terça-feira, setembro 11, 2012

Discursos de Passos Coelho sem austeridade


Li no Expresso, num texto do jornalista Carlos abreu que “nos dois discursos em que o primeiro-ministro anunciou cortes e mais cortes no rendimento dos trabalhadores e pensionistas - a 15 de outubro de 2011 e na passada sexta-feira -, Passos Coelho usou uma única vez a palavra austeridade. A análise realizada pelo Expresso recorrendo ao site Wordle, revela ainda que, entre os discursos de outubro (2376 palavras) e setembro (2221), um outro vocábulo - "futuro" - também foi praticamente banido. No primeiro anúncio Passos usa-o por três vezes, mas na sexta-feira profere-o apenas uma a fechar o discurso: "O que precisamos de fazer para reganhar a nossa autonomia no futuro não é fácil, mas está ao nosso alcance se soubermos redobrar a vontade e a ambição necessárias." Se em outubro, eram "orçamento" (12 ocorrências), "todos" (12), "governo" (8), "medidas" (8), mas também, "portugueses" (7) "Estado" (11), "país" (10), a 7 de setembro, saltam à vista os termos "empresas" (12), "desemprego" (8), "trabalhadores" (8), "economia" (9). Apesar das medidas de austeridade anunciadas afetarem apenas os funcionários públicos, reformados e pensionistas e os trabalhadores do setor privado, a palavra "todos" aparece nestes dois discursos 21 vezes (12 em outubro e 9 em setembro). Na curta mensagem (263 palavras), entretanto publicada no Facebook pelo cidadão Pedro Passos Coelho, destacam-se as palavras "portugueses" (3 ocorrências), "primeiro-ministro" (2), mas também "sacrifícios"(2), "necessário" (2) e "pessoal" (2). No discurso de sexta-feira e na mensagem publicada na rede social Facebook consta-se ainda que Passos Coelho não adotou o novo acordo ortográfico. São disso exemplo, as palavras "adoptadas", "respectiva", "perspectivas" e "directo".

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