Afinal em que é que ficamos? Por um lado criticam os madeiernses por viverem do orçamento e à custa de Lisboa (!) e são inúmeros os comentários em blogues e jornais a exigiram a "independência" da Madeira. Depois fazem, sondagens e os resutados são estes, como li no site da Rádio Renascença: "A maioria dos continentais (59,7%) não quer a Madeira independente. Apenas um em cada quatro responde sim, segundo revela um estudo da Eurosodagem. À pergunta “A Madeira deve ser independente?”, 25,5% responderam sim e pouco mais de 14% não sabem ou não respondem.Quanto à viabilidade da Madeira como Estado, 54,8% dos inquiridos consideram que a região não tem condições para cortar os laços com Lisboa. Por seu lado, 32% acham que sim.Já as actuais transferências financeiras do Governo de Lisboa para o governo regional são consideradas suficientes: 50% consideram-nas satisfatórias, mas há ainda 31% dos habitantes do continente que as acham excessivas. Apenas 3,2% dos entrevistados entendem que são insuficientes.No continente também é convicção da maioria (62,3%) que há um défice democrático no arquipélago, mas 23,2% entendem que não.Quanto às palavras de Alberto João Jardim, de que ficará ao lado do povo madeirense se este quiser a independência, são entendidas como um incentivo ao separatismo por 46,3%, contra 39,2%, que não fazem essa leitura.Este estudo de opinião da Eurosondagem para a Renascença/Sic/Expresso decorreu entre os dias 24 e 28 de Janeiro, através de 1.021 entrevistas junto de residentes em Portugal continental com mais de 18 anos, sendo 51% mulheres e 49% homens.O erro máximo da amostra é de 3,07% para um grau de probabilidade de 95%.
Dados não surpreendem, diz Vicente Jorge Silva
Há uma percentagem mais significativa de madeirenses, do que de continentais, contra uma eventual independência do arquipélago, mostra este estudo da Eurosondagem, ao concluir que a grande maioria dos madeirenses - mais de 70% - rejeita um cenário de independência. Vicente Jorge Silva, madeirense, antigo director do jornal “Público” e ex-deputado eleito nas listas do PS, não ficou surpreendido com o resultado dos dois estudos.“Não pretendo ser adivinho, mas, quando fui deputado, propus um referendo porque estava convencido que os madeirenses mostrariam, na sua maioria, que não querem a independência… e que seriam, isso sim, os continentais a votar mais a favor, para se verem livres de Alberto João Jardim”, afirma o madeirense Vicente Jorge Silva".
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