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sexta-feira, janeiro 15, 2010

Portugal começa a ficar entalado!

O Instituto que gere a dívida do Estado emitiu um comunicado pouco habitual dirigido aos investidores internacionais. O objectivo é tranquilizar os mercados financeiros.

Crise da Grécia está a contaminar outros países...

As taxas de juro pagas pela dívida pública portuguesa aumentaram nas últimas semanas, com os investidores a exigirem rendimentos mais elevados aos títulos do Estado. A comparação entre as situações de Portugal e da Grécia não é, no entanto, consensual. O banco de investimento britânico Barclays Capital considera que a situação dos dois países é muito distinta.

segunda-feira, outubro 20, 2008

Desempregados podem aumentar para 210 milhões até final de 2009!

Foi hoje noticiado que "a crise financeira poderá levar a um aumento em 20 milhões do número de desempregados no mundo inteiro até o final de 2009, advertiu o director da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavia. As estimativas da OIT indicam que "o número de desempregados pode passar de 190 milhões em 2007 para 210 milhões no final de 2009", disse Somavia numa conferência de imprensa. A população de trabalhadores pobres vivendo com menos de um dólar por dia pode aumentar em 40 milhões e a dos que vivem com dois dólares por dia em mais de 100 milhões, acrescenta a OIT. Juan Somavia salientou que estas projecções "podem revelar-se por baixo se os efeitos do actual abrandamento do crescimento económico e da ameaça de recessão não forem rapidamente combatidos". Milhares de postos de trabalho já foram suprimidos em Wall Street e noutros centros financeiros com a falência de bancos ou fusões na sequência da crise financeira. Mas a OIT adverte que os cortes vão também atingir trabalhadores dos mais variados sectores, como a construção civil, a indústria automóvel, o turismo, os serviços e o imobiliário."Não é um simples crise de Wall Street, é uma crise em todas as 'streets' (ruas). Precisamos de um plano de salvamento da economia para as famílias de trabalhadores e a economia real, com regras e políticas que asseguram empregos decentes", disse.As taxas de desemprego têm vindo a subir em todo o mundo. Somavia pediu aos governos "acções rápidas e coordenadas para evitar uma crise social", e disse acolher favoravelmente "uma melhor regulação financeira e uma melhor supervisão".

segunda-feira, outubro 13, 2008

Prostituição ajuda a pagar contas em tempo de crise...

Dramático. Segundo o DN de Lisboa num texto dos jornalista Pedro Vilela Marques, "cada vez mais mulheres recorrem à prostituição como actividade de emergência para combater os problemas económicos. As equipas de rua das irmãs oblatas indicam ao DN que cerca de 15% das mulheres que se prostituem começaram a faze-lo no último ano e meio, depois de soar o alarme da crise. É aquilo que os técnicos no terreno apelidam de prostituição S.O.S.: mulheres entre os 35 e os 50 anos, de classe média-baixa, que vendem o seu corpo de forma esporádica para pagar as despesas. As justificações repetem-se. O dinheiro não chega para pagar as contas e, quando acaba, o recurso à prostituição acaba por ser uma solução. Quando as despesas são suportadas a dois, tornam-se mais suaves, mas se os maridos saem de casa, muitas mulheres, dizem-nos, ficam em situações muito complicadas. "Por exemplo, uma das mulheres com quem as brigadas contactam prostitui-se duas ou três vezes por semana, por dificuldades económicas. Trabalha em part--time numa empresa de limpezas, actividade muito mal paga a tempo inteiro. Tem um filho adolescente a estudar, está separada e o marido não paga a pensão de alimentos. Diz-nos ela que esta é a maneira que arranjou para pagar as contas", conta Hélder Vicente, assistente social na Obra das Irmãs Oblatas".

sexta-feira, outubro 10, 2008

Noticias da crise mundial

Bolsas vivem a pior semana dos últimos 38 anos
As Bolsas reagiram com indiferença ao discurso de George W. Bush e Wall Street até acentuou as quedas depois das declarações do Presidente norte-americano. Foi uma sexta-feira negra em todo o Mundo, com os mercados a recearem uma recessão económica global.Pânico é como se pode descrever o que aconteceu nesta sexta-feira negra. A falta de confiança dos investidores atingiu o Mundo. Foi a pior semana desde 1970 para as Bolsas mundiais. Os mercados asiáticos, os primeiros a encerrar, deram o mote. A bolsa de Tóquio fechou a sessão no pior resultado dos últimos 21 anos. Sidney, Hong Kong e Singapura também registam fortes quebras. Há praças europeias que atingiram mínimos dos últimos 5 anos:
A Bolsa de Madrid terminou a sessão num mínimo histórico, com uma queda de 9,14%;
Londres caiu 8,85%;
Paris desvalorizou 7,73%;
Milão perdeu cerca de 7%;
Frankfurt também registou uma depreciação da ordem dos 7%.
E, Lisboa derrapou 5,94%.
Houve bolsas que nem chegaram a abrir. Outras houve em que as negociações foram suspensas, como:
na Rússia;
Ucrânia;
Indonésia;
Tailândia;
Roménia;
Áustria;
E, Islândia.
Ou seja, os trabalhos estiveram suspensos em países que chegaram ao limite do pessimismo. Nos Estados Unidos, Wall Street abriu influenciada pela falta de confiança na Europa. O índice industrial Dow jones abriu a perder mais de 1,5%; O tecnológico, o Nasdaq abriu a cair 3,25%. Esta foi a pior semana na praça nova-iorquina em quase 40 anos. Sendo que, hoje, pouco depois da abertura, os dois principais índices já tinham acentuado as perdas. Os investidores estão cada vez mais preocupados com a crise de crédito e acreditam que há mais empresas prestes a entrar em colapso
(fonte: SIC).
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João Salgueiro diz que Portugal precisa de se "preparar a tempo"
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, João Salgueiro, alertou hoje para a necessidade de Portugal se preparar para "todas as eventualidades", porque a crise económica poderá "chegar cá". "Há uma aceleração na conjuntura do mundo, temos de olhar para o futuro. No futuro pode haver problemas na economia real, temos de nos preparar a tempo para isso, não deixar tudo para a última hora. É positivo falar no momento em que não há nenhuma urgência, mas em que temos de pensar que pode chegar cá o efeito através da economia", afirmou o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, João Salgueiro. João Salgueiro, que falava aos jornalistas no final de uma audiência com o Presidente da República no Palácio de Belém, não esclareceu, contudo, se o encontro foi pedido por Cavaco Silva, afirmando apenas que se tratava de uma "conversa aprazada há tempo". "Há uma grande vantagem de haver informação frequente e pareceu agora oportuno. Começa a haver sintomas de crise económica em vários países", declarou, insistindo que Portugal precisa de "estar preparado para todas as eventualidades", apesar de "não parecer dos países mais ameaçados" (fonte: SIC)
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EUA têm "ferramentas" para resolver a crise, diz Bush
O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), George W. Bush disse, esta sexta-feira, num discurso a partir da Casa Branca, que continuará a agir para repor normalidade nos mercados financeiros, numa altura em que a ansiedade está a agravar o problema. "Sabemos quais são os problemas, temos as ferramentas" para os resolver, garantiu Bush em Washington, em conferência de imprensa. O presidente norte-americano garantiu que a sua administração está já a agir e "vai continuar a agir para repor a estabilidade nos mercados financeiros". Bush insistiu na ideia de que o Plano Paulson, de 700 mil milhões de dólares, "vai funcionar" na ajuda aos bancos e ao conjunto dos mercados financeiros e avançou que os especialistas da Casa Branca continuam a trabalhar para corrigir os erros que estão há já um ano a agitar os mercados. Discurso de Bush O Presidente assegura que há ferramentas para resolver a crise (fonte: SIC)
-Euribor, petróleo e recessão económica A análise de Luís Ferreira Lopes, aqui;
- Receio de recessão global Sete mais ricos procuram solução, a análise de Sérgio Gonçalves, aqui;
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"Fixar taxas de juro é anular o mercado - mas o mercado já se anulu a si mesmo"
Pedro Santos Guerreiro comenta o cenário de fixação de taxas de juro nos créditos à habitação que o Banco Central Europeu colocou em cima da mesa.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Governo britânico pode ficar com 30% dos quatro maiores bancos ingleses!

Para que tenham a noção da dimensão da crise basta referir que, conforme foi hoje noticiado, "segundo os analistas do Sanford C. Bernstein, o plano de injecção de 50 mil milhões de libras (64,4 mil milhões de euros) no sistema financeiro do Reino Unido, na tentativa de evitar o colapso das instituições financeiras, deverá levar o governo de Gordon Brown a deter cerca de 30% dos quatro maiores bancos do região.O primeiro ministro Gordon Brown e o ministro das finanças Alastair Darling ofereceram-se para comprar acções preferenciais do Royal Bank of Scotland, Barclays, Lloyds, HBOS e mais quatro instituições, no seu plano de salvamento, que também inclui empréstimos de emergência.“O plano de salvamento é uma troca” afirmaram os analistas do Sanford C. Bernstein numa nota aos seus clientes citada pela Bloomberg. Os analistas acrescentaram que “o aumento de capital implica um enfraquecimento, com o governo potencialmente a deter 20 a 30% dos bancos.”

Crise: Zapatero acusa FMI

Segundo o Publico, "o primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero, acusou hoje o Fundo Monetário Internacional de falta de iniciativa no combate à crise financeira internacional que está a arrasar o sector bancário e segurador em grande parte do mundo desenvolvido.“O FMI, após tudo o que se passou neste último mês, não o tenho visto a tomar uma iniciativa, porque ele é o organismo que é e que tem o seu papel” neste processo, declarou Zapatero, numa conferência conjunta como o homólogo polaco, Donald Tursk. Na sequência das previsões fortemente recessivas apresentadas ontem pelo FMI, José Luis Zapatero sublinha que respeita os dados do Fundo, que apontam para um período de recessão no próximo ano, acrescentando que o seu Governo está a trabalhar para melhorar o comportamento da economia. O FMI antecipa uma contracção de 0,2 por cento do Produto Interno Bruto espanhol em 2009, depois de atingir uma progressão de 1,4 por cento ainda este ano".

Crise ameaça Fórmula-1?

Tudo indica, seguindo a imprensa de hoje, que a crise nem vai poupar a Fórmula-1, havendo já uma reunião de urgência da FIA marcada para 19 de Outubro para discutir a situação: "Os responsáveis da Fórmula 1 vão reunir-se em Paris a 19 de Outubro para falar sobre a crise financeira e as suas consequências sobre a categoria, anunciou ontem a Federação Internacional Automóvel (FIA) em Paris. Esta decisão foi anunciada depois de uma reunião entre Max Mosley, presidente da FIA, e Luca di Montezemolo, responsável máximo da Ferrari e da Associação das Equipas de Fórmula 1 (FOTA)."Após uma discussão construtiva, eles (Mosley e Di Montezemolo) chegaram a acordo para que o presidente da FIA convide todos os membros da FOTA para uma reunião de urgência a realizar depois do Grande Prémio da China", indicou a FIA através de comunicado, citado pela Lusa."Durante a reunião, a FIA vai discutir e partilhar com as escuderias as decisões estratégicas necessárias que devem ser adoptadas devido aos problemas económicos mundiais. Os principais assuntos em discussão serão as reduções urgentes e drásticas dos custos, os futuros regulamentos técnicos relativamente aos chassis e aos pneus, bem como a manutenção de elementos competitivos", acrescentou a FIA.Este anúncio surgiu pouco depois de Max Mosley ter falado sobre a viabilidade económica da Fórmula 1."Muito antes das dificuldades económicas actuais, tornou-se evidente que a Fórmula 1 não é viável. Se não regulamentarmos até 2010, teremos um grave problema", preveniu o britânico em declarações à BBC."Actualmente temos 20 viaturas em competição. Se perdermos duas equipas não teremos mais que 16 e a grelha de partida deixará de ser credível", acrescentou".

segunda-feira, outubro 06, 2008

Coisas da crise...

Mais ricos da Europa com plano para lidar com a crise
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Presidente da República pede empenho para superar crise
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Discurso do "5 de Outubro" centrado nos problemas económicos
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Crisis Financiera en los Estados Unidos
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Neste domínio recomendo a leitura da rubrica do Jornal de Negócios "Perguntas e respostas" que pode dissipar dúvidas e que eu considero estar muito bem elaborada. O mesmo recomendo, também no Jornal de Negócios, relativamente a outra rubrica intitulada "Há riscos de falência na banca portuguesa?". Fique a saber que os "Governos europeus protegem depósitos", que subsistem dúvidas sobre se a "Economia mundial está a cair em recessão" ou não, que os "Líderes europeus pedem mais flexibilidade na aplicação de regras da UE para enfrentarem a crise" e que o Editor do Financial Times garante que "a Europa e os Estados Unidos já estão em recessão". Finalmente, embora estejamos a falar de coisas sérias, e são mesmo sérias, divirta-se com esta porque tem piada e ajuda a descomprimir:
Um jovem empregado vai à sala do patrão:
- Senhor director, vim aqui para lhe pedir um aumento. E adianto já que há quatro empresas atrás de mim.
O patrão, com medo de perder o talento promissor, dobra-lhe o salário. Ora é sabido que as empresas só valorizam os funcionários quando eles recebem outras propostas...
- Mas mate-me uma curiosidade, meu rapaz. Pode dizer-me quais são essas quatro empresas? - Sim, senhor. A de luz, água, telefone e o meu banco...

segunda-feira, setembro 29, 2008

Perceba a crise mundial que já chegou à Europa

Veja aqui a análise da crise mundial feita pelo jornalista José Gomes Ferreira da SIC. Aqui pode conhecer a a análise política de Luís Costa Ribas, antigo correspodennte da SIC nos EUA e aqui é o especialista em questões económicas e editor da economia da mesma estação, Luís Ferreira Lopes. Finalmente a perspectiva de Pedro Santos Guerreiro, director do Jornal de Negócios, que comenta situação actual dos E.U.A. e suas implicações nos mercados mundiais.

Notícias da crise mundial que já chegou à Europa

- Crescimento nominal revisto em baixa - O Governo reviu em baixa a previsão de crescimento nominal da economia para este ano, de cinco por cento, estimados em Março, para quatro por cento. A revisão em baixa do crescimento reflecte a degradação das previsões de crescimento real da economia, que em Maio foi revisto para 1,5 por cento, contra os 2,2 por cento esperados em Março. Entretanto, o Executivo manteve a meta do défice em 2,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o Procedimento dos Défices Excessivos que o Instituto Nacional de Estatística (INE) publicou esta segunda-feira, a administração central regista um saldo negativo igual a 2,9 por cento, enquanto as administrações regional e local apresentam um saldo nulo e a Segurança Social consegue um excedente igual a 0,7 por cento (aqui);

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- Banco alemão salvo por consórcio bancário - O banco alemão Hypo Real Estate (HRE), que corre o risco de falência, conseguiu crédito suficiente para manter a actividade através de um consórcio de bancos alemães, anunciou esta segunda-feira a instituição em comunicado. "Um consórcio do sector financeiro alemão colocou à disposição" do banco "uma facilidade de crédito a curto e médio prazo suficiente" para salvar a instituição, refere a mesma nota. Os bancos privados alemães tentavam há alguns dias chegar a uma solução para salvar a instituição bancária, afectada pela crise dos créditos hipotecários de risco nos Estados Unidos (subprime), segundo avança o o diário Financial Times Deutschland (FTD), na sua edição de hoje (aqui);
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- BCE injecta 120 mil milhões - O Banco Central Europeu (BCE) voltou esta segunda-feira a injectar mais dinheiro no mercado monetário da Zona Euro, colocando 120 mil milhões de euros à disposição das instituições financeiras. O BCE procura melhorar o acesso dos bancos à liquidez no mercado monetário. Na sequência da crise do sistema bancário americano, os bancos deixaram praticamente de emprestar dinheiro entre si, arriscando-se a uma penúria do crédito (aqui);
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- Governo britânico nacionaliza banco - O governo britânico vai nacionalizar o banco Bradford & Bingley (B&B), enquanto os melhores activos da instituição foram vendidos ao banco espanhol Santander, anunciou esta segunda-feira o Ministério britânico das Finanças, que veio desta forma confirmar uma acção já aguardada, na sequência das dificuldades que a entidade atravessava, face à crise financeira nos mercados internacionais. As operações de maior risco do B&B, o oitavo banco do Reino Unido, serão assumidas pelo Tesouro britânico, de acordo com um comunicado oficial. Antes deste anúncio oficial, o banco espanhol Santader já havia anunciado a aquisição dos depósitos e da rede de sucursais do Bradford & Bingley (aqui);
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- Euribor atinge novos máximos - As taxas de juro de mercado na Zona Euro voltaram a atingir novos valores máximos, esta segunda-feira, apesar das injecções extraordinárias de liquidez do Banco Central Europeu (BCE) no mercado monetário. A Euribor a seis meses subiu para os 5,315%, o valor mais elevado de sempre, acima dos 5,29% a que transaccionava na sexta-feira. A Euribor a três meses também marcou um novo recorde, nos 5,237%, enquanto a Euribor a 12 meses subiu para os 5,477%, segundo dados divulgados pela Federação de Bancos Europeus (aqui);
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- Bancos à beira do colapso provocam pânico nas bolsas - O chumbo do Plano Paulson nos Estados Unidos agravou o desespero nos mercados depois da chegada em força da crise à banca europeia. Em Portugal, confirma-se a travagem na economia, escreve o jornalista Pedro Romano do DE. Contra todas as expectativas, o plano anti-crise americano não passou no Congresso. Apesar de as negociações entre democratas e republicanos, que se arrastaram durante mais de uma semana, terem servido para alterar substancialmente o plano inicial, introduzindo mais mecanismos de controlo, o Congresso americano acabou mesmo por chumbar a compra de activos “tóxicos” por parte do Estado, naquela que seria a maior intervenção nos mercados desde a Grande Depressão de 1929. A reacção dos mercados foi rápida. O S&P 500 afundou 8,78%, naquela que foi a maior queda desde Outubro de 1987. O Dow Jones caiu 6,98% e o Nasdaq afundou 9,14%. O pessimismo alastrou-se também para fora dos Estados Unidos e, no Brasil, a queda de 10% obrigou mesmo à interrupção da negociação.O impacto nos mercados bolsistas foi especialmente visível porque desde a semana passada que os investidores negociavam antecipando a aprovação do plano. As expectativas incorporavam o “efeito 700 mil milhões”, o que ajudou as bolsas a ganharem algum ânimo – um ânimo que agora voltou a desaparecer. Mas não foi apenas aos investidores que o resultado final da votação do plano – 228 votos contra e 205 votos a favor – espantou. Os principais responsáveis políticos aguardavam já a aprovação, conforme o Presidente George Bush havia garantido. A quase-certeza foi empolada pelas declarações de republicanos e democratas, que, ao longo da semana, deram a entender que os dois lados convergiam na necessidade de apoiar a titubeante economia americana (aqui);
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- Mais de 50 fundos portugueses estão expostos às falências - Fundos nacionais têm mais de 87 milhões investidos nos bancos que podem ser as próximas vítimas da crise, escrevem as jornalistas do DE, Bárbara Barroso e Sandra Almeida Simões. A falência da Lehman Brothers, no inicio deste mês abalou todo o sistema financeiro. A dúvida é: quem será a próxima vítima? Fortis, Dexia, Bradford, Bonusbanker, Wachovia, Hypo Real Estate ou Glintnir Bank? Estes são os mais recentes nomes de instituições financeiras afectadas pela ‘tsunami’ de Wall Street. Depois dos colapsos nos Estados Unidos, a crise atravessou o Atlântico e já começou a fazer vítimas na Europa e a indústria de fundos não vai sair ilesa.Em Portugal, existem, pelo menos, 55 fundos expostos a estas entidades financeiras, quer através de acções, quer de obrigações.De acordo com a análise do Diário Económico ao ‘site’ da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), estes fundos têm uma exposição a superior a 87,2 milhões de euros. Desde fundos de acções, mistos, tesouraria, fundos especiais de investimento, passando por fundos garantidos, a lista encontrada é extensa e a exposição significativa.O fundo com maior exposição é o Millennium Disponível (fundo de investimento de tesouraria), com cerca de 15,8 milhões de euros de dívida do Wachovia em carteira. O ‘portfolio’ deste fundo harmonizado tem 1,46% investido em títulos de dívida pública, 0,03% em outros fundos públicos, 92,24% em obrigações, cerca de 5,93% em outros instrumentos de dívida e 1,2% em liquidez. Das sociedades gestoras com fundos expostos aos bancos em dificuldades, o Santander Asset Management lidera o ‘ranking’ das instituições, quer em número de fundos, quer em montante. O fundo de investimento mobiliário aberto de obrigações de taxa variável Santander multiobrigações tem uma exposição de 11,5 mil milhões de euros ao Fortis. No total são 11 fundos de investimento que, entre acções e dívida, totalizam uma exposição de aproximadamente 26 milhões de euros. Segue-se o BPI com um total de 8 fundos, o correspondente a 5,5 milhões de euros. O terceiro lugar da lista é ocupado pelo Millennium, com 6 fundos, com uma exposição de 19,3 milhões de euros" (aqui);
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- Islândia nacionaliza banco em dificuldades - O governo Islandês anunciou hoje que vai comprar 75% do capital do Glitnir Bank, por 600 milhões de euros (859 milhões de dólares), devido às dificuldades que o banco enfrenta com a crise no mercado financeiro mundial. "Através da intermediação do Banco Central da Islândia, o governo concederá ao Glitnir Bank uma infusão de capital no valor de 600 milhões de euros em troca de 75% das acções do banco", segundo um comunicado do governo, citado pela AFP.