terça-feira, dezembro 08, 2009

O mistério da morte de Mez

Segundo o Publico, "Juízes e jurados ficaram convencidos com a reconstrução do crime feita pela acusação e recusaram dúvidas sobre as provas forenses. Por volta das 9 da noite de Novembro de 2007, a estudante inglesa de 21 anos Meredith Kercher (ou "Mez", como era carinhosamente tratada), regressou à sua residência universitária, na cidade italiana de Perugia, depois de ter estado em casa da amiga Sophie Purton a ver um filme romântico. No dia seguinte, por volta das 13h15, o seu corpo quase nu foi encontrado numa poça de sangue por dois agentes da polícia que, logo ali, suspeitaram que ela tinha sido forçada a ajoelhar-se com o rosto no chão, violada sob a ameaça de uma faca, estrangulada e degolada. Depois de dois anos de investigação e 11 meses de um julgamento mediático, mais dois suspeitos (o primeiro, Rudy Guede, imigrante da Costa do Marfim, já está a cumprir 30 anos de cadeia) foram condenados pelo crime: a americana Amanda Knox, colega de apartamento de Kercher, e o seu namorado, o italiano Raffaele Sollecito. Dois juízes e seis jurados anunciaram o veredicto após quase 12 horas de deliberação: 26 anos de prisão para Knox e 25 para Sollecito. Ambos clamaram inocência, e culpam Guede, 22 anos, cujo ADN estava espalhado por todo o local do crime, incluindo numa impressão digital com sangue e em amostras indicando que ou tinha violado Kerscher ou havia mantido relações sexuais consentidas com ela. Knox e Sollecito foram incriminados por assassínio e ofensas sexuais, e terão de desembolsar, cada um, cinco milhões de euros de indemnização aos Kercher, além de suportarem todos os custos do processo. Knox foi ainda intimada a indemnizar, com 55 mil euros, o congolês Patrick Lumumba, dono de um bar onde ela trabalhava, por o ter difamado, acusando-o de ter cometido o homicídio. Os pais dos réus já anunciaram que vão recorrer. Os pais da vítima mostraram-se "satisfeitos" com a sentença - embora a acusação tivesse pedido prisão perpétua e em isolamento -, mas ressalvaram: "Este nunca foi um caso para receber dinheiro, mas para que fosse feita justiça." Assim que ouviu a pena, Amanda começou a chorar e apoiou-se no peito do seu advogado Luciano Ghirga. Raffaele, um estudante de informática filho de um rico e respeitado urologista, Francesco Sollecito, permaneceu impassível. Ela saiu do tribunal a soluçar, amparada por dois guardas. Na sala, também havia lágrimas nos rostos de familiares e amigos, que gritavam palavras de encorajamento aos condenados".
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