Já fiz as pazes com a morte,
Não por falta de vontade de viver,
Mas por saber que ela é sorte
De quem aprende a compreender.
Não a temo como outrora,
Nem a chamo de inimiga
Ela chega, vai embora,
E às vezes, só abriga.
Já chorei sua presença,
Já gritei, fiz negação,
Mas o tempo dá licença
Para a alma ver razão.
Ela dança onde há silêncio,
Senta à mesa sem aviso,
Mas não leva o que é imenso:
O amor, o riso, o sorriso.
Já fiz as pazes com o fim,
Que é só curva no caminho.
Se a estrada acabar em mim,
Que me leve de mansinho.
E se restar uma lembrança,
Que seja de alguém que sonhou,
Pois até a morte se cansa
De quem vive e sempre amou (fonte: Facebook, Literatura Digital, escrito por Basílio Adan)
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