domingo, abril 27, 2025

61% do eleitorado português tem os seus rendimentos, de alguma forma, dependentes do Estado

61% do eleitorado português tem os seus rendimentos, de alguma forma, dependentes do Estado - são mais 27 pontos percentuais do que se verificava em 1980. O país mudou ao longo das últimas quatro décadas, está mais envelhecido embora isso não explique tudo, e hoje a maioria dos adultos portugueses vive na dependência do Estado. Com todas as implicações que isso tem relativamente às prioridades de quem nos governa e colocando em causa muitas das reformas necessárias para o nosso país. Em 1980, de acordo com os cálculos de Vítor Bento, economista e atual Presidente da Associação Portuguesa de Bancos, 34% da população adulta portuguesa tinha rendimentos dependentes do Estado, sobretudo pensionistas (25%), seja da Segurança Social (SS) ou Caixa Geral de Aposentações (CGA), e funcionários públicos (7%), seja das Administrações Públicas (AP) ou do Setor Empresarial do Estado (SEE). Em 2023, a realidade era muito diferente. Utilizando a mesma metodologia de Vítor Bento, 61% dos adultos portugueses têm rendimentos dependentes do Estado, seja este a fonte direta dos rendimentos (49%), seja o decisor do rendimento pago pelo setor produtivo (12% recebem salário mínimo nacional, fixado pelo Estado).

A população está mais envelhecida e, naturalmente, os pensionistas continuam a ser o grupo maioritário (35%), mas o seu peso no total de dependentes até diminuiu. Em 1980 era de 71% e em 2022 tinha baixado para 57%. Ou seja, o aumento da dependência do Estado vai mais para além do envelhecimento populacional. Os funcionários públicos pesam hoje 10% no total da população adulta portuguesa, 3% recebem o Rendimento Social de Inserção que não existia em 1980 e 12% recebem o salário mínimo nacional (dependentes indiretamente do Estado que representavam apenas 2% da população adulta em 1980). O peso dos beneficiários do subsídio de desemprego continua a ser residual, abaixo de 2%. Algumas notas metodológicas: O denominador do gráfico não é o número de eleitores, mas sim a população residente com 18 ou mais anos, uma vez que Vítor Bento considera que o número de eleitores está desfasado da realidade; Foi considerado apenas 85% da soma das pensões porque há alguns casos em que um pensionista recebe mais do que uma pensão (Mais Liberdade, Mais Factos)

Paises da UE mais dependentes das exportações para os EUA

Na semana passada, Trump anunciou uma tarifa aduaneira de 20% sobre os produtos da União Europeia, tarifa que entretanto foi suspensa e reduzida para 10%. A UE também ameaça retaliar. As relações comerciais entre a UE e os Estados Unidos são fundamentais para a economia europeia, mas nem todos os Estados membros dependem igualmente deste parceiro externo. De acordo com dados do Eurostat, em 2023, a 🇮🇪 Irlanda foi o país da UE mais dependente das exportações de bens para os EUA, representando 10,1% do seu PIB — um valor muito acima dos restantes países. Seguem-se 🇧🇪 Bélgica (5,6%) e 🇸🇰 Eslováquia (4,0%).

Portugal apresenta uma exposição mediana, com as exportações de bens para os EUA a representarem 2,0% do PIB, sendo a 13.ª maior percentagem entre os 27 Estados membros da UE. No fundo da tabela surgem países como Chipre, Malta, Luxemburgo, Roménia, Croácia e Grécia, onde o peso das exportações de bens para os EUA é inferior a 1% do PIB. Estas diferenças têm implicações importantes em tempos de instabilidade global ou alterações nas políticas comerciais dos EUA, como acontece atualmente com o regresso de Donald Trump à presidência americana e a imposição de tarifas aduaneiras. Países mais expostos podem sentir impactos económicos mais diretos das tarifas aduaneiras (Mais Liberdade, Mais Factos)

O Portugal dos nossos dias

Já passaram mais de 50 anos desde o 25 de Abril de 1974. Como comparam os portugueses o período atual com o período antes do 25 de Abril? Segundo dados do projeto “50 anos de Democracia em Portugal (Aspirações e Práticas Democráticas - Continuidades e Mudanças Geracionais)”, do ISCSP (Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas, da Universidade de Lisboa) /CAPP (Centro de Administração e Políticas Públicas), os mais de 1.300 inquiridos portugueses consideram que houve melhorias na maior parte das áreas, especialmente na assistência médica (79% acham que houve uma melhoria), na educação (75%) e no nível de vida (71%). Contudo, nem tudo melhorou, na ótica dos inquiridos. A maioria considera que atualmente estamos pior em termos de corrupção (53%) e de criminalidade e insegurança (51%) (Mais Liberdade, Mais Factos)

A abstenção em Portugal

A abstenção nas eleições em Portugal tem aumentado de forma consistente nos diferentes atos eleitorais, ao longo das últimas décadas, mas, a tendência inverteu nas duas últimas eleições legislativas e também nas últimas eleições europeias (as três últimas eleições de carácter nacional em Portugal). Em 1975 decorreram as primeiras eleições legislativas pós-25 de Abril. Com apenas 9% de abstenção, foi o ato eleitoral com uma participação dos eleitores mais significativa. Em 1976, para as presidenciais, 25% dos eleitores ficou em casa e, nas eleições autárquicas cerca de 35%.

Números muito inferiores aos registados nos últimos anos, onde nas presidenciais (2021) e nas europeias (2024) a taxa de abstenção ultrapassou os 60%. As autárquicas e as legislativas têm registado mais participação, mesmo assim com taxas de abstenção a chegarem perto, ou a ultrapassarem mesmo, os 50%. No entanto, os últimos atos eleitorais mostram que podemos estar a inverter esta tendência. Nas últimas eleições legislativas (2024), a taxa de abstenção baixou para os 40% (em 2019 tinha-se fixado em 51%, a taxa de abstenção mais elevada desde o 25 de Abril, neste tipo de ato eleitoral). Desagrado relativamente ao sistema eleitoral e/ou modelo de democracia vigentes, a não identificação com nenhum programa dos partidos ou candidatos, o protesto contra alguma lei ou leis que originam descontentamento populacional ou a qualidade das campanhas eleitorais (clima de violência verbal, arremesso partidário ou de carácter, etc.), são alguns dos motivos que normalmente afastam os cidadãos das urnas (Mais Liberdade, Mais Factos)

Governo de Luís Montenegro na lista dos governos mais curtos

O Governo de Luís Montenegro, que está prestes a chegar ao fim, entra para a lista dos governos mais curtos da democracia portuguesa. Com apenas 442 dias em funções (considerando que o próximo governo toma possa um mês após as eleições), este executivo torna-se o 6.º governo com menor duração desde 1976 (não incluindo governos de iniciativa presidencial). O recorde pertence ao XX Governo, de Pedro Passos Coelho, que durou apenas 27 dias, após não conseguir apoio parlamentar na sequência das eleições legislativas de 2015. Os governos de Mário Soares (1978), Francisco Pinto Balsemão (1981), Pedro Santana Lopes (2004-05) e Francisco Sá Carneiro (1980-81) ficaram abaixo dos 400 dias de governação. A curta duração dos governos cria instabilidade política e pode comprometer a capacidade de o país implementar reformas estruturais. Frequentemente, estes ciclos refletem dificuldades de governação em maioria relativa, dificuldade em obter acordos de governação ou bloqueios parlamentares — realidades cada vez mais frequentes em sistemas partidários mais fragmentados (Mais Liberdade, Mais Factos)

Sondagem: AD e IL em vantagem, PS recupera, BE e Livre deslizam. Há menos indecisos

A sondagem da Pitagórica para TSF-JN-TVI-CNN Portugal mostra uma descida no número de indecisos e uma ligeira vantagem da coligação PSD-CDS a menos de um mês das eleições legislativas antecipadas.Os liberais são quem mais sobe. Já em pleno clima de pré-campanha, há menos indecisos e as duas maiores forças políticas reforçam as intenções de voto em relação ao mês passado, com vantagem para a AD-Coligação PSD-CDS que regista 34,8% enquanto o PS está com 28,1%. Nos dois casos é um aumento de décimas. Mantém-se uma diferença de cerca de 7 pp entre AD e PS. 

Em terceiro, o Chega também sobe umas décimas para os 15,2%, e é o partido com o menor número de indecisos. Mas o destaque desta sondagem em termos de crescimento vai para a Iniciativa Liberal, em quarto, com a subida de 1,4 pontos percentuais (pp) para os 7,4%, dando força à ambição dos liberais de poderem eventualmente ser essenciais para uma solução governativa com a AD. Em quinto o Livre perde gás em relação ao mês passado, está com 4,4% de intenções de voto descendo cerca de 1pp. À esquerda, só a CDU escapa ao deslize, numa sondagem com trabalho de campo realizado já depois dos debates televisivos onde foi sublinhada a evolução do secretário-geral do PCP Paulo Raimundo. A CDU tem 4,1% de intenções de voto acima do resultado do ano passado.

Canárias: governo de Madrid desvia milhões dass autonomias para a defesa...

fonte: La Provincia, Las Palmas

Canárias: o preço da habitação e o goveerno

fonte: La Provincia, Las Palmas

As casas de Pedro Nuno Santos ainda têm pontas soltas (mas poucas)

Anunciou que ia divulgar no site da campanha “toda a informação”, mas faltam documentos e há questões em aberto sobre spreads dos créditos da CGD quando era governante e as doações dos pais. Em resposta à SÁBADO, esclarece algumas dúvidas. Pedro Nuno Santos (PNS) divulgou no site da sua campanha os contratos de compra e venda de três casas (duas em Lisboa e uma em Montemor-o-Novo) como resposta à polémica da semana passada – o Ministério Público abriu uma averiguação prévia à aquisição das suas casas, com base em denúncias anónimas e num artigo da SÁBADO de 2023 (Sabado, texto do jornalista Marco Alves)

Chega: Deputada Cristina Rodrigues usa internet de casa da mãe e AR para cometer crime



Quando deixou o PAN, quatro mil emails de uma conta interna do partido foram apagados. O MP apanhou a deputada por ter acedido à Internet em casa da mãe e na Assembleia da República. Dos interrogatórios às diligências – onde se estragaram provas com copos de água –, eis os detalhes do processo, consultado pela SÁBADO. A 25 de junho de 2020, o PAN estava em alvoroço. A deputada e dirigente Cristina Rodrigues tinha-se desvinculado do partido e passou a não inscrita, em total rutura com a cúpula, e vários assessores da sua confiança foram exonerados. No mesmo dia, por precaução, funcionários do partido decidiram alterar a palavra-passe do email “accaojuridica@pan.com.pt”, que chegou a ser “3BolasdeBerlim”. O email, a que também acedia Cristina Rodrigues, servia para receber denúncias de crimes de maus tratos a animais, ambientais e pedidos de apoio jurídico das estruturas do partido, assim como correspondência com a Entidade das Contas e Financiamento dos Partidos Políticos, entre outros, essenciais ao regular funcionamento do partido. Contudo, apesar de o PAN ter mudado a senha para uma mistura complexa de letras, números e sinais de pontuação, alguém acedeu à caixa de correio nos dias das demissões e exonerações e apagou tudo – mais de quatro mil emails (Sabado, texto do jornalista Alexandre R. Malhado)

sexta-feira, abril 25, 2025

Sondagem: Vitória nas eleições continua a ser dada à AD mas maioria esmagadora recusa acordos com o Chega

A sondagem do ICS e do ISCTE para a SIC e Expresso revela que mais de 60% dos inquiridos recusa acordos com o Chega. Uma rejeição que cresceu, face a janeiro de 2024. E, mesmo perante um cenário em que só haja maioria de direita com o Chega, a solução para a maior parte dos portugueses é que seja o PS a viabilizar um Governo da AD. À pergunta “quem acha que vai vencer as legislativas de 18 de maio” feita pela sondagem Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) e do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (Iscte-IUL) para a SIC e Expresso, a maioria (quase 40%) prevê que seja a AD-Coligação PSD/CDS.

Logo a seguir, 23% acreditam que será o PS e 14% apostam as fichas noutros partidos. Ainda assim, um quarto dos inquiridos prefere não arriscar previsões.

E o que devem os partidos fazer caso se confirme o prognóstico de vitória da AD, mas com o Chega a ter de entrar nas contas para que haja uma maioria de direita? Não há nenhuma solução que recolha a opinião favorável da maioria dos inquiridos nesta sondagem do ICS e do ISCTE. Ainda assim, mais de 40% acham boa ideia que seja o PS, novamente, a viabilizar um Governo minoritário da AD contra cerca de um terço que veem com bons olhos que seja o Chega a fazê-lo. Um pouco menos (29%) consideram que nesse cenário devia ser o PS a tentar formar Governo. Já a hipótese de a AD ter de olhar para o Chega como parceiro no Governo ou apenas no Parlamento é rejeitada por mais de 60% dos inquiridos.e 95%.

Sondagem: Polémicas não afetaram imagem: portugueses dizem que Montenegro é melhor líder do que Pedro Nuno

A sondagem do ICS/ISCTE para a SIC/Expresso mostra que grande parte dos inquiridos reconhece mais qualidades a Luís Montenegro do que a Pedro Nuno Santos. E, entre os políticos portugueses, só o primeiro-ministro e o Presidente da República recebem avaliação positiva. Mais experiente, mais competente, um líder mais forte. Luís Montenegro é mais bem-visto, pela maioria dos eleitores inquiridos, do que o adversário Pedro Nuno Santos. É isso que indica a sondagem do ICS/ISCTE para a SIC/Expresso. A polémica que resultou na queda do Governo não afetou a imagem do primeiro-ministro junto da maioria.

Apenas na frontalidade Pedro Nuno Santos leva a melhor sobre Luís Montenegro, e mesmo assim por uma vantagem mínima. Em todos os outros campos, da ponderação à honestidade, passando pela preocupação com as pessoas, o líder da AD ganha ao secretário-geral do PS. Em relação a quem tem mais experiência, Luís Montenegro (que é a escolha de 47% dos inquiridos) consegue mais do dobro das respostas de Pedro Nuno Santos (apenas 22%).

O líder social-democrata é considerado um líder mais forte por 42% dos inquiridos, enquanto o líder socialista o é apenas para 25%. Montenegro vence Pedro Nuno Santos também no que toca à ponderação (com 41% contra 25%) e à simpatia (39% contra 28%). Só quando é perguntado qual dois “diz mais aquilo que pensa”, Pedro Nuno Santos aparece à frente de Luís Montenegro, mas, mesmo assim, numa situação de empate técnico: 31% escolhem o secretário-geral do PS, enquanto 30% apontam o líder da AD e outros 30% respondem que nenhum dos dois satisfaz nesta área.

Sondagem: Maior parte dos portugueses dá negativa ao Governo e prefere uma nova maioria absoluta

A tendência inverteu-se e, em dois anos, os portugueses passaram de rejeitar uma maioria absoluta a preferir ter um Executivo a governar nessas condições. A sondagem do ICS/ISCTE para a SIC/Expresso revela também que, mesmo entre os eleitores do PSD, a perceção é de que o país piorou. Mais de 60% dos portugueses avaliam como “mau” ou “muito mau” o desempenho do Governo. Cerca de metade dos inquiridos na sondagem do ICS/ISCTE para a SIC/Expresso acredita que o país está pior e a maioria preferia uma maioria absoluta. 

Em relação ao desfecho das eleições legislativas de 18 de maio, a maioria dos portugueses admite que uma maioria absoluta para o vencedor seria o melhor resultado. Foi a resposta dada por 58% dos inquiridos – bem mais do que os 34% que desejavam maioria em novembro de 2023, quando terminou o governo maioritário de António Costa.  Agora, apenas 33% dizem que é preferível não haver maioria absoluta (enquanto, em novembro de 2023, dominava a rejeição de maiorias, com 59%). 

Habitação, custo de vida e criminalidade como o que mais piorou

Quando é pedida uma avaliação do desempenho do Governo no último ano, 61% dos inquiridos nesta sondagem dão negativa ao Executiva de Luís Montenegro.  São 45% os que respondem que o desempenho foi “mau” e 16% “muito mau”. Os inquiridos que afirmam que foi “bom” são 32%, e os que dizem que foi “muito bom” apenas 1%. 

Sondagem: Polémicas não afetaram imagem: Montenegro é visto como melhor líder do que Pedro Nuno

A sondagem do ICS/ISCTE para a SIC/Expresso mostra que grande parte dos inquiridos reconhece mais qualidades a Luís Montenegro do que a Pedro Nuno Santos. E, entre os políticos portugueses, só o primeiro-ministro e o Presidente da República recebem avaliação positiva. Mais experiente, mais competente, um líder mais forte. Luís Montenegro é mais bem-visto, pela maioria dos eleitores inquiridos, do que o adversário Pedro Nuno Santos. É isso que indica a sondagem do ICS/ISCTE para a SIC/Expresso. A polémica que resultou na queda do Governo não afetou a imagem do primeiro-ministro junto da maioria.

Apenas na frontalidade Pedro Nuno Santos leva a melhor sobre Luís Montenegro, e mesmo assim por uma vantagem mínima. Em todos os outros campos, da ponderação à honestidade, passando pela preocupação com as pessoas, o líder da AD ganha ao secretário-geral do PS.

Em relação a quem tem mais experiência, Luís Montenegro (que é a escolha de 47% dos inquiridos) consegue mais do dobro das respostas de Pedro Nuno Santos (apenas 22%). O líder social-democrata é considerado um líder mais forte por 42% dos inquiridos, enquanto o líder socialista o é apenas para 25%. Montenegro vence Pedro Nuno Santos também no que toca à ponderação (com 41% contra 25%) e à simpatia (39% contra 28%).

Só quando é perguntado qual dois “diz mais aquilo que pensa”, Pedro Nuno Santos aparece à frente de Luís Montenegro, mas, mesmo assim, numa situação de empate técnico: 31% escolhem o secretário-geral do PS, enquanto 30% apontam o líder da AD e outros 30% respondem que nenhum dos dois satisfaz nesta área.

Turismo da Madeira denuncia anúncio feito por “empresa inexistente”

A Direção Regional do Turismo da Madeira denunciou um anúncio feito na plataforma Booking.com por uma “empresa inexistente”, apresentada como Tenda Photok, relativo a estadas em tendas na região, indicando que já solicitou a sua retirada. “Trata-se de uma entidade que não está registada como empresa de animação turística, nem como empreendimento turístico ou alojamento local. Não há também qualquer prova de que esta seja uma empresa dedicada ao aluguer de tendas”, refere em comunicado. De acordo com a Direção Regional do Turismo, o Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) do arquipélago, que tem a responsabilidade de emitir as licenças para campismo, não recebeu qualquer solicitação para o efeito por parte da Tenda Photok.

“Ainda assim, nas habituais rondas feitas pelo Corpo da Polícia Florestal e pelos Vigilantes de Natureza nas áreas sob gestão do IFCN, não foram encontradas tendas como as publicitadas no anúncio”, esclarece. A Direção Regional do Turismo refere que na quarta-feira dois inspetores se deslocaram ao local identificado no anúncio da plataforma ‘online’ de alojamentos Booking.com, na Rua do Sabão n.º 84, 2.º andar, no Funchal, para “analisar a existência e fiabilidade da empresa”, tendo verificado que o espaço “está desocupado e aparenta estar em obras”. “Além disso, no prédio em causa não está sediada nem funciona qualquer empresa ligada ao setor do turismo”, refere. A tutela alerta ainda para o facto de a plataforma Booking.com manter o anúncio, pelo menos até às 15:00 de hoje, apesar de indicar que “não está a receber reservas” para a Tenda Photok (Executive Digest)

PAN: Opositores internos condenam "falta de democracia interna" após Sousa Real os chamar traidores

Mais de 25 filiados e ex-filiados condenam as declarações da deputada do PAN à SÁBADO por ter lamentado que "as pessoas que optaram por sair tenham virado as costas a este projeto e tenham traído as causas e os valores" do partido. Um conjunto de membros do PAN, a grande maioria opositores da atual cúpula, acusam a deputada Inês Sousa Real de "falta de democracia interna" e "centralização do poder". Em carta enviada à SÁBADO, 26 filiados e ex-filiados do PAN respondem à entrevista dada pela parlamentar a esta revista, onde lamenta que "as pessoas que optaram por sair tenham virado as costas a este projeto e tenham traído as causas e os valores" do partido.

"Não se limitou a partilhar uma visão pessoal — foi um ataque direto às pessoas que saíram do PAN, acusando-as de terem traído as causas do partido. Esse ataque exige uma resposta, não só por ser injusto, mas também porque procura desviar a atenção das verdadeiras razões que levaram muitos a afastar-se: a crescente falta de democracia interna, a centralização do poder, a marginalização de vozes dissidentes num partido cada vez mais à deriva, a correr atrás do prejuízo a qualquer custo — ao ponto de se fazerem coligações e acordos que contrariam frontalmente os valores defendidos pelo PAN", lê-se na carta.

Sondagem Expresso-SIC: Simpatizantes do PSD cada vez mais afastados do Chega

Se a AD vencer sem maioria, acordo com IL é bem-visto – até mais do que há um ano. Mas a rejeição do Chega sobe, sobretudo entre eleitores do PSD, mostra a sondagem ICS-ISCTE. Luís Montenegro já fala do desejo de uma “maioria maior” no dia 18 de maio, o que quer que isso seja. Pedro Duarte, em entrevista ao Expresso, disse que não seria choque nenhum ter a IL no Governo e Paulo Rangel, esta semana, veio reforçar o mesmo: o objetivo é chegar à maioria, senão sozinhos, então com os liberais. Com o Chega é para manter o “não é não”. Na primeira vez que a pergunta sobre alianças é feita antes destas legislativas, é também isso que dizem os eleitores-base do PSD: se há um ano, em janeiro de 2024 (antes das eleições), 31% dos simpatizantes do PSD retratados no estudo do ICS/ISCTE diziam ver com bons olhos uma aliança com o Chega, agora esse número é residual — só 12% destes eleitores olham para essa opção como “boa ideia”. E quatro em cada cinco acham “má ideia” a AD fazer acordo com o partido de Ventura — há um ano eram visivelmente menos.

No espaço de um ano, portanto, o que a análise das duas últimas sondagens feitas para o Expresso e a SIC mostra é que os simpatizantes do PSD se afastaram ainda mais do Chega, que chumbou o Orçamento e teve um ano repleto de casos internos, e se aproximaram da IL. Questionados sobre com que partido a AD deve fazer acordo se ganhar as eleições sem maioria, 56% destes inquiridos acham boa ideia fazê-lo com a IL (eram 47% em janeiro de 2024) e apenas 33% julgam ser má ideia (eram 42% a achar má ideia no ano passado). “O Chega é um parceiro instável, passa a vida com esquemas e não cria confiança nem estabilidade”, disse esta semana o ministro Paulo Rangel em entrevista ao “JN” e TSF, numa tentativa de esvaziar o voto no partido do protesto.

Sondagem Expresso-SIC: Montenegro tem mais fiéis na AD do que Pedro Nuno no PS

Na comparação das qualidades dos dois líderes, Pedro Nuno aparece pior do que Montenegro – e também tem piores registos entre os simpatizantes do PS do que Montenegro entre os seus. Mas rejeição dos dois líderes é alta – o dobro do que acontecia entre António Costa e Rui Rio. Se as eleições podem decidir-se mais em função da capacidade de mobilizar o eleitorado mais fiel do que de crescer além-fronteiras, há um detalhe a reter na sondagem feita pelo ICS/ISCTE para o Expresso e a SIC que avalia a forma como os eleitores olham para as características dos dois candidatos a primeiro-ministro: seja na experiência, ponderação, simpatia, força ou competência, os que se dizem simpatizantes do PSD cerram mais fileiras em torno de Luís Montenegro do que os eleitores que dizem ter simpatia pelo PS cerram em torno de Pedro Nuno Santos. Alguns destes conseguem ver mais qualidades no atual primeiro-ministro.

Entre os simpatizantes do PS, 24% acham, assim, que Montenegro é mais experiente do que Pedro Nuno e 18% que é mais ponderado do que Pedro Nuno. E por aí fora: 17% dos simpatizantes do PS arriscam que o primeiro-ministro é um líder mais forte do que o secretário-geral socialista (entre os eleitores da AD só 9% acham que Pedro Nuno ganha neste parâmetro) e 15% arriscam que Montenegro é “mais simpático” do que o líder do partido pelo qual dizem ter simpatia. “Não poucos simpatizantes do PS parecem — perdoem o jogo de palavras — antipatizar com Pedro Nuno Santos: não veem nele alguém cujas características o distinguem positivamente do primeiro-ministro”, nota Santana Pereira, coautor do estudo, num artigo publicado nesta edição.


Sondagem Expresso/SIC: Só Educação e Ambiente se salvam num ano de Governo AD

Maioria dos inquiridos na sondagem Expresso-SIC, incluindo dos simpatizantes do PSD, acha que país piorou no último ano. Em quase todos os setores – à cabeça, o da habitação. Há duas excepções. Longe vão os tempos em que Luís Montenegro, na altura líder da bancada do PSD, na era Passos Coelho, se referia às conquistas do Governo sob a batuta da troika com bonomia: “A vida das pessoas não está melhor, mas a do país está muito melhor.” A lógica era a de que as medidas tomadas começavam a ter efeito, mas ainda não tinham chegado aos bolsos e à perceção dos portugueses. Como está a vida das pessoas agora, um ano depois de Luís Montenegro ter sido eleito primeiro-ministro e a poucas semanas de ir a votos outra vez? Segundo a sondagem do ICS/ISCTE para o Expresso e a SIC, com trabalho de campo realizado entre 5 e 14 de abril, a perceção é de que a sua vida está pior e a do país também — em praticamente todos os sectores, da habitação (o pior) à saúde, passando pelo custo de vida, a criminalidade, a corrupção e a imigração. Salva-se a educação e o ambiente, e o nível dos impostos sobre o rendimento (assim-assim).

Com 803 entrevistas válidas, feitas de forma presencial, a sondagem que coloca a AD um pouco à frente do PS nas intenções de voto, como revelado pelo Expresso na semana passada, mostra como a análise qualitativa que os inquiridos fazem do trabalho do Governo não é boa. A esmagadora maioria dos inquiridos considerou que o custo da habitação e o custo de vida pioraram no último ano (82% e 81%, respetivamente), sendo que só 14% das pessoas abordadas consideram que o custo da habitação ficou na mesma, e só 16% acham que o custo de vida não sofreu alterações durante o primeiro ano da governação da AD. Melhor, ninguém diz que ficou.

Sondagem Expresso/SIC: 57% dos portugueses preferem uma maioria absoluta

O aumento é significativo, se comparado com as últimas três vezes em que esta pergunta foi feita no barómetro do ICS/ISCTE: em 2019 e final de 2023 era evidente a rejeição de maiorias, em dezembro de 2021, 40% diziam preferir uma maioria - e Costa teve-a. Agora, 58% diz o mesmo. Parece uma contradição, mas é um facto: a perceção dominante é de que o Governo está a fazer um mau trabalho; a vantagem da AD é curta; e a única maioria parlamentar possível, para já, exige a presença do Chega, mas esse é um cenário que é largamente reprovado pela maioria. Ainda assim, a maioria dos portugueses preferia uma maioria absoluta, e nunca como hoje houve tanta gente a preferi-la. De acordo com a sondagem do ICS/ISCTE, feita para o Expresso e a SIC, mais de metade dos 803 inquiridos (58%) dizem achar preferível que o vencedor das eleições tenha uma maioria absoluta de deputados, para governar com estabilidade e sem negociações, ao passo que 33% prefere que não exista maioria.

É uma evolução clara, se comparada com as últimas três vezes em que esta pergunta foi feita no barómetro do ICS/ISCTE: em 2019 e final de 2023 era evidente a rejeição de maiorias — e os resultados eleitorais confirmaram isso. Em dezembro de 2021, na véspera do António Costa vs Rui Rio, as preferências eram outras: se 47% diziam não querer uma maioria, 40% admitiam desejá-la — e, de forma surpreendente, até tendo em conta as sondagens da altura, Costa conseguiu conquistá-la.

Espanha: aprobación de la reducción de jornada laboral a 37,5 horas semanales

La vicepresidenta y ministra de trabajo ha indicado que esta medida será aprobada en el Consejo de Ministros del próximo martes. Una vez aprobada por los ministros la nueva norma será presentada en el Congreso para ser votada por los diputados, que pueden aprobarla o no. La reducción de jornada laboral en España a 37,5 horas semanales solo ha contado con el apoyo de los sindicatos, y no de la patronal. Si finalmente la medida es aprobada en el Congreso España sería el segundo país de la Unión Europea con la jornada laboral más corta, solo por detrás de Francia, donde son 35 horas. Esta es la lista con el número máximo de horas semanales trabajadas por ley en cada uno de los 28 países de la Unión Europea:

-Alemania       48 horas

-Chipre            48

-Dinamarca     48

-Holanda         48

-Irlanda            48 

-Austria            40 

-Bulgaria          40 

-Croacia           40 

-Chequia          40

-Eslovaquia      40 

-Eslovenia         40

-España            40

-Estonia            40

-Finlandia         40

-Grecia             40

-Hungría           40

-Italia                40

-Letonia            40

-Lituania           40

-Luxemburgo   40

-Malta               40

-Noruega          40

-Polonia            40

-Portugal          40

-Rumanía         40

-Suecia            40

-Bélgica           38

-Francia           35 (fonte: Canarias te Quiero)

Lisboa entre as 10 cidades com excesso de turismo, diz relatório global

As suas próximas férias estão sobrelotadas? Veja quais são as cidades que estão sobrecarregadas de turistas – e descubra pontos de interesse surpreendentes no topo da nova classificação global de excesso de turismo. Saiu um novo ranking sobre as 40 cidades mais visitadas e Lisboa é uma delas. “Ao criar estes rankings, o nosso objetivo é dar aos viajantes uma imagem clara de onde as pressões do excesso de turismo são mais intensas – para que saibam o que esperar.”, diz Julianne Kim, Co-Fundadora da Wellness Retreats MagazineNEW YORK, NY, UNITED STATES, em comunicado.

A Wellness Retreats Magazine lançou o seu Relatório de Estatísticas do Excesso de Turismo, destacando as 40 cidades mais visitadas do mundo. Com base em novos dados, a publicação identifica três líderes claros para os desafios do turismo excessivo: Orlando (EUA) lidera o rácio turista/residente com 36 turistas por residente, Macau (China) lidera a densidade turística com mais de 547.000 visitantes por km² e Xangai (China) ocupa o primeiro lugar no total de chegadas anuais com quase 397 milhões de turistas. A Europa domina as classificações com a maior percentagem de locais com excesso de turismo nos 10 primeiros lugares. Amesterdão, Paris, Veneza, Roma, Lisboa e Florência estão nos dez primeiros lugares, sendo que Lisboa aparece em nono como pode verificar na tabela abaixo.

Clima: Los científicos advierten de los tres países que estarán bajo el agua en 2050

En las últimas décadas, el calentamiento global ha llevado a un derretimiento significativo de los glaciares y al aumento del nivel del mar. Vietnam, las Malvibas Seychelles, ubicadas en el océano Índico, también están expuestas a un riesgo serio por el aumento del nivel del mar. El archipiélago, compuesto por 115 islas, es conocido por sus ecosistemas únicos y su biodiversidad. El aumento del nivel del mar podría llevar a la pérdida de hábitats para muchas especies y tener consecuencias graves para el turismo, que es una fuente principal de ingresos para el país (fonte: Internet)

Barcelona virou finalmente as costas às multidões de turistas. Agora, a cidade enfrenta um grande problema


No verão de 2024, depois de anos a suportar as pressões do excesso de turismo, os habitantes de Barcelona intensificaram os seus protestos, com milhares de pessoas a juntarem-se para gritar "turistas vão para casa". Mas foi um pequeno grupo armado com pistolas de água de brinquedo que fez manchetes, atirando-as aos visitantes sentados nos cafés ao ar livre. Talvez um ato de malícia, aparentemente inofensivo. No entanto, quando as imagens do incidente se espalharam por todo o mundo, o poder de fogo daquelas armas de brincar tornou-se rapidamente evidente. As tensões de longa data em Barcelona sobre a transformação da cidade num parque de diversões para turistas tinham-se transformado numa hostilidade muito pública.

O ataque surpresa com esguichos, criticado por alguns altos responsáveis do turismo, foi também imagem de uma situação que se verifica em muitos outros destinos, de Amesterdão a Bali, onde os residentes locais se vêem obrigados a sair das próprias casas devido a uma indústria turística global que se torna maior e mais expansiva todos os anos. Barcelona, como muitos desses lugares, também enfrenta outro problema. Embora o turismo de massas possa estar a sobrecarregar a cidade, é também vital para a sua existência, proporcionando emprego e rendimentos. O turismo representa atualmente 14% da economia da cidade e assegura 150.000 postos de trabalho, segundo Mateu Hernández, diretor do Consórcio de Turismo de Barcelona.

É um exercício de equilíbrio que os responsáveis pelo turismo da cidade conhecem muito bem, à medida que Barcelona se prepara para a chegada de multidões de visitantes este verão. Mesmo com a adoção de medidas destinadas a ajudar a proteger os residentes locais, tem havido preocupações oficiais de que muitos turistas possam não se sentir bem-vindos. Hernández, cujo Consórcio é o conselho de promoção turística da cidade, apontou para "uma perceção de que Barcelona não quer turistas. Preocupa-nos a imagem de Barcelona com excesso de turismo", explicou a um grupo de correspondentes estrangeiros em Madrid, em janeiro.

quinta-feira, abril 24, 2025

Diferencial na criação de riqueza entre os EUA e a União Europeia

O que explica o diferencial na criação de riqueza entre os EUA e a União Europeia? A resposta reside, essencialmente, nas diferenças de produtividade e no volume de horas trabalhadas. Em 2023, a produtividade por hora trabalhada nos Estados Unidos, medida em paridade de poderes de compra, atingiu os 83,6$, um valor 24% superior aos 67,4$ registados na União Europeia. Além da maior produtividade horária, os trabalhadores norte-americanos também trabalham mais horas anualmente. Em 2023, a média nos EUA foi de 1.804 horas por trabalhador. Na União Europeia, o valor mais recente (referente a 2022) é de 1.571 horas, o que representa uma diferença de 15%, a favor dos EUA. Esta combinação de maior eficiência por hora e um maior número de horas trabalhadas por pessoa, contribui significativamente para a maior capacidade de geração de riqueza observada na economia norte-americana em comparação com a europeia (Mais Liberdade, Mais Factos)

Legislativas: Sul e ilhas com votos desperdiçados mas possíveis surpresas

As regiões do sul de Portugal e os arquipélagos da Madeira e dos Açores preparam-se para um novo embate eleitoral a 18 de maio, num contexto marcado por disputas renhidas, milhares de votos que não se traduzem em mandatos e algumas incógnitas que poderão redefinir o equilíbrio de forças políticas. Em zonas como o Alentejo, Algarve e ilhas, o número reduzido de lugares a atribuir ao Parlamento acentua o impacto do sistema eleitoral e pode provocar reviravoltas inesperadas. Portalegre, o círculo eleitoral que menos deputados elege em todo o país (apenas dois), é exemplo disso mesmo. Segundo o Diário de Notícias, em 2024, 40% dos votos ali expressos — cerca de 23.650 — foram desperdiçados, ou seja, não contribuíram para eleger qualquer deputado. Uma realidade que o PSD local quer inverter. “Queremos recuperar o deputado que escapou desde 2015”, declarou ao Diário de Notícias uma fonte da estrutura distrital, sublinhando que dificilmente conseguirão ultrapassar o PS, força historicamente dominante no distrito. A expectativa passa agora por aproveitar a fragilidade da lista do Chega — abalada pela saída de Henrique de Freitas, que se demitiu após ser excluído da candidatura — para garantir o segundo lugar. Caso tal aconteça, poderá eleger-se João Pedro Luís, secretário-geral da JSD, e nome número dois da lista liderada por Manuel Castro Almeida.

Em Évora, a distribuição dos três mandatos disponíveis poderá manter-se inalterada em relação a 2024: dois para o PS, um para o PSD. O Chega, que há um ano conquistou um lugar pela primeira vez com Rui Cristina, volta a arriscar com um candidato externo — Jorge Galveias, anteriormente cabeça de lista por Aveiro. Já a CDU, que perdeu representação em 2022 e 2024, procura agora recuperar terreno com Maria da Graça Nascimento, embora fontes socialistas locais considerem que a candidatura comunista não terá força para se impor, lamentando que “não tenha o peso político de nomes anteriores, como João Oliveira ou Alma Rivera”.

Leia aqui o Decreto-Lei n.º 37-A/2025, de 24 de março (Define um novo modelo para a atribuição de um subsídio social de mobilidade)



Decreto-Lei n.º 37-A/2025, de 24 de março

Publicação: Diário da República n.º 58/2025, Suplemento, Série I de 2025-03-24

Emissor: Presidência do Conselho de Ministros

Entidade Proponente: Infraestruturas e Habitação

Data de Publicação: 2025-03-24

SUMÁRIO

Define um novo modelo para a atribuição de um subsídio social de mobilidade no âmbito dos serviços aéreos entre o continente e as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e entre estas regiões.

TEXTO

Decreto-Lei n.º 37-A/2025, de 24 de março

O Decreto-Lei n.º 41/2015, de 24 de março, regula a atribuição de um subsídio social de mobilidade aos cidadãos beneficiários, no âmbito dos serviços aéreos entre o continente e a Região Autónoma dos Açores e entre esta e a Região Autónoma da Madeira, prosseguindo objetivos de coesão social e territorial.

Em execução do referido diploma, a Portaria n.º 95-A/2015, de 27 de março, na sua redação atual, definiu o modo de proceder ao apuramento do valor do subsídio social de mobilidade previsto no Decreto-Lei n.º 41/2015, de 24 de março.

Por sua vez, o Decreto-Lei n.º 134/2015, de 24 de julho, na sua redação atual, regula a atribuição de um subsídio social de mobilidade aos cidadãos beneficiários, no âmbito dos serviços aéreos e marítimos entre o continente e a Região Autónoma da Madeira e entre esta e a Região Autónoma dos Açores, prosseguindo objetivos de coesão social e territorial.

Igualmente em execução do referido diploma, a Portaria n.º 260-C/2015, de 24 de agosto, na sua redação atual, definiu o modo de proceder ao apuramento do valor do subsídio social de mobilidade e o prazo em que o mesmo deve ser solicitado.

Entretanto, foi aprovada a Lei n.º 105/2019, de 6 de setembro, que veio introduzir alterações significativas ao regime constante do Decreto-Lei n.º 134/2015, de 24 de julho, com a eliminação do valor máximo do custo elegível e a transferência para as companhias aéreas das responsabilidades financeiras, administrativas e riscos associadas à atribuição do subsídio social de mobilidade. Este regime nunca chegou a ser operacionalizado tendo, por isso, sido publicado o Decreto-Lei n.º 28/2022, de 24 de março, que definiu um regime transitório para a atribuição do subsídio social de mobilidade aos cidadãos beneficiários, no âmbito dos serviços aéreos e marítimos entre o continente e a Região Autónoma da Madeira e entre esta e a Região Autónoma dos Açores, mantendo, as condições estabelecidas no Decreto-Lei n.º 134/2015, de 24 de julho.

Tal regime transitório, na sequência de prorrogações aprovadas por decreto-lei, aplica-se até ao dia 31 de março de 2025, período que foi considerado necessário para a definição de todos os procedimentos indispensáveis à plena operacionalização do novo modelo de atribuição do subsídio social de mobilidade.

De referir que tal regime transitório aplica-se igualmente a qualquer ligação com o Porto Santo, ainda que os passageiros beneficiários residentes naquela ilha tenham que utilizar a ligação interilhas, aérea ou marítima, e tenham como destino final o continente ou a Região Autónoma dos Açores, bem como a todas as viagens cujo destino final ou escala seja um porto ou aeroporto localizado na Região Autónoma dos Açores ou no continente, desde que incluída num único número de bilhete em cada modalidade, aéreo e marítimo, independentemente do número de escalas da origem ao destino entre regiões autónomas ou estas e o continente.

Em face do quadro legal anteriormente referido o Governo decidiu criar um regime jurídico uniforme e único, tendo em vista objetivos de simplificação, eficiência e tratamento igualitário entre as Regiões Autónomas.

Adicionalmente, o Governo entendeu rever os requisitos de elegibilidade dos beneficiários do subsídio social de mobilidade, procurando clarificar e simplificar o respetivo regime.

Produtividade: Portugal ultrapassado por quatro países da UE desde 1995

Desde 1995, Portugal foi ultrapassado por quatro países da UE, em termos de produtividade por hora trabalhada, e em paridade de poderes de compra. São quatro países do leste europeu, que integraram a UE muito depois de Portugal: Eslovénia, Eslováquia, Chéquia e Roménia. Em 1995, a produtividade por hora trabalhada em Portugal equivalia a 69% da média da UE, sendo que no caso da Roménia nem sequer atingia os 30%. Nas últimas 3 décadas a produtividade em Portugal, em comparação com a média comunitária, manteve-se praticamente inalterada (71% da média da UE em 2023) e o nosso país foi progressivamente ultrapassado por economias de leste (apesar de termos ultrapassado a 🇬🇷 Grécia neste período). Em 1996 fomos ultrapassados pela 🇸🇮 Eslovénia, em 2003 pela 🇨🇿 Chéquia, em 2007 pela 🇸🇰 Eslováquia e em 2019 pela 🇷🇴 Roménia. Fomos ultrapassados por mais economias, mas recuperamos algumas posições entre 2022 e 2023. Portugal é, atualmente, a 9.ª economia menos produtiva da UE, superando apenas a Hungria (70%), a Lituânia (70%), a Croácia (69%), a Estónia (68%), a Polónia (66%), a Letónia (63%), a Bulgária (56%) e a Grécia (56%) (Mais Liberdade, Mais Factos)

Riqueza e países com mais liberdade económica

Os países com mais liberdade económica geram significativamente mais riqueza para todos os seus cidadãos. Segundo dados do Fraser Institute, os países que pertencem aos 25% com mais liberdade económica, apresentam um rendimento médio per capita de 53 mil dólares, enquanto os países que pertencem aos 25% economicamente menos livres, registam apenas 7 mil dólares. Estes valores estão em paridade de poderes de compra e, portanto, ajustados para as diferenças de custo de vida entre países. Além disso, os 10% mais pobres da população também beneficiam substancialmente dessa maior prosperidade. Nos países que pertencem aos 25% com maior liberdade económica, o rendimento médio per capita dos 10% de pessoas mais pobres é de 15 mil dólares, enquanto que nos países menos livres economicamente, é de apenas 2 mil dólares.

Assumindo que cada um dos quartis de liberdade económica é representado por um país com população de 10 milhões de habitantes, no país mais livre, os 10% mais pobres ficam com 14,7 mil milhões de dólares dos 529 mil milhões de dólares gerados no país (2,8% do rendimento total), um valor muito superior aos 1,9 mil milhões dos 70 mil milhões de dólares gerados no país menos livre (2,8% do rendimento total). O crescimento económico impulsionado por um ambiente de maior liberdade e iniciativa privada proporciona melhores condições de vida para todos, reduzindo a pobreza e permitindo maior mobilidade social (Mais Liberdade, Mais Factos)

Quantas pessoas morreram em grandes fomes nos últimos 150 anos?

fonte: Visual Capitalist

Três nações respondem por 59% das pessoas que vivem na pobreza na América Latina

fonte: Visual Capitalist

Andar de avião ainda é seguro? Eis o que dizem os especialistas

A colisão entre um avião da Southwest e um jato privado, no aeroporto de Chicago Midway, é o mais recente de uma série de incidentes que deixaram muitos passageiros nervosos. Só nos Estados Unidos, segue-se a uma colisão mortal no ar sobre o rio Potomac, perto do aeroporto nacional Ronald Reagan Washington, um acidente com um jato da Medevac, em Filadélfia e um acidente com uma companhia aérea regional ao largo da costa de Nome, no Alasca, que matou 10 pessoas.

Entre os acidentes recentes ocorridos em fevereiro, contam-se um voo da Delta que fez uma aterragem de emergência em Atlanta com a cabine cheia de névoa, e o voo 4819 da Delta que fez uma aterragem de emergência, capotou e acabou por ficar de cabeça para baixo no Aeroporto Internacional Pearson de Toronto, num incidente que milagrosamente não causou vítimas mortais. Estes acontecimentos na América do Norte surgem na sequência dos acidentes mortais da Jeju Air e da Azerbaijan Airlines em dezembro de 2024 e cerca de um ano depois de um alarmante rebentamento de um painel de porta de um Boeing nos EUA e de uma colisão incendiária numa pista no Japão.

E em 2023, uma série de quase-colisões em aeroportos dos EUA levou à criação de uma nova equipa de investigadores independentes para análise da segurança. É compreensível que a ansiedade em torno da aviação tenha aumentado. Será que os passageiros têm razões para preocupar-se?

“Não sei se os passageiros devem estar preocupados, mas penso que é importante que o público que viaja de avião se manifeste e exija que o governo e as diferentes entidades façam tudo o que for possível para tornar as viagens aéreas tão seguras quanto possível”, defende Anthony Brickhouse, um perito em segurança da aviação sediado nos EUA. No entanto, mesmo tendo em conta os acidentes graves, “estatisticamente falando, é mais seguro viajar de avião do que de carro até ao aeroporto”, sublinha Brickhouse, que tem décadas de experiência em engenharia aeroespacial, segurança aérea e investigação de acidentes. “As viagens aéreas continuam a ser o meio de transporte mais seguro”, garante.

Madrid trava orçamento de Canárias

fonte: Provincia de Las Palmas

Canárias debate transportes e mobilidade

fonte: El Dia, Tenerife

Curiosidades: Lago da Lua Crescente

O Lago da Lua Crescente, também conhecido como Yueyaquan, está localizado na 29 província de Gansu, na China, no meio do deserto de Gobi. Lago da Lua Crescente é um oásis como nenhum outro. Outrora uma parada crucial para os viajantes da Rota da Seda, o Lago da Lua Crescente é famoso por suas águas cristalinas, que contrastam lindamente com as dunas de areia dourada das Montanhas Mingsha. Apesar da invasão do deserto, essa maravilha natural manteve milagrosamente sua forma e níveis de água ao longo dos séculos, graças às nascentes subterrâneas (fonte: Internet, Facebook)