quinta-feira, março 19, 2020

Nota: tempos de confiança

A minha mensagem hoje continua a ser uma mensagem de esperança, determinação e confiança.
Esperança numa rápida solução para esta pandemia que, ao contrário do que alguns julgam, não será de dias nem de semanas.
Determinação no cumprimento rigoroso das regras cautelares recomendadas pelas autoridades sanitárias mas que a nossa consciência tem que impor a si própria, já que se trata de sobrevivência de vidas humanas e da fuga a focos desconhecidos de potencial contaminação.
Confiança, sobretudo naqueles que andam a descobrir o antídoto para esta pandemia, confiança nos nossos brilhantes profissionais de saúde que estão na primeira linha do combate a esta praga, que são aqueles que mais medo têm entre nós, não duvidem disso, mas que estão lá, correndo riscos acrescidos, muito maiores do que aqueles que corremos por ficarmos em casa.Este é um tempo em que os pais nunca desejariam que os seus filhos fossem médicos. Mas temos também a certeza que sendo a medicina uma opção de vida, onde os profissionais correm riscos diários, dificilmente eles aceitariam virar costas ao desafio de ajudarem os que precisam, os que mais precisam deles, agora como nunca. Resta aos pais desses profissionais acreditar que eles tomarão as cautelas acrescidas, bem maiores do que as nossas, para saírem incólumes deste tempo miseravelmente novo e desafiante. Os tempos não são para desânimo, ansiedade, depressão ou falta de confiança. Temos que ser fortes e estar juntos, mesmo distantes uns dos outros. Juntos pelo combate, por uma causa, pela derrota do cabrão deste vírus maldito que um dia vamos querer saber como apareceu nas nossas vidas.
Não tenhamos ilusões, no rescaldo desta pandemia, vamos todos sofrer, vamos perder muita gente, teremos mesmo na Madeira, níveis de contaminação e de mortes maiores do que aqueles que estimamos porque até conhecermos este sacana deste vírus somos o elo mais fraco deste combate. Esperamos pelas vacinas milagrosas, mas mesmo que descobertas esses antídotos demoram pelo menos 6 meses a um ano para chegarem ao mercado, porque a produção exige regras de qualidade cientificamente rigorosa e a burocracia dos mercados não facilita mesmo nestes momentos.
Uma mensagem ainda de cautela, porque nestas crises há bandidos, gatunos, cabrões que se aproveitam de tudo para enganarem as pessoas, assaltar as casas, usar disfarces para entrarem nos edifícios, etc.
Nestes tempos de emergência nacional é legitimo tudo, em nome da nossa defesa individual e colectiva ou até mesmo quando se trata de defender a nossa vida e os nossos bens. Por isso quem receber essa canalhada à porrada, quem partir o focinha dessa corja, quem der um arraial de porrada nesses bandalhos, deve receber uma medalha e não se arrepender de nada. E nem os vendedores de ilusões religiosas podem mais ter a nossa tolerância, desapareçam, vão vender essas merdas para o deserto. Deixem-nos em paz.
Vamos vencer (LFM)

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