domingo, junho 08, 2025

Poesias: Já fiz as pazes com a morte

Já fiz as pazes com a morte,

Não por falta de vontade de viver,

Mas por saber que ela é sorte

De quem aprende a compreender.

 

Não a temo como outrora,

Nem a chamo de inimiga

Ela chega, vai embora,

E às vezes, só abriga.

 

Já chorei sua presença,

Já gritei, fiz negação,

Mas o tempo dá licença

Para a alma ver razão.


Ela dança onde há silêncio,

Senta à mesa sem aviso,

Mas não leva o que é imenso:

O amor, o riso, o sorriso.

 

Já fiz as pazes com o fim,

Que é só curva no caminho.

Se a estrada acabar em mim,

Que me leve de mansinho.

 

E se restar uma lembrança,

Que seja de alguém que sonhou,

Pois até a morte se cansa

De quem vive e sempre amou (fonte: Facebook, Literatura Digital, escrito por Basílio Adan)

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