélder Silva, líder parlamentar do PS, tinha acusado o seu homólogo social-democrata, António Marinho, de tentar agredir, durante um intervalo dos trabalhos, o deputado socialista Alexandre Pascoal, por este ter escrito comentários sobre si no 'Twitter". "O senhor teve uma atitude reprovável, que nós não aceitamos. Não lhe admito que entre por este grupo parlamentar e que atente fisicamente contra um deputado desta bancada", advertiu Hélder Silva" (notícia de 10 de Julho de 2009 no Publico);
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- Parlamento dos Açores vai 'regulamentar' Twitter - "O presidente da Assembleia açoriana, Francisco Coelho, mereceu esta tarde aplausos de todas as bancadas quando interveio para apaziguar os ânimos exaltados por mais um incidente parlamentar provocado pelo twitter (rede social da Internet em que são colocadas pequenas observações online), e que foi protagonizado entre as bancadas do PS e PSD. Um incidente que opôs o deputado Alexandre Pascoal da bancada socialista e o líder do grupo parlamentar do PSD, António Soares Marinho, quando - após a votação que ‘chumbou’ o pedido de urgência para a constituição de uma comissão de inquérito à construção dos navios encomendados pela Região - atravessou o hemicíclo e disse: “não fala mais no meu nome no twitter”. Isto porque o deputado independente do grupo parlamentar socialista tinha escrito online: “António Marinho insulta o líder parlamentar do GPPS devido ao pedido de urgência sobre a Com. de Inquérito aos navios Atlântida/Anticiclone”. Acontecia por essa altura um intervalo regimental, mas o episódio não passou despercebido e provocou um verdadeiro ‘burburinho’. Com o recomeço dos trabalhos, o líder da bancada rosa, Hélder Silva, fez uso imediato da palavra e em defesa da honra afirmou:”Não lhe admito senhor presidente do Grupo Parlamentar do PSD que entre por este Grupo Parlamentar dentro e vá ofender e atentar fisicamente contra um deputado desta bancada, aliás de tal forma que até pensei, no percurso, que o senhor deputado se viria dirigir contra mim! É algo que não lhe aceito! O senhor deputado está nervoso (...) aquilo que eu lhe recomendo é que tome um calmante...” Soares Marinho retorquiu: “Aquilo que eu fui dizer ao senhor deputado Alexandre Pascoal foi que não punha mais o meu nome no twitter e tenho todo o direito de o fazer. Não quero! E portanto, aquilo que aqui se passou foi brincadeira de computador. Meus senhores, eu aqui estou como deputado e para ter intervenção política, aqui e de acordo com o que vem defenido no regimento. (...) Tenha a coragem de dizer as coisas às pessoas na sua cara, é isso que nós estamos aqui para fazer, é isso que é um deputado, nós não somos tecladores de computador, somos deputados” (notícia de 9 de Julho, dos jornalistas Olímpia Granada e Hélder Blayer, do Açoriano Oriental);
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- Nova polémica obriga Parlamento a regular «Twitter» - "Assembleia dos Açores vai reavaliar acesso aos novos meios de comunicação dentro do Plenário após troca de acusações. O «Twitter», rede social na Internet em que são inseridas pequenas observações, voltou a causar polémica entre os deputados açorianos. A Assembleia Legislativa regional vai reavaliar na próxima conferência de líderes o acesso a novos meios de comunicação dentro do plenário, para evitar polémicas entre deputados, como as que aconteceram esta semana por causa da utilização do «Twitter», informa a «Lusa». A decisão foi tomada pelo presidente do parlamento açoriano, Francisco Coelho, depois de um incidente, na quinta-feira ao final do dia, envolvendo troca de acusações entre os líderes das bancadas do PS e do PSD por causa de comentários feitos na Internet. O líder parlamentar do PS, Hélder Silva, acusou o homólogo do PSD, António Marinho, de tentar agredir o deputado socialista Alexandre Pascoal, durante um intervalo dos trabalhos, por ter escrito comentários sobre António Marinho no «Twitter». «O senhor teve uma atitude reprovável, que nós não aceitamos. Não lhe admito que entre por este grupo parlamentar e que atente fisicamente contra um deputado desta bancada», advertiu Hélder Silva" (notícia publicada no site da TVI).
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- Frase no Twitter provoca polémica entre deputados - "Alexandre Pascoal, deputado do PS, apelida on line de "sermão (...) pleno de preconceito, demagógico e ignorância " uma intervenção de Artur Lima, líder da bancada do CDS-PP, e o líder popular acusou-o em plenário de covardia. Debatia-se no Parlamento Regional, mesmo no final desta terça-feira, uma proposta de resolução do Bloco de Esquerda a recomendar ao Governo Regional um plano de intervenção para a prevenção da gravidez na adolescência, quando, inesperadamente, o presidente do grupo parlamentar do CDS-PP, Artur Lima, pediu a palavra para exigir ao deputado do PS, Alexandre Pascoal, que explicasse o que tinha afirmado instantes antes no Twitter (uma rede social da Internet muito em voga e em que são colocadas on lines pequenas observações). Alexandre Pascoal acabara de escrever on-line que (sobre o assunto em discussão) “sermão de Artur Lima, pleno de preconceito, demagógico e ignorância”. Artur Lima soube, exaltou-se e acusou Alexandre Pascoal em plenário de “cobardemente" não se ter levantado, "não participou no debate porque é um ignorante e é um cobarde e agora defenda a honra como quiser porque é isso que o senhor é”. E na defesa da honra, Alexandre Pascoal respondeu: “Ao que eu saiba, posso expressar-me onde quero e como quero”, o que mereceu aplausos do PS. E acrescentou, na “Assembleia da República este é um exercício corrente”. Artur Lima estranhou os aplausos e considerou o comportamento “lamentável”, crítica que estendeu à bancada do Governo” (notícia de 7 de Julho de 2009, dos jornalistas Olímpia Granada e Hélder Blayer do Açoriano Oriental).
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