sábado, fevereiro 23, 2008

8,5 milhões desviados de empresas falidas...

Esta estranha história, assinada pela jornalista Tânia Laranjo do "Correio da Manhã", revela que "as justificações dadas pelos arguidos não convenceram Eline Cardoso, procuradora do Ministério Público, que ontem, no Tribunal de S. João Novo, no Porto, durante as alegações do processo conhecido como “fraude nas falências” – 35 arguidos terão desviado 8,5 milhões de euros com a venda das massas falidas em mais de cem empresas do Norte e Centro do País –, pediu a condenação dos principais arguidos. Para o Ministério Público, Pedro Pinto e a sua mulher, Aurora, que depositaram 10 milhões numa conta off-shore das Baamas, são os mentores do esquema criminoso. Que contava com a colaboração de advogados, leiloeiros, pelo menos um responsável da Segurança Social, empresários e funcionários judiciais. “A impunidade era tão grande que até os tribunais enganavam”, recordou a procuradora, que considera ser “esmagadora” a prova recolhida pela PJ na investigação.Oliveira da Silva, o principal liquidatário do Norte do País, surge também como um dos elementos fundamentais no caso. Não só porque lhe coube tratar da maioria dos casos de falências referidos no processo mas também porque acabou por ser protagonista no julgamento, ao confessar a maioria da acusação. Disse, por exemplo, que todos pagavam comissões elevadas e que sempre vira essas entregas de dinheiro como meras ‘simpatias’. Explicou que pretendia devolver os 200 mil contos (um milhão de euros) que desviara da conta-corrente das massas falidas". É encher a pança até dizer basta... E ninguém faz nada. Quando toca a roubar há sempre um muro de silêncio e esquisitas cumplicidades...

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