Diz o Correio dos Açores que "O PCP Açores, em comunicado enviado às redacções, repudia mais uma situação de trabalhadores com salários em atraso na Região, desta vez registada na empresa Verdegolf, proprietária dos campos de Golfe da Batalha e das Furnas. Anibal Pires, dirigente do partido na região, que a repetição deste tipo de ocorrências é demonstrativa da crescente pressão a que são sujeitos os trabalhadores açorianos e as suas famílias, bem como o clima de impune desrespeito pelos seus direitos legalmente consagrados. Mais adianta que foi neste sentido que o PCP Açores fez aprovar, em sede de Plano e Orçamento para 2010, um significativo reforço de verbas para a Inspecção Regional do Trabalho. “Exige-se agora uma actuação célere, proactiva e eficaz deste organismo, no sentido de garantir a reposição da legalidade e o integral cumprimento das obrigações da entidade patronal para com estes trabalhadores”. Anibal Pires diz que esta situação é difícil de compreender, uma vez que a Verdegolf recebeu do Governo Regional extensos apoios e benefícios para a construção destes empreendimentos e, mesmo, para outros noutras ilhas, que parece não estar agora interessada em levar adiante. “Fica demonstrada a má aplicação e o desrespeito pelos dinheiros públicos e a forma como os actuais sistemas de incentivos não protegem o interesse públicos”, realça o dirigente comunista. Por outro lado, o também parlamentar refere que “as dificuldades que empresa alega atravessar demonstram também as fragilidades e contradições da estratégia dos últimos governos regionais para o sector turístico”, apostando em mega-empreendimentos, para um turismo massificado e sem diferenciação, para competir em mercados onde os Açores têm escassa ou nenhuma vantagem relativa. “O falhanço desta estratégia desajustada da realidade da nossa Região é claro e inegável”, vinca. A terminar, Anibal Pires, sustenta que “é necessário, ao invés, apoiar as iniciativas centradas nos nossos factores e características particulares da Região, o nosso património ambiental, cultural e produtivo, como a única via para verdadeiramente consolidar nichos de mercado específicos e trazer efectivas mais valias para os Açores"
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