A Associação de Médicos Luso-venezuelanos, Assomeluve, vai pôr em marcha,
uma rede médica portuguesa centrada em atender as necessidades prioritárias de
saúde dos portugueses. O projecto, que conta com o apoio do Governo português,
da Embaixada de Portugal na Venezuela e dos consulados locais, pretende ainda
encontrar soluções para a crise, num país onde faltam frequentemente
medicamentos e bens alimentares de primeira necessidade. "A nossa missão é
estabelecer as necessidades prioritárias dos portugueses na Venezuela, e
prestar atenção médica geral e especializada", explicou à Lusa a porta-voz
da Assomeluve. Clara Maria Dias de Oliveira, gastrenterologista, precisou que o
projecto, que arranca esta segunda-feira, foi o resultado de um "estudo
muito minucioso" e vai começar em cinco regiões da Venezuela, no Distrito
Capital (Caracas, Miranda e Vargas) e nos estados de Lara, Bolívar, Carabobo e
Anzoátegui. "Temos conhecimento de que há muitos casos de portugueses em
necessidade extrema e que o projecto vai ter um impacto muito importante na
saúde deles", explicou. Além dos consulados, a própria comunidade lusa vai
ajudar para facilitar o acesso dos compatriotas à rede médica lusovenezuelana,
acrescentou. Por outro lado, o embaixador de Portugal em Caracas, Carlos de
Sousa Amaro, explicou à Lusa que está dado "o primeiro passo" para
começar a atender, em breve, "a comunidade portuguesa mais carenciada em
termos de apoio na área da saúde". Segundo o diplomata essa atenção
"é muito importante porque há pessoas que pura e simplesmente não se podem
dirigir aos hospitais; que precisam de ser ajudadas, que padecem de várias
doenças e que precisam de acompanhamento". "Nesta fase inicial vamos
ter cinco centros a que a embaixada está prestando todo o apoio possível a este
projecto, mas devo dizer que o grande mérito é de facto da Associação de
Médicos Lusovenezuelanos", disse. Segundo Carlos de Sousa Amaro este
"é um projecto único junto das comunidades portuguesas". "Mais
uma vez a comunidade portuguesa na Venezuela continua a destacar-se pela
solidariedade, apesar das grandes dificuldades que atravessam
actualmente", concluiu (Lusa)
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