Dezenas de companhias aéreas estão a suspender ou a reduzir
drasticamente os voos em todo o mundo à medida que os países fecham as suas
fronteiras ou suspendem rotas devido ao Covid-19. Nunca houve uma crise assim e
por isso é muito difícil saber como e quando vai acabar
► A China, o primeiro país a sofrer restrições nos voos, impôs
também medidas a passageiros que venham dos países mais afetados, como Itália e
Coreia do Sul, que são obrigados a uma quarentena de 14 dias O tráfego aéreo
nos aeroportos mais movimentados da China caiu mais de 80% até fevereiro,
durante a primeira semana de março subiu ligeiramente para 61%, mas esta semana
voltou a haver uma nova redução nos voos
► Dia 17 de março, Macau anunciou que quem chegar da Europa,
Estados Unidos, Canadá, Brasil, Egito, Austrália e Nova Zelândia terá de ficar
em quarentena de 14 dias
► O primeiro-ministro, António Costa, anunciou no dia 17 a
suspensão das ligações aéreas para fora do espaço da União Europeia. As
restrições estão em vigor ao longo dos próximos 30 dias com exceções para voos
para países extracomunitários com forte presença da comunidade portuguesa:
Canadá, Estados Unidos, Venezuela e África do Sul. Também serão mantidas
ligações aéreas com os países de língua oficial portuguesa, mas no caso do
Brasil serão efetuados apenas voos entre Lisboa e Rio de Janeiro e Lisboa e São
Paulo. As principais companhias aéreas, incluindo British Airways, Ryanair,
EasyJet e Virgin Atlantic, anunciaram no dia 16 deste mês, uma dramática
redução das suas operações, incluindo planos para cancelar a maioria dos voos e
deixar em terra milhares de aviões
► O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a suspensão de
todos os voos oriundos do Espaço Schengen, para prevenir a propagação do
Covid-19. A medida entrou em vigor no dia 13, com uma duração de pelo menos 30
dias. Passado um dia, Donald Trump estendeu a proibição ao Reino Unido e à
Irlanda. A Delta Air Lines reduziu o número de voos em mais de 70% e estacionou
mais de 600 aviões, cortando salários até 50% desde o início da crise. Cerca de
10 mil trabalhadores, 11% dos efetivos, já saiu da companhia, através das
designadas saídas voluntárias
► No Panamá, o Presidente Laurentino Cortizo anunciou, no dia
14, a proibição de voos da Europa e da Ásia
A Venezuela, que está em estado de alerta desde 13 de março, suspendeu
as ligações aéreas com a Europa e a Colômbia por um mês Na Bolívia, entrou em
vigor no dia 14 a suspensão de todos os voos diretos de e para a Europa
► A Argentina suspendeu voos vindos da Europa e dos Estados
Unidos durante 30 dias
► A pandemia de Covid-19 obrigou a American Airlines a suspender
todos os voos dos EUA para o Brasil a partir do dia 16 de março
► Marrocos suspendeu no dia 15 todos os voos com Espanha e
Portugal
► Na África do Sul, o Presidente Ramaphosa anunciou que passageiros
vindos da China, Irão, Coreia do Sul, Itália, Espanha, Alemanha e Estados
Unidos estão proibidos de entrar no país
► A companhia aérea australiana Qantas Airways anunciou no dia
19 que todos os voos internacionais serão interrompidos durante os próximos
dias, como medida preventiva para impedir a propagação da Covid-19. A Qantas
Airways pediu esta semana que a maioria dos seus 30 mil funcionários se
despedisse. O tráfego aéreo comercial global rastreado pelo Flightradar24,
em março de 2020. teve uma queda de 7,2% em relação a março de 2019. Com os
anúncios de novas restrições e suspensões feitas por governos e companhias
aéreas durante a última semana, é de prever que o declínio aumente
acentuadamente ao longo das próximas semanas (Texto e Infografia Jaime
Figueiredo, Expresso)
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