terça-feira, fevereiro 26, 2008

Noruega recebe "Arca de Noé das plantas"

Durão Barroso inaugurou hoje, ao lado do Nobel da Paz de 2004, o Banco Global de Sementes. Conhecido como a "Arca de Noé das plantas", o projecto vai permitir guardar uma memória universal agrícola, em caso, por exemplo, de catástrofe global. Portugal vai contribuir com quase 800 espécies numa colecção guardada numa pequena ilha da Noruega. O interior da montanha gelada a meio caminho entre a Noruega e o Pólo Norte vai guardar a memória viva dos 10 mil anos da história humana da agricultura. É esse o desejo do mentor do projecto, conhecido já como a "Arca de Noé das Plantas". O Banco Universal das Sementes vai guardar amostras de cada espécie existente em todo o Mundo. O objectivo é preservar a biodiversidade e poder restabelecer a agricultura no futuro, em caso, por exemplo, de uma catástrofe natural. Também por isso, os mais dramáticos já o apelidaram de Cofre forte do juízo final. O Banco Global de Sementes custou mais de 6 milhões de euros ao Governo norueguês. Foi construído no Árctico a 120 metros de profundidade, a mil quilómetros do Pólo Norte. As amostras vão ser preservadas durante centenas de anos numa estrutura guardada por portas duplas à prova de explosão, sensores de movimento, câmaras pressurizadas e paredes de betão reforçadas a aço com um metro de espessura. Existem actualmente mais de mil bancos de sementes em todo o Mundo. Este será único por pretender ser universal. Portugal já contribuiu com 793 espécies para uma colecção que conta para já com 250 mil amostras mas que vai poder albergar 4 milhões. Tem, por isso, uma capacidade virtualmente inesgotável. (fonte: SIC) Sobre este assunto a jornalista Filomena Naves do DN de Lisboa também escreveu uma notícia. Interessante é o texto comn o título "A caverna no Árctico com as sementes do juízo final", da autoria de F. William Engdahl, aqui.

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