quarta-feira, julho 03, 2013

A memória curta do PS



Este PS de seguro sofre de uma tremenda e lamentável memória curta. Não tiveram responsabilidades pela situação em que nos encontramos, não foi um governo socialista de Sócrates o rosto da falência do país, não foi um governo socialista de Sócrates a ir a correr pedir ajuda financeira externa, não foi um governo socialista de Sócrates a negociar o memorando de entendimento com a troika que traçou as linhas gerais da austeridade que este governo de coligação se encarregou depois, e de forma absolutamente criminosa, de ampliar, ignorando as consequências dessa palermice nos portugueses, no fundo bem à imagem dos que ainda nos governam.
Mas o PS tem outra memória enferrujada quando tenta construir uma enorme história da carochinha à volta de situações caricatas de demissões de ministros. Por isso lembraria o que ocorreu com o XVII governo constitucional liderado por José Sócrates - antes do governo da falência do país: o governo tomou posse em 12 de Março de 2005. A 20 de Julho de 2005, demitiu-se o então ministro das finanças Luís Campos e Cunha - quatro meses depois de tomar posse. Na altura, e segundo uma fonte oficial, terá sido o próprio ministro a pedir a sua substituição, alegando razões pessoais, familiares e cansaço. Foi substituído por Teixeira dos Santos. A 30 de Junho de 2006, o então ministro de estado e dos negócios estrangeiros, Freitas do Amaral, demitiu-se, sendo substituído por Luís Amado. Mas este governo socialista foi objeto ainda, entre 2005 e 2009, de mais 11 mudanças!!!