Li no Dinheiro Vivo que "a criação de emprego "será a última das consequências" da redução das contribuições das empresas para a Segurança Social. A opinião é de Francisco van Zeller, antigo presidente da CIP. "O que penso que terá mais efeito será a redução dos despedimentos. Dará para algumas empresas criarem emprego, mas para a maior parte isto funcionará como um balão de oxigénio. Aumentar o emprego será possível apenas num futuro mais longínquo", afirmou. Francisco Van Zeller defende que "não há mais financiamento, não vai mudar - nem sequer se fala nisso - e as empresas têm de encontrar viabilidade por outros lados", por isso acredita que menos deduções poderá significar, num primeiro momento, "a manutenção de postos de trabalho que estavam pouco seguros". "Os empresários terão uma vantagem magnífica, de sobrevivência e de competitividade, mas em alguns casos não precisavam disto para nada. Veja a EDP e a Galp, não sei como mas o Fisco terá de ir buscar esses benefícios", afirma. Na sua opinião, "grande parte da revolta dos portugueses vem daí: está a dar-se dinheiro a empresas gigantes que não precisam dele, mas acho que alguma coisa se fará, e será sempre a partir do IRC e isenções ou de diplomacia interna.". No que toca a empresas de menor dimensão, "a redução do consumo será prejudicial especialmente para as empresas que vivem do consumo interno". Aí, o antigo responsável pelos patrões acredita que "não há solução possível porque existe quem viva com o dinheiro contado. Para muitos cada escudo que lhe tiram é cada escudo que não gastam". "A solução é juntarem-se as empresas, mas como é que se vão juntar dois restaurantes na mesma rua? É muito complicado", conclui".
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