quarta-feira, julho 25, 2007

O caso Charrua (III)

O Correio da Manhã ouviu os dois protagonistas deste caso:
FERNANDO CHARRUA
Correio da Manhã - Agradou-lhe a decisão?
Fernando Charrua - A senhora ministra não teve outro remédio.
CM – Está disposto a voltar a trabalhar com quem o acusou?
FC – Naturalmente, mas com superioridade moral.
CM – A directora regional tem condições para continuar?
FC – A opinião pública pedirá a sua demissão.
MARGARIDA MOREIRA
Correio da Manhã - Como reage ao arquivamento?
Margarida Moreira - Pedi excusa sobre o caso.
CM – Porque pediu excusa?
MM – Não queria dúvidas.
CM – Dúvidas relacionadas com questões políticas ou pessoais?
MM – Queria que não houvesse dúvidas.
CM – A decisão surpreendeu-a?
MM – Absolutamente nada.
A DECISÃO
(...) o arguido, dirigindo-se ao Eng. Rogério Correia, perguntou-lhe, em tom jocoso: “Então também és engenheiro da Independente?”
(...) o arguido comentou com o Dr. Rolando Silva que “já não precisava da licenciatura (...) mas o poderia requerer, mas apenas por faxe”, aludindo de forma jocosa à questão da licenciatura do primeiro-ministro
(...) o arguido dirigiu-se para a saída do gabinete de assessoria da Direcção e, ao sair (...), proferiu, de forma perfeitamente audível, a frase “somos governados por uma cambada de vigaristas, e o chefe deles todos é um filho da p...”
(...) Dos depoimentos prestados pelas testemunhas arroladas pelo arguido, nada se retira que possa pôr em causa o teor da acusação
(...)Factos traduzem comportamento merecedor de censura disciplinar (...) consubstanciam violação dos deveres gerais de lealdade e correcção
(...) a cessação da requisição não configura qualquer sanção disciplinar
(...) Tendo em conta o facto de o arguido não ter antecedentes disciplinares e ser detentor de um currículo profissional de relevo (...) se propõe que seja aplicada a pena de multa graduada em 250 euros, com execução suspensa por um ano".

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