Segundo o Dinheiro Vivo, a crise
económica está a fazer com que os países tenham de afetar uma maior volume de
recursos para gastos sociais e Portugal está entre os Estados em que essa
fatura mais vai subir. Segundo a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Económico (OCDE), os encargos sociais irão ascender este ano a
26,4% do PIB português. A tendência de subida é geral,
mas o forte aumento do desemprego irá fazer com que Portugal chegue ao
final deste ano com um volume de gastos sociais acima da média da União
Europeia e da OCDE, ocupando a 9ª posição entre os países que mais afetam
recursos para este tipo de despesa. Em 2012, os gastos socias representaram 25%
do Produto Interno Bruto (em linha com o observado nos dois anos anteriores) o
que colocava Portugal na 10ª posição. Para este ano há uma subida desta despesa
para 26,4% fazendo com que Portugal ultrapasse a média da UE. Entre os países que integram a
OCDE e que atribuem ainda mais recursos estão a Suécia, Finlândia, Dinamarca,
Bélgica, França, Itália, Espanha e Áustria. Na Alemanha, onde a taxa de
desemprego continua em níveis baixos, o peso da despesa social no PIB é
idêntico a Portugal registando igualmente uma subida da casa dos 25% para os
26% entre 2012 e 2013. Entre este
tipo de gastos está o subsídio de desemprego e outros apoios sociais (como o
abono de família ou o rendimento social de inserção) e também a despesa com
pensões. Na Grécia, apesar do agravamento da crise, os sucessivos pacotes de
austeridade e consequente corte de alguns benefícios e apoios sociais,
registou-se uma descida dos gastos sociais em relação ao PIB.