terça-feira, novembro 25, 2025

Nobel da Paz será considerada "fugitiva" se deixar a Venezuela para receber o prémio em Oslo

María Corina Machado, que afirma estar na clandestinidade na Venezuela, declarou a intenção de se deslocar a Oslo, na Noruega, para receber o Prémio Nobel, no próximo dia 10 de dezembro. O procurador-geral da Venezuela declarou na quinta-feira à AFP que a vencedora do Prémio Nobel da Paz deste ano e líder da oposição, María Corina Machado, será considerada "fugitiva" se deixar o país para receber o prémio.

Machado, que afirma estar na clandestinidade na Venezuela, declarou a intenção de se deslocar a Oslo, na Noruega, para receber o Prémio Nobel, no próximo dia 10 de dezembro. "Por estar fora da Venezuela e ser alvo de várias investigações criminais, ela será considerada fugitiva", afirmou o procurador-geral Tarek William Saab, precisando que Machado é acusada pela justiça venezuelana de "atos de conspiração, incitação ao ódio e terrorismo".

Sondagem: AD perde força com PS e Chega a aproximarem-se (mas mantém-se empate técnico)

 

O estudo confirma que os três maiores partidos permanecem tecnicamente empatados, uma vez que a margem de erro do barómetro é de 4%. A nova sondagem mensal da Intercampus, divulgada esta segunda-feira e realizada para o Negócios, Correio da Manhã e CMTV, mostra que a Aliança Democrática continua na liderança das intenções de voto, mas volta a descer e reduz a vantagem mínima que ainda mantinha sobre o PS e o Chega. O estudo confirma que os três maiores partidos permanecem tecnicamente empatados, uma vez que a margem de erro do barómetro é de 4%. De acordo com os resultados recolhidos entre 14 e 19 de novembro, a coligação liderada por Luís Montenegro surge com 23,4%, ligeiramente acima dos 22,6% atribuídos ao PS e dos 21,2% ao Chega.

Os dados agora conhecidos mostram que todas as principais forças políticas com representação parlamentar recuam face ao mês de outubro, sendo a descida mais expressiva a da própria AD, que perde 2,9 pontos percentuais. Já o PS cai 1,3 pontos percentuais e o Chega recua 1,7, acentuando o cenário de equilíbrio quase total que tem marcado os últimos meses. A sondagem foi concluída na véspera do início do debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2026, onde mais de duas mil propostas de alteração estão a ser analisadas.

Estados Unidos classificam Maduro como terrorista e aumentam pressão sobre a Venezuela

Lista de organizações terroristas do Departamento de Estado dos EUA passa a incluir o Cartel dos Sóis, que os Estados Unidos consideram que é liderado por Nicolás Maduro e outros membros do seu governo. Os Estados Unidos declararam o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e altos membros do seu governo como líderes de uma organização terrorista internacional, o Cartel dos Sóis, noticia esta segunda-feira o jornal "El País". A inclusão desta rede na lista do Departamento de Estado abre a porta a novas sanções económicas e oferece “novas ferramentas” para potenciais ações militares, admitiu Pete Hegseth, secretário da Defesa dos EUA.

Um fenómeno criminal enraizado no Estado

De acordo com os Estados Unidos, desde os anos 1990 que se observa na Venezuela um fenómeno que mistura crime organizado, altos escalões militares e o aparelho de Estado. Mais do que uma organização narcotraficante tradicional, o Cartel dos Sóis é visto por muitos analistas como uma rede de corrupção institucionalizada, profundamente enraizada no regime chavista e nas Forças Armadas.

Europa: A taxa subjetiva de pobreza cai para 17,4% em 2024


Em 2024, 17,4% da população da UE foi considerada subjetivamente pobre, uma melhora em relação aos 19,1% registrados em 2023. Entre os países da UE, a Grécia teve a maior taxa de pessoas consideradas subjetivamente pobres (66,8%), seguida pela Bulgária (37,4%) e Eslováquia (28,7%). No outro extremo da escala, as menores taxas foram registradas na Holanda e Alemanha (ambas 7,3%) e Luxemburgo (8,5%).

Diminuição da pobreza subjetiva para todas as faixas etárias

Analisando as diferentes faixas etárias na UE em 2024, a taxa subjetiva de pobreza foi mais alta entre pessoas com menos de 18 anos, com 20,6%. Entre pessoas de 18 a 64 anos, 17,3% eram consideradas subjetivamente pobres, enquanto isso ocorreu para 14,9% da geração mais velha (65 anos ou mais). Notavelmente, todas as faixas etárias tiveram uma diminuição na participação total de 2023 a 2024. A maior queda foi observada na faixa etária de 18 a 64 anos, com 1,8 ponto percentual (pp), enquanto a queda tanto para o grupo mais jovem quanto para o mais velho foi de 1,6 pp (Eurostat)

Canárias: financiamento ainda num impasse

fonte: Diário de Avisos

Sobre a pobreza em Canárias


fonte: Cinco Dias

17,4% das famílias da UE têm dificuldade para pagar as contas


A edição 2025 de Figuras-Chave sobre as condições de vida europeias, publicada em setembro, oferece uma visão abrangente de como os europeus vivem hoje. Esta publicação aborda temas que vão desde distribuição de renda e desigualdade até domicílios, intensidade do trabalho e cuidados infantis, além de saúde, deficiência e discriminação. Hoje, focamos na pressão econômica, destacando a capacidade das famílias de sobreviver. Em 2024, 17,4% de todas as famílias na UE enfrentaram dificuldades ou grandes dificuldades para pagar as contas. No outro extremo da faixa, 26,0% de todos os domicílios conseguiam pagar as contas com muita facilidade ou facilidade. A parcela de domicílios que conseguiam pagar as contas com relativa facilidade ou alguma dificuldade era coletivamente de 56,6%. Agregando as 6 categorias de capacidade de sobreviver em 2 grupos – com e sem dificuldades – 41,6% das famílias na UE tiveram pelo menos alguma dificuldade para pagar as contas em 2024 (Eurostat)

Europa: 8,2% dos trabalhadores da UE estão em risco de pobreza

A edição 2025 de Figuras-Chave sobre as condições de vida europeias, publicada em setembro, oferece uma visão abrangente de como os europeus vivem hoje. Esta publicação aborda temas que vão desde distribuição de renda e desigualdade até domicílios, intensidade do trabalho e cuidados infantis, além de saúde, deficiência e discriminação. Hoje, destacamos dados sobre pessoas que trabalham, mas estão em risco de pobreza. O risco de pobreza não afeta apenas pessoas que vivem em domicílios com baixa intensidade de trabalho ou pessoas sem emprego. Em 2024, 8,2% das pessoas com 18 anos ou mais que declararam estar trabalhando (empregadas ou autônomas) na UE estavam em risco de pobreza. Essa parcela foi notavelmente menor para mulheres (7,3%) do que para homens (9,0%). Entre os países da UE, a maior taxa de pessoas desempregadas e em risco de pobreza foi de 13,4% em Luxemburgo. Em contraste, a menor taxa foi de 2,8% na Finlândia. Em 22 países da UE, a taxa de risco de pobreza com trabalho foi maior entre homens do que para mulheres, com a maior diferença de gênero na Romênia (8,1 pontos percentuais). Na Alemanha, as taxas eram as mesmas para homens e mulheres, enquanto na Tchéquia, Letônia, Chipre e Luxemburgo as taxas eram mais altas para mulheres do que para homens (Eurostat)

Europa: Rendimento real familiar per capita da UE aumentou 22% desde 2004


O rendimento per capita cresceu de forma constante entre 2004 e 2008, estagnou entre 2008 e 2011 devido à crise financeira global e caiu em 2012 e 2013. Desde então, a receita retomou o crescimento constante até o ano de 2020, quando caiu devido à pandemia global. O ano de 2021 teve uma recuperação, mas a renda cresceu lentamente em 2022 e 2023. Os primeiros dados de 2024 mostram uma aceleração do crescimento da renda. Olhando para os países da UE, a Roménia teve o maior crescimento na renda real per capita das famílias de 2004 a 2024 (134%), seguida pela Lituânia (95%), Polônia (91%) e Malta (90%). Grécia e Itália foram os únicos países onde a renda per capita das famílias caiu nos últimos 20 anos (-5% e -4%, respectivamente), enquanto os menores aumentos foram encontrados na Espanha (11%), Áustria (14%), Bélgica (15%) e Luxemburgo (17%) (Eurostat)

Europa: Em quais regiões da UE as pessoas estão em risco de pobreza?

Em 2024, 16,2% das pessoas na UE (72,1 milhões de pessoas) estavam em risco de pobreza. Essa foi exatamente a mesma participação de 2023. No nível regional, 10 regiões no nível 2 da nomenclatura das unidades territoriais para estatística (NUTS 2) na UE apresentavam uma parcela de pessoas em risco de pobreza superior a 30%. As maiores participações foram encontradas na região mais afastada da França, a Guiana, onde mais da metade (53,3%) das pessoas estavam em risco de pobreza, seguida por Ciudad de Melilla (41,4%) na Espanha e Calábria (37,2%) na Itália. Em contraste, 28 regiões registraram ações abaixo de 10%. A região romena de Bucureşti-Ilfov apresentava as menores taxas de risco de pobreza (3,7%), à frente da região belga Provincie Oost-Vlaanderen (5,4%) e da região italiana Provincia Autónoma di Bolzano/Bozen (5,9%) (Eurostat)

Transparência em falta: Candidatos a Belém mantêm em segredo quem paga viagens e ações de campanha

As campanhas presidenciais avançam com intensidade, mas quase todos os candidatos recusam revelar quem está a financiar deslocações, estruturas e ações de pré-campanha, apesar de já estarem a receber donativos e a abrir contas, algo que só deveria acontecer após validação formal das candidaturas. Segundo a revista Sábado, nenhum dos principais candidatos aceitou identificar financiadores, valores recebidos ou montantes já gastos, limitando-se a admitir donativos e empréstimos pessoais.

Entre os casos mais visíveis está o de Henrique Gouveia e Melo, que conta com apoio direto de Mário Ferreira, o dono da TVI e da CNN Portugal. O empresário confirmou ter transferido um contributo “simbólico” e dentro dos limites legais, mas não revelou o valor, nem esclareceu o seu envolvimento num jantar de angariação de fundos realizado na Alfândega do Porto, onde a inscrição mínima era de 25 euros e que reuniu 400 pessoas. A candidatura afirma que toda a informação financeira será divulgada no site oficial em momento oportuno e sublinha que o candidato recorreu também a um empréstimo bancário, antecipando a eventual subvenção pública que só é atribuída a quem obtiver mais de 5% dos votos.

“Somos invencíveis”: Maduro deixa recado aos EUA em programa de televisão

Sobem as tensões entre Venezuela e EUA. Depois da administração norte-americana ter declarado o Cartel de los Soles como uma organização terrorista estrangeira, Maduro diz que o país é invencível. Nicolás Maduro afirmou, num programa da televisão estatal venezuelana, que o país é “invencível”, independentemente “do que façam” para o derrotar. “O que quer que façam, como quer que o façam, onde quer que o façam, não conseguirão derrotar a Venezuela. Somos invencíveis. O que quer que façam, não conseguiram derrotar a nossa pátria e nunca o conseguirão”, afirmou. As declarações foram feitas no mesmo dia em que os EUA declararam o Cartel de los Soles uma organização terrorista estrangeira. A administração norte-americana acusa até Nicolás Maduro de liderar o cartel.

Washington tem reforçado os meios militares no mar das Caraíbas, o que pode indicar que estará iminente um ataque para derrubar Maduro. Por causa da falta de segurança aérea, várias companhias aéreas, incluindo a TAP, cancelaram todos os voos de e para a Venezuela. Nicolás Maduro tem a cabeça a prémio: são 50 milhões de dólares pela captura do líder venezuelano, por crimes como o narcoterrorismo. O tráfico de droga tem servido de justificação, desde setembro, para os ataques aéreos dos EUA a embarcações com droga. Foram intercetados mais de 20 barcos, quer nas Caraíbas, quer no Pacífico, e já morreram mais de 80 pessoas (Lusa)

Multinacionais em Portugal representaram 29% das receitas de IRC em 2022, refere OCDE

No relatório anual Corporate Tax Statistics 2025, sobre os sistemas de tributação das empresas em vários pontos do mundo, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) refere que “as multinacionais estrangeiras e nacionais representam uma parte significativa das receitas do imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas em várias jurisdições” a nível global. As empresas multinacionais garantiram mais de um quarto das receitas totais de IRC arrecadadas pelo Estado português em 2022, 29% do total, mostram estatísticas hoje divulgadas pela OCDE.

No relatório anual Corporate Tax Statistics 2025, sobre os sistemas de tributação das empresas em vários pontos do mundo, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) refere que “as multinacionais estrangeiras e nacionais representam uma parte significativa das receitas do imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas em várias jurisdições” a nível global.

Em 106 jurisdições cujas administrações tributárias colaboram nas regras internacionais da OCDE e do G20 para a troca de informação sobre as atividades das empresas multinacionais, 54 enviaram estatísticas país por país à OCDE sobre mais de 8.700 grandes grupos empresariais. Os dados permitem ver o peso da atividade destas empresas no conjunto das receitas obtidas pelos Estados e, entre o leque de 45 jurisdições para os quais foram divulgados dados, Portugal aparece em 34.º lugar.

IATA pede "maior clareza" para avaliar segurança no espaço aéreo venezuelano

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que representa 300 companhias aéreas mundiais, pediu maior cooperação e clareza às autoridades envolvidas na avaliação de segurança do espaço aéreo venezuelano, quando várias companhias aéreas suspenderam voos para a Venezuela.  "As companhias aéreas membros da IATA mantêm o compromisso de restabelecer as operações para e a partir da Venezuela assim que as condições o permitam, e reiteram a sua disposição para manter canais de comunicação abertos com as autoridades venezuelanas", afirmou a organização num comunicado. Através desses canais podem coordenar-se ações que "garantam a segurança, a conectividade e a proteção dos direitos dos passageiros, em estrita conformidade com a normativa de segurança em vigor", acrescentou.

Sinais perigosos? DBRS com perspetiva neutra para dívidas soberanas aponta “riscos de recessão” em 2026

A agência de notação financeira alerta para riscos no horizonte, apontando "políticas comerciais instáveis, tensões geopolíticas e desequilíbrios fiscais". A Morningstar DBRS tem uma perspetiva neutra para o ‘rating’ das dívidas soberanas, com “tendências negativas” em algumas e nenhuma com sinal positivo, alertando para “riscos elevados de recessão”, apesar de um crescimento global “razoavelmente robusto” em 2026. “Espera-se que o crescimento económico global permaneça razoavelmente robusto em 2026, mas as políticas comerciais, as tensões geopolíticas e os desequilíbrios fiscais apontam para riscos no horizonte”, refere a agência de notação financeira num comentário hoje divulgado. Segundo a DBRS, embora as políticas fiscais e monetárias estejam “posicionadas para apoiar o crescimento” durante 2026, “os desequilíbrios fiscais não resolvidos acabarão por prejudicar as notações de crédito” das dívidas soberanas.

Financiamento das Canárias: Madrid dá uma nega

fonte: Diário de Avisos

Sondagem sobre o estado da Saúde

fonte: Correio da Manhã

Sondagem eleitoral

fonte: Correio da Manhã

Açores: preocupações com saída da Ryanair



fonte: Diário dos Açores e Açoriano Oriental

Retrato do trabalhador das Canárias

fonte: La Provincia

domingo, novembro 23, 2025

Canarias reúne a representantes de regiones ultraperiféricas para abordar el futuro de su autonomía energética

La Consejería de Transición Ecológica y Energía del Gobierno de Canarias organizará los próximos días 25, 26 y 27 de noviembre un encuentro de trabajo, enmarcado en el Proyecto REMOTE, con el objetivo de impulsar la autonomía energética de las Regiones Ultraperiféricas (RUP) de la Unión Europea. Se contará con la participación de representantes internacionales de las siete RUP para avanzar hacia un sistema lo más autosuficiente posible.

El encuentro busca, en definitiva, mejorar estrategias y políticas, así como hacer “un frente común” ante Bruselas para solicitar, por ejemplo, nuevos marcos regulatorios que posibiliten avanzar en la descarbonización, según ha explicado la viceconsejera de Transición Ecológica, Julieta Schallenberg, en un comunicado de prensa. Asimismo, el programa de estas jornadas de trabajo contempla dos sesiones en Las Palmas de Gran Canaria, en donde se reunirá representantes institucionales y técnicos de siete territorios ultraperféricos de España, Portugal y Francia, todos ellos con realidades energéticas particulares.

Falando de Lei das Finanças Regionais (3)

No seguimento do texto anterior, lembro que o CFP acrescenta, no referido documento de 2022, que “entre 2014 e 2022, em seis dos nove anos de aplicação da atual LFRA, a Região Autónoma dos Açores apresentou um rácio do PIB per capita em relação ao PIB per capita nacional inferior ao observado pela Região Autónoma da Madeira para este indicador. Assim, caso na atual LFRA em vigor, o cálculo das verbas relativas ao Fundo de Coesão a atribuir a cada região resultasse da anterior percentagem fixa de 35%, a diferença de distribuição desta parcela entre as duas regiões seria apenas de 22 M€, o que esbateria a disparidade do total de transferências recebida por cada região”.

2024: Eduardo Paz Ferreira afirma que “o grande drama da Autonomia é a diminuição das transferências do Estado para os Açores devido às alterações da Lei de Finanças Regionais”;

2025: Em Agosto deste ano, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu fazer sentido que o Governo da República e os governos regionais “se sentem à mesa para, depois de situações que não tornaram fácil falar sobre as finanças regionais", agora abordarem a questão;

2025: A 30 de Outubro realiza-se em Lisboa um encontro entre Montenegro e os Presidentes dos dois Governos Regionais que estabeleceu um grupo de trabalho para elaborar uma proposta de revisão da LFR a ser conhecida e apresentada em 2026 a par da realização de uma nova Cimeira entre os três executivos no início do próximo ano nos Açores.

Notas finais

- Sabemos pouco do que se passou na reunião em Lisboa, para além do anunciado e do facto dela ter durado apenas duas horas. Desejo que ela não se transforme apenas num rol de boas intenções em torno de uma matéria, a financeira, que tem vindo a assumir particular importância para as duas Regiões Autónomas;

- Acresce que é sabido que o processo de revisão da Lei de Finanças Regionais, culminado com a aprovação pela maioria socialista na Assembleia da República - liderada então por José Sócrates e tendo Teixeira dos Santos como Ministro das Finanças - esteve na origem de uma crise política em 2007, com impacto nacional, e que culminou com as primeiras eleições regionais antecipadas que acabaram por reforçar o PSD-Madeira que excedeu os 9’0 mil votos, algo nunca antes acontecido;

- Em ano de comemoração dos 50 anos da autonomia regional, consagrada no texto constitucional de 1976 e no estatuto provisório desse mesmo ano, o ideal, para não dizer o exigível, seria que a RAM tivesse, pelo menos até final do próximo ano, um Estatuto actualizado e adaptado à realidade política, constitucional e institucional do nosso tempo. E quiçá uma revisão constitucional que, de uma vez por todas, liberte a autonomia regional de alguns "velhos do Restelo", de condicionamentos inventados e com origem em várias fontes, incluindo Belém, revisão que reunisse o maior consenso político possível, antecedido de conversações e de diálogo negocial passível, repito, de expurgar a nossa lei fundamental de temores e de desconfianças mais ou menos disfarçadas.

- Claro que a revisão da Lei de Finanças Regionais, ainda marcada pela versão de 2007 com Sócrates e Teixeira dos Santos de um lado, Alberto João Jardim do outro, que impôs injustiças à Madeira por motivações partidárias - os Acores mantiveram-se cautelosamente à margem dessa polémica, mas expectante... - e Cavaco Silva entre eles a tentar (?) apaziguar as coisas, inclusivé no Conselho de Estado, é importante (LFM, texto publicado no Tribuna da Madeira em 21.11.2025)

Cinquenta anos depois da morte de Franco, um quarto dos jovens diz preferir regime autoritário


Quase metade dos inquiridos da geração Z e dos millennials não são capazes de dizer quanto tempo durou a ditadura franquista (de 1939 a 1975). Cinquenta anos depois da morte do ditador espanhol Francisco Franco, quase um quarto dos jovens espanhóis acredita que um regime autoritário pode ser preferível a uma democracia em determinadas circunstâncias. É o retrato que traça uma sondagem da 40dB para o El País e a Cadena Ser, publicada esta quarta-feira: há uma geração inteira que não viveu a repressão franquista a reabilitar a imagem do ditador.
Ainda que quase três em quatro espanhóis acreditem que a democracia é preferível a qualquer outra forma de Governo, são os jovens que mais destoam. Uma percentagem considerável da Geração Z (entre 18 e 28 anos) e dos millennials (29 a 44) disse acreditar que “às vezes, um regime autoritário pode ser preferível”, quase 24% no primeiro caso e 23% no segundo.
Olhando para as respostas dos mais jovens, percebe-se, também, que quase metade dos inquiridos da geração Z e dos millennials não são capazes de dizer quanto tempo durou a ditadura franquista (de 1939 a 1975) e a mesma percentagem não sabe como morreu o poeta e dramaturgo Federico García Lorca, assassinado por nacionalistas.

Falando de Lei das Finanças Regionais (2)

2010: A Assembleia da República aprova pequenas alterações à lei de Finanças Regionais. O PCP assume então uma violenta crítica contra o PS: “Instrumentalizar o justificado sentimento critico existente sobre a governação de Jardim e do PSD na Madeira (aliás curiosamente objecto de rasgados elogios das principais figuras do PS quando se deslocam à região em contraste com a decidida e corajosa intervenção de oposição dos comunistas na Madeira) fazendo crer que as transferências são para o Governo e não para a região onde vivem e trabalham mais de 250 mil pessoas. Uma instrumentalização por parte do PS que visa tentar captar o apoio da opinião pública para uma manobra de vitimização que lhe caucione a política que tem conduzido”;

2013: É aprovada a Lei Orgânica nº 2/2013, de 2 de setembro, que estabelece o regime jurídico das finanças das Regiões Autónomas. Alberto João Jardim  manifestou-se contra esta lei por representar uma "injustiça e uma agressão" aos madeirenses;

2014: Aprovada a suspensão da aplicação dos artigos 16º e 40º da Lei Orgânica nº 2/2013, devido à submissão da Região Autónoma da Madeira ao Programa de Estabilidade e Crescimento Económico (PAEF);

2020: Aprovada a suspensão da aplicação de determinados artigos da Lei de Finanças Regionais, devido aos efeitos e exigências orçamentais da pandemia de COVID-19 e do combate à pandemia;

2021: Nova aprovação da suspensão da aplicação de determinados artigos da Lei de Finanças Regionais, devido aos efeitos da pandemia de COVID-19 e às exigências orçamentais do seu combate;

2021: Aprovada uma Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira nº 24/2021/M, que aprovou o texto comum de revisão à Lei das Finanças das Regiões Autónomas. O parlamento regional pretendia a Revisão da Lei de Finanças das Regiões Autónomas, por via da 2ª alteração à Lei Orgânica nº 2/2013, de 2 setembro, alterada pela Lei nº 82-B/2014, de 31 de dezembro;

2022: Nova suspensão da aplicação de determinados artigos da Lei de Finanças Regionais, devido aos efeitos da pandemia de COVID-19 e exigências orçamentais;

2022: O Conselho das Finanças Puiblicas publicou em Fevereiro um trabalho intitulado "Evolução das Finanças das Regiões Autónomas no período 2011-2020";

2022: Em setembro, os governos dos Açores e da Madeira anunciaram a criação de um grupo de trabalho, coordenado pelo professor universitário Eduardo Paz Ferreira, para a elaboração de uma proposta de revisão da Lei de Finanças Regionais;

Sublinhe-se que no período de 2014 a 2022, e como refere o Conselho de Finanças Públicas, “o valor global de transferências do Estado para as Regiões Autónomas resultante da aplicação da atual LFRA totalizou 4475 M€. Deste montante, 3242 M€ respeitaram a transferências no âmbito da componente de solidariedade (artigo 48.º), sendo os restantes 1233 M€ relativas a verbas do fundo de coesão. Por região, a Região Autónoma dos Açores recebeu um total de transferências de 2426 M€, enquanto na Região Autónoma da Madeira essas transferências ascenderam a 2049 M€. Esta diferença de 377 M€ no volume de transferências entre as duas regiões é explicada em 314 M€ (ou seja 83%) pelas verbas do OE relativo ao Fundo de Coesão(Continua, LFM, texto publicado no Tribuna da Madeira em 12.11.2025)

Robot da Sunday Robotics foi treinado para levantar a mesa e arrumar a louça


Os robots domésticos são uma das áreas de desenvolvimento da Sunday Robotics que já treinou o Memo para fazer algumas das tarefas rotineiras. A empresa diz que demorou menos de dois anos a treinar o Memo, optimizando o sistema de configuração que tem sido uma das dificuldades de muitos projetos para trazer os robots para dentro de casa. As imagens e vídeos do Memo mostram como o robot consegue levantar os pratos da mesa e colocá-los na máquina, uma das tarefas que todas as famílias têm de fazer e que muitas vezes acaba por gerar alguma discussão.

Em cima de rodas, o robot movimenta-se entre a mesa de jantar e a cozinha, de forma autónoma, transportando copos de vidro. Mas também dobra meias e até é capaz de fazer um café expresso. O CEO da Sunday Robotics,  Tony Zhao, explica que foi treinado com a ajuda de luvas robóticas e que não partiu nenhum copo em mais de 20 sessões de treino. Mais de 500 pessoas estão a usar as luvas, fornecendo dados que depois são usados para treinar o Memo, um método que diz ser melhor do que uma teleoperação, e que está explicado no documento partilhado no site (Sapo)

Estudo aponta ruína da zona euro devido a ‘dívida oculta’: Portugal está numa das piores posições possíveis

A zona do euro enfrenta uma ameaça crescente à sua sustentabilidade económica: não é apenas a dívida pública oficial que pesa, mas também um passivo oculto. A zona do euro enfrenta uma ameaça crescente à sua sustentabilidade económica: não é apenas a dívida pública oficial que pesa, mas também um passivo oculto – os direitos previdenciários prometidos aos cidadãos. No caso de Portugal, embora o problema decorra mais lentamente do que em Espanha, os números mostram riscos sérios para o futuro das finanças públicas e para o Estado-social.

A dívida pública da zona euro está a tornar-se um dos principais fatores de risco económico, segundo uma análise publicada pelo ‘El Economista’. França, Itália, Espanha e, em breve, a própria Alemanha acumulam rácios de endividamento muito acima do limiar de 60% do PIB considerado “saudável”. Mas o que preocupa verdadeiramente os especialistas é o que não aparece nas contas oficiais: a chamada dívida previdenciária, que resulta das pensões já prometidas aos cidadãos.

De acordo com a publicação espanhola, o relatório sublinha que a Europa perdeu a trajetória de convergência com os Estados Unidos a partir de 1980. Hoje, o crescimento médio anual europeu não chega a 1%, enquanto a economia americana mantém ritmos mais elevados há décadas. Esta estagnação coloca em risco a sustentabilidade do Estado social, especialmente num continente envelhecido e com promessas elevadas aos seus pensionistas. Para países como Portugal — que partilham o enquadramento institucional, os constrangimentos demográficos e a dependência das contas públicas face às pensões — o alerta é claro: sem crescimento económico robusto, os sistemas previdenciários tornam-se um fator crescente de desequilíbrio estrutural.

Venezuela: ainda vai a tempo? Duvido...

fonte: El Pais

Previsões para o crescimento económico em 2025

Previsões atuais para o crescimento económico em 2025 ficam aquém das estimativas apresentadas pela Aliança Democrática (AD), nos seus programas eleitorais. As estimativas mais recentes para o crescimento real do PIB em 2025, apontam para uma evolução da economia portuguesa mais moderada do que aquela prevista pela AD, nos programas eleitorais, tanto o das eleições legislativas de Março de 2024, como o das eleições legislativas de Maio de 2025.

Em Março de 2024, a AD previa um crescimento de 2,5% para 2025, uma estimativa revista para 2,1% no Orçamento do Estado para 2025. Já no programa eleitoral de Maio de 2025, a projeção voltou a subir consideravelmente, para 2,4%, antes de o Orçamento do Estado para 2026 (Outubro de 2025) ajustar, novamente, o valor para 2,0%. Tanto o FMI como o Conselho das Finanças Públicas (CFP) preveem um crescimento de 1,9% neste ano, refletindo um cenário de maior incerteza externa, desaceleração europeia e fraco dinamismo do investimento privado. Esta diferença evidencia o desfasamento entre as projeções em contexto de eleições e o contexto económico real, sublinhando os desafios estruturais que continuam a limitar o potencial de crescimento da economia portuguesa (Mais Liberdade, Mais Factos)

Canarias exige a la UE una "estrategia valiente" para limitar la compra de vivienda en las islas a los no residentes

El viceconsejero del Gabinete del Presidente, Octavio Caraballo, solicita ante la Comisión de Islas de la UE que las RUP formen parte prioritaria en la elaboración de la Estrategia de Turismo Sostenible. El viceconsejero del Gabinete del Presidente, Octavio Caraballo, reiteró este jueves ante la Comisión de Islas de la Unión Europea (UE) la preocupación del Gobierno de Canarias por la falta de una "estrategia valiente" de las instituciones comunitarias para abordar asuntos prioritarios para los territorios insulares como una política de vivienda actualizada. Canarias, dijo, mantiene su empeño de que se establezcan límites a la compra de vivienda en las islas por parte de no residentes para garantizar un hogar digno para las personas que viven en el archipiélago.

En el transcurso de la reunión de la Comisión de Islas que se celebra en Barcelona como parte de la Asamblea General de la Conferencia de Regiones Periféricas y Marítimas (CRPM) de la Unión Europea, Caraballo alertó de que la elevada compra de vivienda por parte de extranjeros, junto con el auge del alquiler vacacional de corta duración, tensiona los precios, reduce la oferta destinada a residencia habitual y compromete la sostenibilidad social del territorio.

Se o financiamento autonómico falhar Canárias ameaça ir para os Tribunais

El presidente de Canarias, Fernando Clavijo, ha defendido la necesidad de abordar la reforma del sistema de financiación autonómica en un foro multilateral en el que participen todas las comunidades autónomas del régimen común y no descarta tener que acabar acudiendo a los tribunales, como ya hiciera con el reparto de los menores extranjeros no acompañados llegados a las Islas. “El mayor peligro que tiene Canarias en este momento es que todo nos indica que van a querer introducir el régimen económico fiscal dentro del sistema de financiación autonómica y eso, ha advertido, iría en detrimento de nuestro estado de bienestar y obviamente es una línea roja para Canarias”, ha establecido.

Ante ese escenario, no ha descartado tener que acudir a los tribunales: “Si al final, como con los menores, no nos queda más remedio que demandar al Estado en el Supremo y que sea el Supremo el que con tres autos le diga al Gobierno de España que cumpla con sus obligaciones, lo haremos”, aunque ha priorizado “el diálogo y el debate político y “bajar la crispación” porque considera que la justicia ha de estar “para otras cosas”.

Turismo: Cascais lança petição para rever licenciamento zero devido à "proliferação" de lojas de souvenirs

Para que a petição chegue ao Parlamento, é necessário reunir 7.500 assinaturas. Até agora, a petição conta com mais de 3.600 assinaturas. O presidente da Junta de Freguesia de Cascais e Estoril, Francisco Kreye, defende a revisão do regime de licenciamento zero e, por isso, lançou uma petição que já conta com milhares de assinaturas. De acordo com o autarca, a cidade está a ficar descaracterizada e ele pretende levar este tema ao parlamento. Nas ruas mais turísticas da vila, são quase mais as lojas de souvenires do que quaisquer outras.

Canárias: Clavijo pide un frente común de todas las islas ante el presupuesto de la UE

 

El presidente de Canarias, Fernando Clavijo, reclamó en Barcelona un frente común de los territorios insulares de la Unión Europea (UE) para defender el estatus de las Regiones Ultraperiféricas en la negociación del presupuesto 2028-2034. Durante un encuentro con Marie Antoinette Maupertuis, presidenta de la Asamblea de Comisión de Islas, abogó por una respuesta conjunta “firme y contundente” a la consulta pública que Bruselas abrirá sobre el Marco Financiero Plurianual.

Unidad ante Bruselas

Clavijo considera “vital” que las islas europeas respondan “con una sola voz” a una propuesta que, asegura, contraviene el principio de cohesión de la UE. A su juicio, esta unidad, junto a la presión de los Estados miembros, será clave para corregir un texto que califica como perjudicial para los territorios insulares. El presidente compartió con Maupertuis, titular de la Asamblea de Córcega, su preocupación por el “riesgo” que supone centralizar en los Estados el reparto de fondos europeos a partir de 2028. Alertó de que esta fórmula “diluye totalmente” tanto la condición de región ultraperiférica de Canarias como el propio estatus de isla.

Em dezembro vão tentar convencê-lo a fazer um PPR, mas atenção pode perder mais do que ganhar

Com o aproximar do fim do ano, começa a publicidade dos bancos e seguradoras para os clientes fazerem ou reforçarem os PPR, com o argumento dos benefícios fiscais no IRS. O Contas-Poupança explica-lhe porque é que esse não deve ser o critério principal e como milhares de portugueses estão a perder dinheiro em PPR's com capital garantido. Todos os anos é a mesma coisa. Aproxima-se dezembro e praticamente todos os bancos, seguradoras e gestoras de fundos, o vão tentar convencer a fazer um Plano Poupança Reforma (PPR) até 31 de dezembro. O argumento principal é a dedução no IRS. Deduz 20% do que poupar num PPR, até estes limites:

  • se tiver menos de 35 anos e colocar 2.000 euros pode aumentar o seu reembolso em 400 euros;
  • entre 35 e 50 anos, se subscrever 1.750 euros, pode deduzir 350 euros, e,
  • se tiver mais de 50 anos e investir 1.500 euros, pode deduzir 300 euros.

Para além disso, quando resgatar o seu PPR (ou parte dele), só paga 8% de impostos sobre os lucros em vez dos 28% dos depósitos a prazo ou certificados de aforro. Não é mau, mas só faz sentido se escolher um PPR que também lhe dê lucro. Caso contrário, está a receber dinheiro do Estado, mas a perder dinheiro no PPR. Acaba por ser um bom negócio para as entidades financeiras e um mau negócio para si.

Ter benefícios fiscais é bom, mas só se o próprio PPR também for bom. Como verá neste Contas-Poupança, há muitas situações em que pode estar a perder dinheiro pensando que está a ganhar (SIC-Notícias, um trabalho do jornalista Pedro Andersson, veja o video aqui)

Oligarca russo usa ilha da Madeira para esconder milhões de euros

Um empresário russo estará a usar a Madeira para fazer passar milhões de euros. É suspeito de traficar carvão do Donbass, na Ucrânia, e de lavar dinheiro da Rússia. O oligarca controla há anos uma empresa com sede na Zona Franca do Funchal através de portugueses que dão o nome pela sociedade. Saiba mais na Investigação SIC. Não são só turistas que procuram a Madeira. Para lá da beleza natural, há um outro paraíso que atrai quem tem muito dinheiro. Na Zona Franca da Madeira estão registadas milhares de empresas com ligações aos quatro cantos do mundo. Uma delas tem o nome de Boslova, movimenta milhões de euros todos os anos e tem sede num modesto segundo andar no número 15 da Rua dos Murças.

Na porta, como constatou a Investigação SIC, está indicada como sendo um espaço da Madeira Management que tem como responsável a advogada Suzel Camacho, a representante legal da Boslova. A misteriosa empresa tem atualmente três gerentes. Dois são portugueses, Ricardo Tranquada Gomes e Luís Cristiano Vieira Mota, e o advogado suíço, Dieter Walter Neupert. Mas a Investigação SIC descobriu quem, por detrás destes nomes, é o verdadeiro dono da Boslova: chama-se Ruslan Borisovich Rostovtsev. Tornou-se discreto, o homem que foi diretor do departamento urbanístico de Moscovo e depois vice-presidente da Câmara de Sochi, antes ainda de a cidade russa ter sido palco dos Jogos Olímpicos de Inverno, em 2014. Nessa altura, já Rostovtsev se tinha tornado um empresário de sucesso.

Há oito anos, a conhecida revista Forbes fazia referência a Rostovtsev num longo artigo sobre o conflito Rússia-Ucrânia. Nesta e em outras publicações é descrito como um magnata do carvão que fez fortuna com o contrabando do minério da região ocupada do Donbas, na Ucrânia. O tema chegou a ser investigado por o censor.Net um site de notícias com grande destaque na Ucrânia.

Em 2011 chegou à Madeira não ele, fisicamente, mas o seu dinheiro. Na conservatória do registo comercial da Zona Franca, a Investigação SIC foi encontrar os documentos que provam que o empresário comprou por cinco mil euros as quotas da Boslova, que pertenciam a duas sociedades com sede nas Ilhas Virgens Britânicas e nas Seicheles. Mas há mais sobre este oligarca russo, incluindo suspeitas de tráfico e um alerta da UE para lavagem de dinheiro, para descobrir na Investigação SIC (Veja o video aqui)

Vem ai uma nova Covid-19? Saiba como identificar factos e evitar mitos sobre futuras pandemias

A transformação provocada pela pandemia da Covid-19 continua a moldar o quotidiano global, alimentando perguntas sobre eventuais novas ameaças sanitárias. Anos após confinamentos, distanciamento social e medo de infeção, especialistas, investigadores e cidadãos procuram perceber se existe uma nova Covid-19 no horizonte. De acordo com a publicação ‘Al Arabiya’, a desinformação tornou-se um dos principais desafios no período pós-pandémico, com conteúdos falsos a circularem rapidamente nas redes sociais e em mensagens reenviadas, dificultando o trabalho de autoridades de saúde e da Organização Mundial da Saúde. A porta-voz da OMS, Carla Drysdale, explicou que as falsidades online viajam “mais longe e mais rápido” do que a informação rigorosa, lembrando que conteúdos enganosos têm 70% mais probabilidade de serem partilhados do que notícias verdadeiras.

A organização tem trabalhado com empresas tecnológicas para reforçar políticas de contenção da desinformação. A parceria com o YouTube levou ao aperfeiçoamento das regras sobre conteúdos relacionados com a Covid-19, o que resultou na remoção de 850 mil vídeos entre fevereiro de 2020 e janeiro de 2021. A OMS mantém ainda colaborações com Google, Facebook e NewsGuard, que permitem identificar tendências emergentes de informação falsa e ativar mecanismos de denúncia acelerada.

Economias mais livres, melhor desempenho ambiental

Os dados mostram que economias mais livres tendem a apresentar melhor desempenho ambiental. A análise comparativa de 173 países revela uma correlação positiva e elevada (r = 0,60) entre liberdade económica e desempenho ambiental, estatisticamente muito significativa (p < 0,001) e explica uma parte substancial das diferenças entre países: cerca de 36% da variação no desempenho ambiental (R² = 0,36). Embora a correlação não prove causalidade direta, os dados mostram uma relação forte, estatisticamente robusta e com poder explicativo relevante, sugerindo que níveis mais elevados de liberdade económica estão consistentemente associados a melhor desempenho ambiental. Este padrão indica que liberdade económica e sustentabilidade ambiental não são objetivos incompatíveis, mas frequentemente complementares.

Em suma, os dados apontam para um vínculo sólido entre prosperidade económica e qualidade ambiental, sugerindo que economias mais livres dispõem de melhores condições para investir, inovar e adotar políticas ambientais eficazes, conciliando crescimento económico com proteção do ambiente. Esta evidência é destacada em vários estudos: "The Relationship Between Economic Freedom and Environmental Performance", C3 Solutions; "Is economic freedom a panacea for environmental sustainability? Global and regional evidence", Geng et al.; "Economic freedom vs. egalitarianism: An empirical test of weak & strong sustainability, 1970–2017", Indra de Soysa (Mais Liberdade, Mais Factos)

Dupla cobertura em saúde

A dupla cobertura em saúde — ou seja, a coexistência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com um seguro ou subsistema de saúde privado — tem vindo a consolidar-se como uma característica estrutural do sistema de saúde português. Esta tendência reflete a crescente procura por alternativas ou complementos ao SNS, impulsionada por fatores como os tempos de espera, a personalização do atendimento e o acesso a determinadas especialidades. Os dados revelam que a percentagem de portugueses que recorrem simultaneamente, e de forma voluntária, ao SNS e a uma cobertura privada (seguro ou subsistema) tem vindo a aumentar de forma constante ao longo dos anos - de 26% em 2015, para 35% em 2023. Este crescimento atesta a insatisfação de uma parte da população com o serviço público.

A expansão da dupla cobertura levanta importantes questões sobre a equidade do acesso à saúde no país. Para os que têm dupla cobertura, esta dualidade representa uma garantia de resposta rápida e diversificada, mas, também, um duplo pagamento (através dos impostos para o SNS e do próprio bolso para os seguros ou subsistemas); para outros, sem capacidade financeira, o acesso aos cuidados de saúde é precário e permanece dependente exclusivamente do SNS, acentuando as disparidades.

Com esta evolução, não é de estranhar que Portugal seja o 3.º país europeu da OCDE onde maior percentagem da despesa total em saúde é despesa privada (38%), ou seja, através dos seguros voluntários ou dos pagamentos do próprio bolso (out-of-pocket). Em suma, a dupla cobertura é um indicador da complexidade e das tensões do sistema de saúde: um serviço público universal sob pressão e um setor privado em expansão, com a população a procurar soluções híbridas para garantir a sua proteção (Mais Liberdade, Mais Factos)

Diminuição da poluição do ar, uma das histórias de sucesso ambiental


A diminuição da poluição do ar tem sido uma das histórias de sucesso ambiental dos últimos anos. Graças a políticas ambientais, como os "tetos nacionais" às emissões de gases com efeito de estufa, e a investimentos em tecnologias mais limpas para a indústria e transportes, as concentrações médias de poluentes atmosféricos críticos, como o dióxido de azoto (NO2) e as partículas finas (PM2.5), têm vindo a cair consistentemente.

De acordo com dados da plataforma IQAir, entre os países com dados disponíveis para a média anual de concentração de PM2.5, em 2019 e 2024, houve uma redução da concentração das partículas finas em 86% dos casos, nesse período. Apenas em 13, dos 93 países analisados, houve um aumento da concentração média de PM2.5. Destacam-se pela positiva países como a China ou a Índia, amplamente conhecidos pela sua elevada poluição atmosférica. Portugal também foi um dos países que reduziu a concentração de PM2.5 entre 2019 e 2024, sendo atualmente o 13.º menos poluído, numa lista liderada pelas Bahamas. No entanto, apesar das melhorias significativas, a poluição do ar continua a ser um grave problema de saúde pública, contribuindo para milhares de mortes prematuras anualmente (Mais Liberdade, Mais Factos)

Sobre o crescimento económico em Portugal


O debate sobre o crescimento económico em Portugal ganha nova clareza quando analisamos o esforço necessário para o país alcançar, em apenas uma década, o nível de riqueza, por pessoa, das economias mais avançadas, em paridade de poderes de compra. Atualmente, o crescimento real do PIB per capita previsto para Portugal, pelo FMI, até 2030, ronda 1,8% ao ano, nível de crescimento que, na análise, se assumiu até 2034. Esse crescimento poderá ser suficiente para ultrapassar o Japão (cujo crescimento económico previsto pelo FMI será de 1,2% ao ano), no entanto, para recuperar o atraso face a grande parte das maiores economias mundiais, num horizonte de 10 anos, seriam necessárias taxas de crescimento superiores. Para atingir países como a Espanha, o Reino Unido ou a França, Portugal teria de crescer entre 2,1% e 2,7% por ano. O desafio torna-se mais acentuado quando o objetivo são economias como a Alemanha, a Dinamarca ou os Países Baixos; seria necessário um crescimento médio de 4,3%, 5,6% e 6,1% ao ano, respetivamente. No topo estão economias ainda mais distantes: EUA e Suíça, ambas exigindo um crescimento anual na ordem dos 7% durante uma década — um patamar que ultrapassa largamente o crescimento observado nas economias avançadas, nas últimas décadas, e ainda mais em Portugal, e que colocaria o nosso país entre as economias de mais rápido crescimento do mundo. Convém realçar que esta não é uma análise estática: tal como foi considerada a estimativa de crescimento real do PIB per capita português, fez-se o mesmo exercício para os restantes países. Alguns destes países têm reduzidas expectativas de crescimento (por exemplo, a Suíça deverá crescer apenas 0,6% ao ano), pelo que o esforço reside na grande diferença económica atual entre Portugal e estas economias. Este exercício evidencia a magnitude do desafio estrutural que o país enfrenta. O diferencial económico não é apenas uma questão conjuntural, mas sim um reflexo de décadas de produtividade baixa, investimento limitado e fraca capacidade de geração de riqueza. Para reduzir esse fosso, políticas públicas e privadas precisariam de convergir num esforço contínuo de qualificação, inovação, eficiência e competitividade. Em suma, alcançar algumas das economias mais avançadas não é impossível — o crescimento projetado pelo FMI poderá ser suficiente para ultrapassar o Japão e aproxima-se do necessário para chegar à Espanha — mas, para chegar mais além, exigiria um ritmo de crescimento sem precedentes na história recente do país (Mais Liberdade, Mais Factos)

Frasky, o robot que está a ser testado em Itália para trabalhar em vinhas


Equipado com um braço robótico e uma câmara integrada, o Frasky consegue detetar obstáculos e, com um sistema de GPS, mapear o ambiente em que está inserido. Além de conseguir colher as uvas, o objetivo é facilitar o trabalho nas vinhas.

Turismo: Cascais revolta-se contra proliferaçáo de "souvenirs"

fonte: Público

Canárias pressiona e exige a Madrid defesa das RUPs. E Lisboa?

fonte: La Provincia

Lisboa e a pressão turística

fonte: Jornal de Negócios

Democracia sob pressão: metade dos eleitores no Ocidente acredita que este sistema está falido



Metade dos eleitores nas principais democracias ocidentais mostra-se insatisfeita com o funcionamento dos seus sistemas políticos. A conclusão é de um estudo da Ipsos, que inquiriu quase dez mil pessoas em nove países e cujos resultados foram partilhados pelo jornal ‘POLITICO’, revelando uma preocupação generalizada com o rumo da democracia nos próximos cinco anos. A exceção é a Suécia, onde a maioria considera que o sistema democrático continua robusto. A perceção dominante é a de que a democracia está sob ameaça, alimentada pelo crescimento dos partidos extremistas, pela difusão de notícias falsas e por casos recorrentes de corrupção. Estas inquietações surgem num momento em que várias instituições europeias defendem o reforço das regras de proteção eleitoral e procuram travar eventuais interferências externas.

Sondagem: Americanos querem bilionários fora da política e alertam para ameaça à democracia


Um novo conjunto de dados do Americans and Billionaires Survey, realizado anualmente pela Harris Poll, indica que um número crescente de cidadãos norte-americanos acredita que os bilionários representam uma ameaça direta à democracia dos Estados Unidos. Um novo conjunto de dados do Americans and Billionaires Survey, realizado anualmente pela Harris Poll, indica que um número crescente de cidadãos norte-americanos acredita que os bilionários representam uma ameaça direta à democracia dos Estados Unidos. A divulgação do estudo surge num momento em que a administração norte-americana é acusada de se aproximar publicamente das figuras mais ricas do país.

Segundo o inquérito, 53% dos americanos afirmam que os bilionários constituem um risco para a democracia — um aumento de sete pontos percentuais em comparação com o resultado do mesmo questionário no ano anterior. Esta mudança, assinala o relatório, reflete uma desilusão crescente com o papel económico e político dos indivíduos com fortunas gigantescas. Para além disso, a sondagem mostra que muitos norte-americanos desejam uma regulação mais apertada sobre grandes patrimónios, incluindo limites ao montante de riqueza que uma pessoa pode acumular. Este ano, 53% dos inquiridos defenderam um teto máximo de riqueza, uma subida expressiva face aos 46% registados em 2024, sendo que a maioria acredita que ninguém deveria possuir mais de 10 mil milhões de dólares.