sexta-feira, outubro 10, 2008

Noticias da crise mundial

Bolsas vivem a pior semana dos últimos 38 anos
As Bolsas reagiram com indiferença ao discurso de George W. Bush e Wall Street até acentuou as quedas depois das declarações do Presidente norte-americano. Foi uma sexta-feira negra em todo o Mundo, com os mercados a recearem uma recessão económica global.Pânico é como se pode descrever o que aconteceu nesta sexta-feira negra. A falta de confiança dos investidores atingiu o Mundo. Foi a pior semana desde 1970 para as Bolsas mundiais. Os mercados asiáticos, os primeiros a encerrar, deram o mote. A bolsa de Tóquio fechou a sessão no pior resultado dos últimos 21 anos. Sidney, Hong Kong e Singapura também registam fortes quebras. Há praças europeias que atingiram mínimos dos últimos 5 anos:
A Bolsa de Madrid terminou a sessão num mínimo histórico, com uma queda de 9,14%;
Londres caiu 8,85%;
Paris desvalorizou 7,73%;
Milão perdeu cerca de 7%;
Frankfurt também registou uma depreciação da ordem dos 7%.
E, Lisboa derrapou 5,94%.
Houve bolsas que nem chegaram a abrir. Outras houve em que as negociações foram suspensas, como:
na Rússia;
Ucrânia;
Indonésia;
Tailândia;
Roménia;
Áustria;
E, Islândia.
Ou seja, os trabalhos estiveram suspensos em países que chegaram ao limite do pessimismo. Nos Estados Unidos, Wall Street abriu influenciada pela falta de confiança na Europa. O índice industrial Dow jones abriu a perder mais de 1,5%; O tecnológico, o Nasdaq abriu a cair 3,25%. Esta foi a pior semana na praça nova-iorquina em quase 40 anos. Sendo que, hoje, pouco depois da abertura, os dois principais índices já tinham acentuado as perdas. Os investidores estão cada vez mais preocupados com a crise de crédito e acreditam que há mais empresas prestes a entrar em colapso
(fonte: SIC).
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João Salgueiro diz que Portugal precisa de se "preparar a tempo"
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, João Salgueiro, alertou hoje para a necessidade de Portugal se preparar para "todas as eventualidades", porque a crise económica poderá "chegar cá". "Há uma aceleração na conjuntura do mundo, temos de olhar para o futuro. No futuro pode haver problemas na economia real, temos de nos preparar a tempo para isso, não deixar tudo para a última hora. É positivo falar no momento em que não há nenhuma urgência, mas em que temos de pensar que pode chegar cá o efeito através da economia", afirmou o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, João Salgueiro. João Salgueiro, que falava aos jornalistas no final de uma audiência com o Presidente da República no Palácio de Belém, não esclareceu, contudo, se o encontro foi pedido por Cavaco Silva, afirmando apenas que se tratava de uma "conversa aprazada há tempo". "Há uma grande vantagem de haver informação frequente e pareceu agora oportuno. Começa a haver sintomas de crise económica em vários países", declarou, insistindo que Portugal precisa de "estar preparado para todas as eventualidades", apesar de "não parecer dos países mais ameaçados" (fonte: SIC)
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EUA têm "ferramentas" para resolver a crise, diz Bush
O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), George W. Bush disse, esta sexta-feira, num discurso a partir da Casa Branca, que continuará a agir para repor normalidade nos mercados financeiros, numa altura em que a ansiedade está a agravar o problema. "Sabemos quais são os problemas, temos as ferramentas" para os resolver, garantiu Bush em Washington, em conferência de imprensa. O presidente norte-americano garantiu que a sua administração está já a agir e "vai continuar a agir para repor a estabilidade nos mercados financeiros". Bush insistiu na ideia de que o Plano Paulson, de 700 mil milhões de dólares, "vai funcionar" na ajuda aos bancos e ao conjunto dos mercados financeiros e avançou que os especialistas da Casa Branca continuam a trabalhar para corrigir os erros que estão há já um ano a agitar os mercados. Discurso de Bush O Presidente assegura que há ferramentas para resolver a crise (fonte: SIC)
-Euribor, petróleo e recessão económica A análise de Luís Ferreira Lopes, aqui;
- Receio de recessão global Sete mais ricos procuram solução, a análise de Sérgio Gonçalves, aqui;
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"Fixar taxas de juro é anular o mercado - mas o mercado já se anulu a si mesmo"
Pedro Santos Guerreiro comenta o cenário de fixação de taxas de juro nos créditos à habitação que o Banco Central Europeu colocou em cima da mesa.

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