Existem aproximadamente 304 milhões de migrantes internacionais em todo o mundo, representando cerca de 3,7% da população global em 2024. Os Estados Unidos abrigam a maior população imigrante do mundo, atingindo um recorde de 51,6 milhões de pessoas (15,6% da população total). O país ganhou mais de 5 milhões de imigrantes nos últimos dois anos, marcando o aumento mais rápido da sua história. A Alemanha classifica-se como o principal destino da Europa para imigrantes, com a sua população estrangeira a subir para 17,4 milhões (20,9% da população) em 2024. A Arábia Saudita continua a ser um líder global em trabalho estrangeiro: mais de 40% dos seus 32 milhões de residentes são imigrantes, principalmente do Sul da Ásia, de outros países árabes e das Filipinas. A força de trabalho migrante da Arábia Saudita impulsiona grande parte da sua economia (fonte: Facebook, RankingRoyals)
sexta-feira, agosto 29, 2025
domingo, setembro 15, 2024
Quantos humanos já viveram?
Quantos vieram antes de nós? Quantos humanos já viveram? Não é possível responder a essa pergunta com precisão, mas os demógrafos Toshiko Kaneda e Carl Haub abordaram a questão usando o conhecimento histórico que temos. Não há um momento específico em que a humanidade tenha surgido, pois a transição de espécie para espécie é gradual. Mas se alguém quiser contar todos os humanos, terá que tomar uma decisão sobre quando os primeiros humanos viveram. Os dois demógrafos usaram 200.000 anos antes de hoje como esse corte. Os demógrafos estimam que nesses 200.000 anos cerca de 109 bilhões de pessoas viveram e morreram. São a esses 109 bilhões de pessoas que devemos agradecer pela civilização em que vivemos. As línguas que falamos, a comida que cozinhamos, a música que gostamos, as ferramentas que usamos – o que sabemos aprendemos com elas. As casas em que vivemos, a infraestrutura da qual dependemos, as grandes conquistas da arquitetura – muito do que vemos ao nosso redor foi construído por eles.
sexta-feira, fevereiro 24, 2023
Portugal está a envelhecer a um ritmo mais acelerado do que restantes países europeus
Enquanto na média da União Europeia a população envelheceu 2,5 anos, em Portugal o aumento foi de 4,7 anos. E o envelhecimento vai continuar a agravar-se até “entre 2040 e 2050”, avisa demógrafo. A população portuguesa é a que está a envelhecer a um ritmo mais acelerado no conjunto dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE), segundo o Eurostat. Em 2022, metade da população portuguesa tinha mais do que 46,8 anos de idade, a segunda idade mediana mais elevada no conjunto dos países analisados. Itália surge como o país que apresenta uma idade mediana mais elevada (48 anos), mas Portugal destaca-se pelo ritmo acelerado de envelhecimento: 4,7 anos, em dez anos. Em 2012, a idade mediana dos portugueses era de 42,1 anos, tendo aumentado para os referidos 46,8 anos. Em Espanha, que surge logo a seguir a Portugal, a idade mediana da população (isto é, o ponto em que a população se reparte em duas metades) aumentou 4,3 anos, enquanto na Grécia e na Eslováquia o aumento foi de 4,1 anos. “Os outros países vão tendo um índice sintético de fecundidade ligeiramente superior ao nosso – às vezes, não tão ligeiramente assim – e isso, não impedindo que envelheçam, faz com que envelheçam a uma velocidade menor”, interpreta o presidente da Associação Portuguesa de Demografia, Paulo Machado.
quinta-feira, dezembro 15, 2022
Portugal perde 2,1% da população em 10 anos e inverte tendência de crescimento
Censos2021: Nível de escolaridade da população aumentou na última década
O nível de escolaridade da população em Portugal cresceu de forma significativa na última década, destacando-se o aumento de pessoas com ensino superior, segundo os resultados definitivos dos Censos divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A percentagem da população residente com ensino superior era de 13,9% em 2011 e atingiu 19,8% entre as pessoas com 15 ou mais anos em 2021, representando um total de 1.782.888 indivíduos. A estes dados junta-se ainda o peso crescente de pessoas com o ensino secundário e pós-secundário, que evoluiu de 16,7% para 24,7% na última década.
Ao nível das áreas de estudo no ensino superior, as mais frequentes foram “Ciências empresariais, administração e direito”, com 21,8%, e “Saúde e proteção social”, com 15,2%. Em sentido inverso, a área “Agricultura, silvicultura, pescas e ciências veterinárias” representou somente 2% das pessoas com o ensino superior no ano passado. Ao nível da educação, os Censos2021 apontam ainda uma redução da taxa de analfabetismo da população para 3,1%, correspondendo a 292.809 indivíduos com pelo menos 10 anos sem saber ler nem escrever, quando em 2011 este indicador apresentava uma taxa de 5,2% da população acima dos 10 anos. A fase de recolha dos Censos 2021 decorreu entre 05 de abril e 31 de maio e os dados referem-se à data do momento censitário, dia 19 de abril de 2021 (Multinews)
Somos menos, mais velhos, mais qualificados e divorciamo-nos mais: Censos 2021 traça novo retrato de Portugal
Foram apresentadas as conclusões dos Censos 2021 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), numa conferência de imprensa que contou com a presença de ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva. Conheça as principais conclusões:
Portugal registou um decréscimo populacional de 2,1%, e acentuaram-se os desequilíbrios na distribuição da população pelo território
Segundo os Resultados Defnitivos dos Censos 2021, residiam em Portugal à data do momento censitário, dia 19 de abril de 2021, 10 343 066 pessoas (4 920 220 homens e 5 422 846 mulheres), o que representa um decréscimo de 2,1% face a 2011. Este valor traduz uma inversão na tendência de crescimento da população a que se assistia nas últimas décadas e representa a segunda quebra populacional registada desde 1864, ano em que se realizou o I Recenseamento Geral da População.
Em termos de série censitária, Portugal apenas tinha registado uma redução do seu efetivo populacional nos Censos de 1970, como resultado da elevada emigração verificada na década de 60. Na última década, a região do Algarve (3,6%) e a Área Metropolitana de Lisboa (1,7%) registaram um crescimento populacional. Nas restantes regiões decresceu o efetivo populacional, com o Alentejo (-7,0%) e a Região Autónoma da Madeira (-6,4%) a observarem as descidas mais significativas.
O padrão de litoralização do país e de concentração da população junto da capital foram reforçados na última década. Cerca de 20% da população do país concentra-se nos 7 municípios mais populosos que abrange uma área de apenas 1,1% do território. No outro extremo, representando também cerca de 20% da população, temos os 208 municípios menos povoados e que ocupam 65,8% da área do país.
Censos2021: Mais de 1,6 milhões de portugueses estiveram emigrados e voltaram
Mais de 1,6 milhões de portugueses residentes em Portugal estiveram pelo menos durante um ano emigrados, sendo a França o principal país de proveniência destes cidadãos, de acordo com os dados definitivos dos Censos de 2021. Segundo os valores avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2021 residiam em Portugal 1.608.094 portugueses que viveram num outro país por um período contínuo de pelo menos um ano. Estes antigos emigrantes portugueses voltaram maioritariamente para o interior das regiões norte e centro e na Região Autónoma da Madeira.
Trata-se de portugueses que regressaram ao país de origem após um período de emigração em França (23,2%), Angola (14,0%), Suíça (8,1%), Brasil (7,2%), Moçambique (6,5%) e Alemanha (6,3%). De acordo com o INE, Portugal perdeu 2,1% da população entre 2011 e 2021, invertendo a tendência de crescimento registada nas últimas décadas. “Residiam em Portugal, à data do momento censitário, dia 19 de abril de 2021, 10.343.066 pessoas (4.920.220 homens e 5.422.846 mulheres), o que representa um decréscimo de 2,1% face a 2011”, adiantou o Instituto Nacional de Estatística (Multinews)
Censos2021: Católicos diminuem, mas ainda são mais de 80% dos portugueses
O que dizem os Censos?
O Instituto Nacional de Estatística (INE) apresentou os resultados definitivos dos Censos 2021. No total, foram divulgados mais de 200 indicadores estatísticos que vão além de dados preliminares já conhecidos e que abrangem as áreas de demografia, migrações, educação, mercado de trabalho, movimentos pendulares, incapacidades, composição dos agregados domésticos e organização das estruturas familiares. E estas são algumas das conclusões:
População
Portugal perdeu 2,1% da população entre
2011 e 2021. “Residiam em Portugal, à data do momento censitário, dia 19 de
abril de 2021, 10.343.066 pessoas (4.920.220 homens e 5.422.846 mulheres)”,
adiantou o INE;
Esta redução constitui uma inversão na tendência de crescimento da população que se verificou nas últimas décadas e representa a “segunda quebra populacional registada desde 1864, ano em que se realizou o I Recenseamento Geral da População”.