Segundo a Lusa, "a assembleia nacional venezuelana aprovou hoje, por unanimidade, um pronunciamento de solidariedade com o povo e Governo da República Portuguesa pelo temporal que assolou a ilha da Madeira", reafirmando a sua disposição para contribuir "com o que o seja requerido". A iniciativa partiu do Grupo de Amizade Parlamentar Portuguesa Venezuela e foi exposta pela deputada luso-descendente Desireé Santos Amaral, que começou por estabelecer um paralelo entre o temporal na Madeira e as enxurradas ocorridas no estado venezuelano de Vargas, em Dezembro de 1999, que vitimaram milhares de pessoas. "Tem sido muito duro para os madeirenses e para os portugueses em geral a situação que se está a viver na ilha, que lembra muito o que ocorreu aqui no departamento de Vargas aquando da tragédia", disse a deputada luso-descendente. Entre os "considerandos" que levaram aquele organismo a solidarizar-se com os madeirenses está a solidariedade com a consternação e o sofrimento dos habitantes, autoridades e povo da ilha da Madeira, um dos destinos turísticos mais tradicionais da Europa". Também "os estreitos laços entre Portugal e a Venezuela" pesaram na decisão. O deputado luso-descendente Guido de Freitas, explicou que no país está radicada "uma grande comunidade de quase 500 mil pessoas de origem portuguesa, luso-descendentes e portugueses nacionalizados, na sua maioria da ilha da Madeira". Durante a sessão, o deputado Juan José Molina, da oposição, explicou que "tanto a Assembleia Nacional, como as instituições do Estado, devem de alguma maneira promover o apoio e destinar, inclusive, recursos para uma causa importante". O parlamento venezuelano convidará o embaixador de Portugal na Venezuela, João Caetano da Silva, a ir às suas instalações para lhe entregar o documento de solidariedade e para que dê pormenores sobre a evolução da situação madeirense. Nesta altura existem 41 mortos confirmados, 29 desaparecidos e 600 desalojados na sequência do temporal que assolou o arquipélago da Madeira este fim-de-semana".
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