"É indubitável que, com um Governo da República sem maioria absoluta, em princípio opera-se uma grande transformação no exercício do poder político em Portugal, numa dimensão que talvez nem todas as pessoas até agora tenham tomado consciência. Enquanto o Governo da República dispôs de maioria absoluta, o Parlamento teve um papel secundarizado, na medida em que mais um eco das decisões governamentais.
Agora, estando o Governo com uma maioria meramente relativa, o centro do poder desloca-se para a Assembleia da República, onde serão as maiorias em cada caso, para o efeito pontualmente formadas, que decidirão as principais opções para Portugal.
Sabe-se como os Partidos da Oposição ao Governo, na Legislatura anterior, concebiam as decisões do Governo socialista. Não é de crer que mudem de rumo e se apresentem como incoerentes aos olhos dos Portugueses.
O que, das duas, uma. Ou o Governo da República, caso a caso, consegue negociar soluções com parte dos Partidos da Oposição, até formar uma maioria de decisão, o que implica cedências na sua ortodoxia política.
E, nesta situação, o potencial papel mediador do Presidente da República, também torna acrescido o peso político do Chefe de Estado.
O que, das duas, uma. Ou o Governo da República, caso a caso, consegue negociar soluções com parte dos Partidos da Oposição, até formar uma maioria de decisão, o que implica cedências na sua ortodoxia política.
E, nesta situação, o potencial papel mediador do Presidente da República, também torna acrescido o peso político do Chefe de Estado.
Ou, caso contrário, nas situações em que a Oposição se possa entender, o que não é fácil dadas insuperáveis diferenças ideológicas, podemos chegar ao ponto de o Governo da República ter de governar com leis feitas pela Oposição, salvo veto do Presidente da República.
Claro que tudo isto é meramente teórico. Na prática, e para bem dos Portugueses, espera-se que haja bom-senso. O bom-senso de o Governo socialista se deixar de teimosias e ter capacidade negociadora.
O bom-senso de o Presidente da República ser sempre interveniente, quando o Interesse Nacional assim o exigir.
O bom-senso da Oposição, também sempre com os olhos postos no Interesse Nacional, de, sem perder os Valores diferentes que a caracterizam, procurar encontrar soluções eficientes para um Portugal que não pode ser mais adiado. Que grandes reptos para a «classe política»...que é a que temos!..." (crónica de Alberto João Jardim hoje na TVI24)
O bom-senso de o Presidente da República ser sempre interveniente, quando o Interesse Nacional assim o exigir.
O bom-senso da Oposição, também sempre com os olhos postos no Interesse Nacional, de, sem perder os Valores diferentes que a caracterizam, procurar encontrar soluções eficientes para um Portugal que não pode ser mais adiado. Que grandes reptos para a «classe política»...que é a que temos!..." (crónica de Alberto João Jardim hoje na TVI24)
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