segunda-feira, outubro 29, 2007

Representante: fui derrotado (II)

Nós temos que reconhecer quando perdemos. Uma derrota, foi o que eu sofri. Para alguma desilusão pessoal, confesso. Porque que pensei que o meu partido nunca cederia a pressões oportunistas e sem escrúpulos. Um representante "ameaça" que se vai embora se não lhe derem destaque estatutário, quer recuperar a importância que o cargo colonial perdeu ao longo dos anos em grande medida pela persistência do PSD, elabora depois de tudo isso uma proposta de estatuto que melhor lhe interesse, o documento é enviado para a Assembleia da República com a Presidência da Republica a se envolver no processo, pressionando a aprovação (pelo simples facto de ser Belém a nomear estes habilidosos representantes que ninguém sabe para que servem e o que fazem nas Regiões). E viva a democracia! O parecer dado pelo PSD da Madeira ao estatuto do representante – iniuciativa que eu considero um atrevimento numa altura em que se tenta, provocatoriamente, desvalorizar a revisão constitucional der 2009 – foi, para mim, uma derrota pessoal, porque sempre defendi oi contrário. Estye é um dos tais momentos em que prefiro estas “derrotas” do que obter certas “vitórias” que vão contra a mninha consciência e convicção e que eu estou certo que no futuro muitoi próximo terão um pesado custo político. Entendo, mas sou apenas um simples cidadão, que o PSD da Madeira, em coerência com o que sempre defendeu e disse nunca, repito, NUNCA, poderia ter dado parecer favorável. Optasse pela abstenção, mas avalizar estatutos nunca, porque isso é a contradição com tudo o que disse antes. Se queriam um estatuto pessoal para o representante, que o Parlamento nacional o impusesse. Depois do “não” dos Açores, a Madeira não dederia ter desalinhado. O que se passou retira espaço de manobra e argumentos válidos para que em 2009 se peça qualquer solução diferente. Ninguém acredita em quem diz uma coisa e depois faz outra só porque aposta nos “favores” ou nas alegadas “influências” seja de quem for. Lamento que a vaidade e o desejo de mordomias acabem por arrastar partidos para atitudes que nada têm a ver com a coerência de uma linha de pensamento com mais de 30 anos. Quando três anos depois de uma revisão constitucional que acabou com o cargo de Ministro não houve a honestidade ética para deixar de chamar-se a si próprio e ao cargo, o que já não é, que dizer? Perdi, lamento-o. Assumo a minha derrota, mas tenho razão, e não retiro uma vírgula ao que disse. O parecer entristeceu-me. Quem sabe se um dia, talvez um dia, fiquemos a conhecer a verdadeira história de tudo isto…

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