Na semana passada o Governo anunciou que aprovou o
Decreto-Lei que inicia o processo de reprivatização da TAP, no qual pretende
alienar, na primeira fase, 49,9% do capital da companhia aérea. A TAP continua
a ser a companhia aérea dominante no Aeroporto de Lisboa, mas a sua presença é
muito limitada nos outros aeroportos do país e tem vindo a diminuir.
Entre 2014 e 2024, a quota de mercado da TAP no
aeroporto da capital caiu de 56% do total de passageiros para 44%. No Porto, a
quebra foi ainda mais acentuada: passou de 26% para apenas 12%, sendo que
atualmente a Ryanair é a companhia líder com 35% dos passageiros. No aeroporto
de Faro a TAP mantém uma quota residual de apenas 3%. No Funchal, a TAP
continua em posição dominante, embora tenha perdido muita relevância: quota
caiu de 34% em 2014 caiu para 20% em 2024. Em Ponta Delgada, a quota de mercado
da TAP subiu de 5% para 12% mas é a Sata que lidera com 70% do tráfego.
A perda de quota de mercado da TAP nos aeroportos nacionais, especialmente fora de Lisboa, evidencia o crescimento das companhias low-cost e levanta questões sobre a relevância estratégia da existência de uma companhia de bandeira, ainda por cima pública, que é cada vez mais irrelevante fora de Lisboa. Para a Associação Comercial do Porto, “não serve os portugueses e é um sorvedouro de fundos públicos” (Mais Liberdade, Mais Factos)
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