terça-feira, dezembro 15, 2009

Afinal a carta de JCG pedia apenas liberdade de voto para LMF

Afinal, e tal como aqui referi, a carta que João Carlos Gouveia enviou a Francisco Assis, líder parlamentar do PS na Assembleia da República, com conhecimento de Luís Miguel França - embora não tenha conseguido confirmar este dado novo - não teve nada a ver com o pedido de empréstimo de 79 milhões de euros para a Madeira, mas apenas com a proposta de alteração da lei de finanças regionais. Basicamente foi uma missiva sem impacto, conforme me garantiram, porque não é o PS da Madeira ou a estrutura socialista de qualquer outro distrito do Continente, quem determina o sentido de voto dos deputados, mesmo quando eleitos por essas Regiões ou distritos. Ou seja, basicamente a carta solicitava liberdade de voto a LMF e recordava ter o PS local votado a favor da proposta na Assembleia Legislativa da Madeira. Apenas isso. A minha dúvida é descortinar as reacções dos que recebem estas cartas, ou seja, o real grau de acolhimento que as mesmas conseguem... Será que o PS regional acolheu todas as sugestões recebidas de Lisboa sobre como deveria votar, nalgumas situações, na Assembleia Legislativa da Madeira? Então, como é que querem, particularmente JCG, que na actual conjuntura política e parlamentar nacional, o líder da bancada parlamentar do PS em São Bento abrisse mão de uma disciplina de voto - que era apenas furada pelos "alegristas" - para depois ser obrigado a ter idêntica tolerância quando os assuntos específicos que importam a uma região ou a um distrito em articular, "justificam" situações de voto diferentes? Por este andar, nem o PS na Assembleia da República votará a favor do Plano e Orçamento de Estado para 2010... E quem sabe, pergunto e especulo eu, em complemento a um comentário anteriormente publicado, se afinal a abstenção de LMF ao lado dos restantes deputados terá sido uma "moeda de troca" que lhe foi pedida depois de concluídas as negociações entre Assis e Aguiar Branco e alargadas depois aos demais partidos?

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